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Comentário

Sol e água

Da edição de março de 2005 dO Arauto da Ciência Cristã


O sol brilhou todos os dias durante o 5° Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, RS, trazendo muita luz, calor e elevando a temperatura a uma média de 38°C. O Parque da Marinha — espaço físico que abrigou o evento — é um aterro, contornado pelo Rio Guaíba, que embelezou a paisagem, deu frescor aos que ali se banharam e guiou os que se deslocavam de um lado para outro.

Esses dois elementos da natureza, com presença tão marcante, levam a uma reflexão, pois sua interpretação espiritual coincide com o propósito do Fórum. Mary Baker Eddy, em Ciência e Saúde, define cada um desses substantivos: “Sol. Símbolo da Alma, a qual governa o homem...” (p. 595); “Rio. Canal do pensamento” (p.593).

Povos de todos os continentes, representados por 6588 organizações de 135 países, para lá se dirigiram em busca de um governo justo, cujas condutas sejam baseadas no amor e na fraternidade. Pessoas que acreditam que “um outro mundo é possível”.

O Fórum Social, em território físico neutro, formou um “espaço energia”, onde os que lá estiveram puderam dialogar e debater livremente em busca de idéias novas e construtivas, para melhorar o mundo. Essas idéias, quando baseadas no princípio da justiça e no bem comum, fluem nos canais do pensamento.

Os participantes desfrutaram de uma convivência livre, entusiasta e democrática que resultou em conhecimento recíproco, fortalecimento da fé e coragem para dar continuidade a esse trabalho social. Nesse encontro foram criadas 352 propostas de mudanças.

A solução dessas questões virá oportunamente, com a maturidade do pensamento, o crescimento e a união dos cidadãos, em defesa dos menos favorecidos. Chico Witaker, da Comissão Brasileira de Justiça e Paz da CNBB, e membro do Comitê Organizador do FSM disse: “Não basta que você tenha consciência de seus direitos e lute por eles... é preciso lutar pelos direitos dos outros. Isso é cidadania plena; e é assim que começam as mudanças sociais, onde “o espírito competitivo tem de ser substituído pelo espírito de cooperação”.

Um dos 11 Espaços Temáticos de estudo incluiu o Movimento Inter- Religioso — MIR, uma estrutura espiritual para sustentar os propósitos de fraternidade. O diálogo entre as religiões, com propósito do bem individual e coletivo, é um grande marco na cultura da paz.

No séc. XIII, um místico muçulmano, o espanhol Ibn Árabi, percebeu a unidade profunda de todas as religiões e escreveu estes versos:

“Meu coração tornou-se capaz de todas as formas,
É um pasto de gazelas, o convento do cristão,
Um templo para os ídolos, a Caaba do peregrino,
O rolo da Tora, o texto do Corão.
Sigo a religião do Amor.
Para onde avancem as caravanas do Amor,
Lá é meu credo e minha fé” (Revista Terra, 12/2001).

Essa religião única foi representada pela água, no Culto Ecumênico de encerramento, onde ela foi depositada em muitos frascos, mostrando as várias crenças. Os frascos são frágeis e podem até se quebrar, mas a água, sem forma e abundante, invade todos os espaços, lava as impurezas e mata a sede de todas as criaturas da humanidade, sem distinção. Assim é o Amor.

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