As instruções para o lançamento do The Christian Science Monitor foram diretas.
“Em essência:
Comecem um jornal diário.
Imediatamente.
A Causa assim o exige.
Nada mais tenho a acrescentar. Os encarregados que o desenvolvam.”
As instruções de Mary Baker Eddy vieram como era, na virada para o século XX, a velocidade de um serviço noticioso. Era julho de 1908. Quatro meses mais tarde, o editorial da edição piloto trazia duas declarações da Sra. Eddy, que estabeleceriam o curso do novo empreendimento editorial, com uma missão e um objetivo distintos:
— “propagar, sem dividir, a Ciência que opera sem se desgastar”
— “não prejudicar ninguém mas abençoar toda a humanidade” (The Christian Science Monitor, 25 de novembro de 1908; ver também The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 353).
Ao entrar na redação do Monitor em Boston, você não encontrará essas palavras afixadas na parede. Você encontrará a segunda declaração impressa na página frontal do jornal, como seu objetivo. Mas, se conversar com os redatores, repórteres e outros funcionários do jornal, verá como eles praticam o jornalismo e perceberá que aquelas palavras operam como uma compreensão que se desenvolve a partir de valores firmes — uma missão mais em obras do que em palavras e que sempre dá bons resultados no processo.
Com cada ciclo de notícias — o jornal é publicado de segunda a sexta, com uma edição semanal internacional publicada às quartasfeiras — os jornalistas do Monitor, em essência, iniciam a produção de notícias diariamente a partir do nada e produzem o jornal imediatamente, no devido prazo. Como em qualquer serviço noticioso, os jornalistas constroem sobre as informações obtidas no dia anterior. Mas, eles têm de decidir, diariamente, o que é e o que não é importante para o tempo e o pensamento do leitor.
“No final do dia, no jornalismo”, diz Paul Van Slambrouck, Redator do Monitor, “o que aparece impresso no jornal e no nosso site na Internet, é o resultado do que está acontecendo no mundo, o que um redator e um repórter decidiram fazer e o tempo que eles tiveram para fazê-lo”.
“Em 1908, todos tinham de manter o pensamento: 'O que estou tentando levar para este jornal?' O resultado era o melhor que essa pessoa podia conseguir — no momento, sob aquelas circunstâncias, sobre aquele tópico, e naquela estrutura de tempo. É assim que o jornalismo funciona”.
Em 25 de novembro de 1908, exatamente 120 dias após Mary Baker Eddy ter solicitado que se lançasse um jornal diário, a primeira edição havia sido enviada aos assinantes e às agências de notícias de Boston. Prensas haviam sido instaladas; uma casa editora consideravelmente ampliada; cerca de 100 funcionários admitidos e treinados; problemas de design, layout e tipografia resolvidos; e venda de anúncios e assinaturas iniciadas — todas as peças de um serviço noticioso profissional haviam sido implantadas em um tempo incrivelmente curto.
À medida que o Monitor se aproxima de seu centenário, o número de funcionários, mesmo com o acréscimo de 8 agências em outros países, é somente um pouco mais elevado do que o era quando de sua edição inaugural e, ao longo das décadas intermediárias, tem aumentado ou diminuído, devido a novas tecnologias, alterações na forma de impressão e de outros serviços.
Publicando em um panorama desafiador
Durante a segunda metade de 2004, os Fideicomissários da Sociedade Editora da Christian Science estabeleceram uma comissão para ouvir a opinião de leitores, jornalistas e especialistas em mídia. A comissão começou a examinar cuidadosamente a história do jornal, bem como seu presente e seu futuro, em um esforço de tornar o Monitor auto-sustentável, pois nos últimos 48 anos, opera com déficit.
O jornal não está sozinho ao reavaliar seu lugar no ambiente da mídia, que evolui com muita rapidez, nos dias de hoje. Mudança nos hábitos de leitura, proliferação de mídia, suburbanização de populações, tendências de imigração, estilos de vida movidos a tecnologia digital — essas e outras forças geram a mudança climática radical que tem constantemente abalado a indústria do jornalismo, nos últimos 50 anos. No passado, o Monitor teve um sucesso limitado como um empreendimento comercial, por meio da corrente vital da indústria do jornalismo, ou seja, a receita proveniente de anúncios. Embora algumas categorias de anúncios tenham obtido lucros em anos recentes, suas vendas permanecem uma proposição desafiadora.
Na época da Sra. Eddy, a mídia impressa era o meio mais importante para a propaganda de massa. Os anunciantes de hoje possuem uma gama mais ampla para a escolha do veículo de mídia. Contudo, as opções atuais e futuras para a comunicação de mensagens — acesso pela Internet 24 horas por dia, sete dias por semana, dispositivos digitais móveis e outras tecnologias novas — oferecem um número cada vez maior de oportunidades para se alcançar os pensadores e formadores de opinião da humanidade. Além disso, os membros da comissão de pesquisa do Monitor descobriram que a visão ilimitada que a Sra. Eddy tinha para o jornal permite flexibilizar a adequação a esse panorama de mudanças tecnológicas.
Palavras enérgicas, macro-gerenciamento
“O vigor da linguagem da Sra. Eddy ao insistir no lançamento de um jornal, é digno de nota”, diz Van Slambrouck. “A importância dessa ação — 'A Causa exige que seja publicado agora' (L07268, Mary Baker Eddy ao Conselho de Fideicomissários da Christian Science, 8 de agosto de 1908, The Mary Baker Eddy Collection, A Biblioteca Mary Baker Eddy para o Progresso da Humanidade); 'Isso precisa ser feito sem falta' (L00596, Mary Baker Eddy ao Conselho de Diretores da Christian Science, 28 de julho de 1908, The Mary Baker Eddy Collection).
“Mas”, acrescenta ele, “é interessante também notar que, considerando sua firme determinação a respeito desse assunto, ela oferecia muito pouco em forma de detalhes. Qualquer um no mundo jornalístico poderia se sentir totalmente confundido com a ordem de iniciar um jornal — algo de grande responsabilidade. Mas, sobre as inúmeras questões usuais que acompanhariam uma ordem como essa, ela conscientemente optou por não fornecer nenhuma orientação”.
Conforme explica Steve Gray, Gerente de Publicação do Monitor: “A Sra. Eddy enviou ao Conselho de Diretores da Christian Science a carta, da qual todos os que trabalham para o jornal têm conhecimento, que dizia, em essência: 'Dai início a um jornal diário e começai imediatamente'. Os Diretores responderam: 'Sem dúvida a senhora deve ter alguma idéia sobre o escopo e o caráter do jornal, a variedade dos assuntos a serem considerados em suas colunas, como também a respeito da aceitação de anúncios de caráter edificante'. (O Conselho de Diretores da Christian Science a Mary Baker Eddy, 29 de julho de 1908, The Mary Baker Eddy Collection). Em seguida, houve uma nota como resposta, do secretário da Sra. Eddy, dizendo: '...ela não tem nada mais a acrescentar à solicitação' (L01443, Adam H. Dickey para O Conselho de Diretores da Christian Science, 9 de agosto de 1908, The Mary Baker Eddy Collection). Mais tarde, seu secretário relatou àqueles encarregados do projeto, que a Sra. Eddy 'espera que os senhores não achem necessário consultá-la com relação a detalhes, mas que prossigam com o trabalho à sua própria maneira, fazendo o melhor que puderem'” (L07269, Adam H. Dickey À Sociedade Editora da Christian Science, 14 de agosto de 1908, The Mary Baker Eddy Collection).
”Não temos um jornal à nossa disposição por meio do qual corrigir os erros e responder às inverdades...” — Mary Baker Eddy (Ciência e Saúde, 2a edição, 1878, p. 166).
Van Slambrouck observa que o desejo da Sra. Eddy de direcionar as várias perguntas operacionais às pessoas com experiência no campo poderia ser considerado notável para algo assim novo.
“Pode-se facilmente esperar que alguém, iniciando um empreendimento como esse, se envolva em cada detalhe”, diz Van Slambrouck. “Portanto, isso me apanhou de surpresa — que ela tenha dito basicamente: 'Isso é com vocês'. Essa é uma abordagem muito boa para uma infinidade de coisas, particularmente para o jornalismo de hoje. Existem poucas respostas preto-no-branco, simples, absolutas. O panorama está mudando tão rápido e tão radicalmente, de tantas maneiras, que você simplesmente tem de descobrir como resolver as coisas. Não existe nenhum conjunto de regras simples”.
Van Slambrouck ficou também impressionado com uma palestra proferida pelo primeiro redator do Monitor, em 1910, Archibald McLellan. “O que percebi”, diz Van Slambrouck, “foi a importância, naquela época, de se fazer jornalismo e dos próprios jornais. Eles não eram uma coisa nova, mas estavam começando a apresentar o que parecia ser um verdadeiro veículo de comunicação em massa e McLellan estava começando a perceber a importância disso. Ele disse: '...a mais importante entre as instituições da vida moderna é o jornal diário. De fato, o jornal tornou-se praticamente indispensável para a resolução dos problemas humanos e, através dele, o pensamento humano despertou para um senso crescente de união e de comunidade de interesses vitais, que existe entre todos os membros da família humana' (The Mary Baker Eddy Collection).
Considerando-se o contexto de tudo o que a Sra. Eddy havia passado com os jornais de sua época, e observando a importância que McLellan dava aos jornais, suponho que ele achava que seria melhor fazê-lo direito.” (Havia muitos ataques pessoais contra a Sra. Eddy na imprensa e o jornal World, de Nova Iorque, instigou um processo que, desde aquela época, ficou conhecido como o processo “Next Friends” [Processo dos Curadores]. Para mais detalhes, ver Mary Baker Eddy, de Gillian Gill, Reading, Massachusetts, Perseus Books, 1998, pp. 471-520).
Além disso, Van Slambrouck observa que o Monitor tem essa mesma preocupação hoje: Vamos fazer direito. Pois algo muito maior está acoplado a isso — a elevação da humanidade.
Rumo a uma lente clara
Mas, o que significa hoje fazer direito?
A resposta, Van Slambrouck sugere, está, em última análise, ligada a algumas das questões que a comissão enfocou sobre: O que torna o Monitor especial? Qual é o relacionamento entre a missão contínua do Monitor e um modelo de negócio que opera no mercado de hoje?
Dar uma olhada no passado ajuda. “Se você examinar as primeiras edições do jornal”, diz Van Slambrouck, “no que se refere a notícias, elas são muito diretas. De fato, essas edições eram mais cheias de notícias do que muitos outros jornais daquela época. Cheias de pequenos itens e de um material direto e abundante em notícias. Além disso, se você recuar no tempo e perguntar: 'Qual era a intenção implícita?' Acho que a intenção era a de que o Monitor representasse uma lente, uma maneira de olhar para o mundo que fosse diferente, um lugar de inevitável progresso, em oposição à inevitável deterioração”.
Como Steve Gray o apresenta: “O Monitor coloca uma nova lente, talhada pela Christian Science, diante da humanidade, lente essa que melhora suas vidas, como também o mundo. A palestra de McLellan de 1910 é o critério exato. Ele fala sobre os efeitos que o Monitor já está causando, como ele está engajando os pensadores e capacitando-os a serem uma influência construtiva em suas esferas de ação”.
“Em nossas pesquisas, reconhecemos que engajar é uma palavra chave — engajar pensadores”, diz Gray.
Van Slambrouck resume assim a visão da comissão: “O Monitor é um instrumento de engajamento de pensadores na Ciência que está transformando mundo”.
Raízes de idealismo
“É chegada a hora dos pensadores” (Ciência e Saúde, p. vii), escreveu Mary Baker Eddy em sua principal obra, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras. Nesse livro, fonte na qual se origina a perspectiva espiritualmente baseada do Monitor, ela falou da Ciência divina como as leis universais de Deus, as quais, em última análise, serão percebidas como sendo fundamentais para a vida e o universo, substituindo as reconhecidas leis da física e da matéria. Considerando que o mundo, de acordo com a física, talvez esteja sujeito ao declínio e à degradação, Ciência e Saúde explica que 'o progresso é a lei de Deus' (Ibid., p.233), e mostra como essa lei pode ser comprovada, individualmente, na vida.
Para o redator do Monitor, perceber a Ciência que opera sem se desgastar — olhando através da lente da lei divina — significa “ver o mundo como um lugar passível de ser resgatado. Mas, isso não é uma fórmula. Refere-se a um ponto de vista concernente ao mundo e à humanidade, que está fundado nessa idéia básica da inevitabilidade do progresso”. Que o bem é inerente aos homens e às mulheres e precisa, finalmente, vencer o mal.
Mais do que tinta no papel
Fazer a conexão dessa perspectiva com um público global, significa considerar o Monitor como um sistema de informação que se estende além dos limites de tinta no papel, ou mesmo de pixels sobre a tela digital. Significa, diz Vaz Slambrouck, considerar o Monitor como “um instrumento ou uma fonte de notícias que, virtualmente, poderia ter algum valor e interesse para todas as pessoas, ao mesmo tempo”.
“Vivemos em um ambiente supersaturado de mídia”, diz Gray. “Dificilmente poderá haver um momento em que você, à medida que se desloca através de seu meio ambiente, não esteja contato com um fluxo de informação. Uma das coisas que se sobressai à medida que você começa a pensar assim, é que tinta sobre papel é somente uma manifestação do Monitor. Mesmo quando você está assistindo à C-SPAN ou à CNN e vê, por exemplo, um correspondente do Monitor em Washington, falando sobre política, você está olhando para a notícia através da lente do Monitor. Portanto, a lente pode ser de qualquer formato. Deveria ser de todos os formatos pelos quais as pessoas olham para o mundo. O presente nos oferece oportunidades completamente diferentes de qualquer coisa que tenhamos visto antes.”
“Quando nós dizemos jornal”, observa Van Slambrouck, “estamos usando o termo de forma genérica. Não me atenho particularmente à forma como é apresentado. Ele é um jornal agora. Ainda existe um mercado ativo, vital para jornais e para a publicação de informação em formato digital e temos uma substancial edição on-line no site csmonitor.com. Não acho que os dois formatos estejam competindo um com o outro ou que você tenha de favorecer um em detrimento do outro. Nosso desejo é simplesmente tornar o jornalismo do Monitor disponível às pessoas no formato que elas desejarem. Isso certamente significa um jornal para muitas pessoas, por um longo tempo. Mas, para muitas outras, ele significa um download em seus computadores.
“Visamos melhorar as três bases da edição digital”, diz a Gerente de Redação do csmonitor.com, Karla Vallance, sendo “instantâneos, profundos e interativos. Podemos publicar o conteúdo do Monitor quase que imediatamente quando surge uma grande história, alertando nossos leitores com uma manchete e, em seguida, dentro de poucas horas, podemos enviar uma história com a qualidade do Monitor”.
“Essas histórias são, freqüentemente, selecionadas pelo Google News (news.google.com), Yahoo!, AOL, e outros agregadores de notícias, o que traz mais leitores para o site do Monitor”, acrescenta a Sra. Vallance, ex-escritora e produtora na CNN. “Nós nos aprofundamos na história, mostrando o que está por trás dos tópicos importantes, tal como nosso popular guia para o neoconservadorismo (www.csmonitor.com/specials/neocon/index.html). Além disso, somos interativos através do que esperamos sejam pesquisas estimulantes, questionários e solicitações da opinião dos leitores.”
Questões de conteúdo
Steve Gray observa: “Eu desejava ver como era o jornal sob o comando da Sra. Eddy. Se você olhar as edições publicadas na época da Sra. Eddy, elas são exatamente o que eles diziam que seriam, um jornal real. Além disso, conforme as reações dos leitores registradas durante o primeiro ano do jornal, ele era 'o jornal mais cheio de notícias nas ruas'. (Palestra proferida por Archibald McLellan em Chicago, estado de Illinois). Ele sobrepujava os outros jornais em conteúdo.”
Havia maneiras pelas quais a missão espiritual do jornal se tornasse óbvia? “Sempre havia o artigo religioso na página 'The Home Forum'”, diz Gray. “No início, ele não era intitulado assim. Mas, havia também alguns artigos de notícias onde você podia perceber um objetivo explícito da Christian Science no artigo.
“Em um dia típico, o jornal tinha de seis a oito editoriais. Algumas vezes, um, dois e até mesmo três deles abordavam o tema de uma forma espiritual. Histórias com referências claras à Christian Science foram diminuindo e, então, de acordo com a história dos primeiros 50 anos do jornal, de Erwin Canham, em abril de 1909, todos eles, com exceção de um artigo na página 'The Home Forum' — artigos e editoriais notoriamente sobre temas religiosos — foram excluídos, 'tão abruptamente como se alguém tivesse desligado uma tomada', (Commitment to Freedom: The Story of the Christian Science Monitor, Boston, Houghton Mifflin Company, 1958,p.63), conforme escreveu ele.”
O Sr. Canham observou também: “Que uma tal publicação possa ... servir como a luz de um farol espiritual, sem descaracterizar seu papel como um jornal normal, é vital”. (Ibid., p. 6). A dedicatória do jornal à “reforma afirmativa”, ao invés de uma cobertura alarmista das notícias, disse Canham, surgiu “de um propósito profundo do Monitor de contribuir para a regeneração de toda humanidade” (Ibid., p. xvi).
“Examinei os registros nos arquivos”, diz Gray, “procurando pela linguagem com a qual o jornal deveria realizar essa tarefa. O que para mim foi interessante é que eles usavam muito a palavra limpo — seria um jornalismo limpo. Seria 'completamente capaz de competir com os jornais diários estabelecidos e equiparar-se favoravelmente com os melhores deles' “(Archibald McLellan a Mary Baker Eddy, 13 de agosto de 1908, The Mary Baker Eddy Collection).
Durante sua pesquisa sobre o conteúdo inicial, Gray encontrou muitas declarações que lhe mostraram o impacto que o jornal deveria ter sobre seus leitores. Ele ficou especialmente impressionado pela palestra de 1910, na qual Archibald McLellan disse que a cobertura do jornal deveria capacitar os leitores “...a debaterem inteligentemente os acontecimentos importantes e progressistas do mundo, o que levaria o pensamento para fora da contemplação daquelas coisas que são pessoais e mesquinhas e instilaria [nos leitores] um interesse nas coisas maiores e mais potentes, interesse esse que leva ao progresso humano. Por meio desse estímulo e dessa ajuda, visando a um interesse inteligente no progresso humano, os leitores do Monitor estão capacitados, de uma forma mais ampla, a ajudar seu próximo e a prestar um serviço, ainda mais prático, inteligente e amoroso, como cidadãos do mundo, do que foi feito até agora” (Palestra proferida por Archibald McLellan em Chicago, estado de Illinois).
“Se o Monitor deve interessar 'homens e mulheres de boa indole'”, diz Gray, “então, claramente, se refere ao progresso moral e espiritual da raça”.
O antigo redator do Monitor, John Hughes, acredita que o objetivo de Mary Baker Eddy em fundar um jornal era o de “produzir um jornal que fosse de caráter sanador, mas também um farol de luz para a própria profissão do jornalismo”. Hughes descreve sua filosofia como a de publicar “um jornal otimista” mas que “não hesita em explorar as profundezas dos problemas do mundo — violência na Irlanda ou África do Sul, por exemplo — mas que oferecesse, tanto na página editorial como nas colunas do noticiário, esperança e soluções. Portanto, o Monitor praticou o que chamo de 'jornalismo orientado a soluções.'”
O Sr. Hughes foi secretário-assistente e porta-voz para a imprensa do Departamento de Estado durante a administração Reagan e, atualmente, é redator do Deseret Morning News (Notícias Matinais de Deseret) em Salt Lake City, estado de Utah. Ele ganhou o Prêmio Pulitzer por reportagens internacionais em 1967 e foi redator do Monitor de 1970 a 1979. “Não acho que o Monitor tenha de instruir o leitor a resolver um problema”, diz ele, “mas tem de proporcionar aos leitores idéias através das quais a solução daquele problema possa ser alcançada”.
Ajudando os leitores a decidir por eles mesmos
“Não estamos dizendo às pessoas o que deveria ser feito sobre a situação”, concorda Van Slambrouck, “mas lhes estamos proporcionando os meios, as ferramentas, a compreensão, para que sejam capazes de decidirem, por eles mesmos, o que desejam fazer sobre uma determinada situação.
Nunca havia visto tanta turbulência entre os leitores como durante os últimos anos [principalmente sobre questões políticas e candidatos]. Às vezes, é mais desafiador, entretanto mais importante permanecer firmes no nosso propósito. Estamos tentando capacitar os leitores, fornecendo-lhes informações e ferramentas para tomarem suas próprias decisões. Não temos uma agenda partidária. Isso seria depreciar o próprio propósito do Monitor, o qual provém de uma fonte muito mais profunda. O que tentamos fazer e estamos fazendo, é nos aproximar o mais possível da verdade e sermos tão caridosos e sanadores quanto possível, durante o processo. Desejamos que uma variedade de pontos de vista seja compreendida — buscamos abrir o pensamento, não coagi-lo.
Se você for para o Oriente Médio, uma região muito polarizada, descobrirá ali um enorme respeito pelo Monitor. É uma região, como muitas outras, onde conseguimos uma boa reputação, devido a um trabalho duro, ao longo de muitos anos.
Em anos recentes — com o número de aparições dos nossos repórteres na mídia, bem como nossa parceria com o jornal “USA Today", no qual as reportagens da nossa agência da América Latina alcançam milhões de leitores do USA Today — há evidências de que somos considerados um componente importante. Acho que isso é verdadeiro e foi construído ao longo de muitas décadas de trabalho de excelente qualidade.”
Oportunidade e potencial
Em um editorial do Monitor de 1909, intitulado “A Câmara e o Artista”, os redatores abordaram a questão do julgamento das notícias e o compromisso do Monitor de “revelar algum elemento do bem e, por meio dele, sugerir possibilidades de progresso”. Eles observaram que, quando se chega a uma visão sobre a melhor candição, “algumas vezes a visão precisa esperar durante anos, antes que possa ser concretizada” (The Camera and the Artist, The Christian Science Monitor, 5 de janeiro de 1909.
“Mary Baker Eddy disse: 'abençoar toda a humanidade' ”, observa Gray, “e, na sua época, não havia nenhuma maneira imaginável para que todos lessem um jornal. Mas, agora, existe a Internet. O mundo inteiro está se conectando a ela, o mais rapidamente possível, porque não estar conectado é ficar para trás no progresso humano. Portanto, nunca houve um momento como esse para essa oportunidade — a de se colocar uma lente diante de toda a humanidade.
Fico literalmente arrepiado quando penso sobre o que esta era significa para o Monitor. É a era em que a expectativa da Sra. Eddy, de que o Monitor abençoaria toda a humanidade, pode vir a concretizar aquilo a que fora planejado”.
Flexível, fundamentado em uma missão
A Sra. Eddy deu ao Monitor uma visão flexível, fundamentada em uma missão e estabelecida sobre as duas palavras centrais do título do jornal: Christian Science. O Monitor é um lançamento editorial com as duas palavras no título que ela identificou tanto como uma declaração do propósito mais profundamente espiritual da publicação (“propagar, sem dividir, a Ciência que opera sem se desgastar”) e um objetivo distintamente Cristão (“não prejudicar ninguém, mas abençoar toda a humanidade”). Christian e Science, escreveu ela certa vez, são “as duas maiores palavras no vocabulário do pensamento...” (Não e Sim, p. 10). Muito embora os redatores e outros consultores tenham aconselhado não usar essas duas palavras no título do jornal (e muitas pessoas ainda hoje se questionam se elas inibem o alcance que o Monitor poderia ter), a Sra. Eddy persistiu, talvez acreditando que, no futuro, o pensamento do público se abriria às verdades universais implantadas no termo.
“A intenção da Fundadora era de que [o jornal] fosse global”, resume Van Slambrouck, “e 'toda a humanidade' quer dizer global. Os custos de uma cobertura global são elevados. Não há como negar isso. Contudo, existem coisas acontecendo que ajudam. Temos agora um potencial de distribuição a um custo que teria sido inaudito em 1908. Sim, o Monitor tem um problema de orçamento para resolver, mas fica claro que precisamos pensar em soluções que o capacitem a cumprir sua promessa. Este é o tempo para cumprir a promessa”.
As imagens históricas foram usadas como cortesia da The Mary Baker Eddy Collection e dos arquivos d' A Biblioteca Mary Baker Eddy.
Todos os documentos mencionados neste artigo estão disponíveis para observação e leitura na Biblioteca Mary Baker Eddy para o Progresso da Humanidade. Visite o site: www.marybakereddylibrary.org
O SR. FLINN DE CHICAGO
Dias depois de receber o pedido de Mary Baker Eddy para lançar um jornal diário, o redator designado Archibald McLellan escreveu para certificá-la de que “não se perdeu tempo” no lançamento dessa nova idéia no jornalismo.
“...Consultamos jornalistas que atuam na área e que são Cientistas Cristãos”, continuou McLellan, dando os nomes de seus dois consultores principais, “Sr. Dodds, Gerente de Redação do jornal “Pittsburgh Sun” e o Sr. Flinn, escritor de editoriais do jornal “Chicago Inter-Ocean”. A opinião de consenso é de que o 'Monitor' precisa ser completamente capaz de competir com os jornais diários estabelecidos e equiparar-se favoravelmente com os melhores deles” (Archibald McLellan a Mary Baker Eddy, 13 de agosto de 1908, The Mary Baker Eddy Collection, A Biblioteca Mary Baker Eddy para o Progresso da Humanidade).
Os dois homens eram jornalistas veteranos dos maiores jornais metropolitanos e ambos eram Cientistas Cristãos praticantes. Era necessário esses dois tipos de experiência prática.
John J. Flinn estava no seu décimo segundo ano como escritor de editoriais no Inter-Ocean, quando recebeu um telefonema solicitando que fosse a Boston imediatamente para uma reunião com Os Fideicomissários da Sociedade Editora da Christian Science. Ele e alguns outros foram informados de que a Sra. Eddy havia solicitado que um jornal diário fosse lançado ao redor de 25 de novembro, menos de quatro meses mais tarde. A experiência jornalística de Flinn lhe dizia que esse seria “um empreendimento que normalmente demandaria pelo menos um ano de preparação...” (The Monitor's Establishment [O estabelecimento do Monitor], John J. Flinn, Journal, junho de 1929, p. 117).
Ao longo dos três meses seguintes, John Flinn consultou os Fideicomissários sobre tudo: o número de empregados que seriam necessários para produzir um jornal diário, custos operacionais, conteúdo, localização de editoriais. Ele foi nomeado o primeiro redator-chefe de editoriais do Monitor, escrevendo editoriais amadurecidos pela experiência e bem fundamentados, ao longo da década seguinte. Mais tarde, ele seria nomeado para o Conselho de Conferências da Igreja.
Dois anos após a fundação do Monitor, Flinn comentou sobre os primeiros planos para o jornal, os quais foram discutidos durante sua primeira reunião com os Fideicomissários. “Mesmo no início”, disse ele, “um fato ficou claramente evidente, o de que o jornal precisava se manter somente pelos seus próprios méritos... Precisava ser reconhecido como um empreendimento comercial ... tendo-se em vista que o Monitor não poderia ou não entraria em competição com seus concorrentes em alguns aspectos, e que ele precisava se sobressair aos outros jornais. Ele precisava encontrar um campo próprio e ocupá-lo, demonstrar sua capacidade de satisfazer a uma necessidade no campo do jornalismo do qual os pensadores em toda parte e pessoas da área jornalística fossem conhecedoras e, ao fazer isto, precisava se afastar dos métodos dos diários insípidos, embora inspirados, que o haviam precedido no campo da reforma e que haviam expirado em um esforço de serem bons, sem serem úteis” (Discurso de John J. Flinn ao Sr. Presidente, Senhoras e Senhores, ao redor de 1910, The Mary Baker Eddy Collection).
O ALCANCE GLOBAL DO MONITOR
“Acreditamos que, nesses últimos meses, mais pessoas estão olhando o mundo através da lente do Monitor do que jamais o fizeram antes”, observa Steve Gray, Gerente de Publicação do Monitor, que aponta para as inúmeras maneiras pelas quais o jornal ajuda a modelar o panorama dos noticiários diários e da mídia:
• Assinantes do jornal impresso: cerca de 60.000
• Leitores do csmonitor.com: 1,9 milhão em novembro de 2004
• Edição “Treeless” do Monitor — versão por assinatura on-line: 1.700
• Venda de artigos, através da qual os artigos do Monitor são reimpressos em mais de 180 jornais no mundo todo: circulação total de 14 milhões
• Parceria com o jornal USA Today em uma agência de notícias conjunta para a América Latina, na Cidade do México, chefiada pela correspondente Danna Harman, cujo noticiário, enviado à sede do USA Today, alcança uma circulação de 2,6 milhões
• Aparições dos repórteres do Monitor na TV aberta e a cabo, como também em programas de rádio durante o ano de 2004: mais de 900, alcançando milhões de telespectadores e ouvintes. Exemplos de programas de TV incluem: Nightline, World News Tonight e This Week da rede ABC; The NewsHour with Jim Lehrer e The McLaughlin Group da rede PBS; NewsNight with Aaron Brown, Paula Zahn Now e Judy Woodruff's Inside Politics da rede CNN; e o The Chris Matthews Show (venda de artigos). Exemplos de rádio incluem: All Things Considered, Morning Edition, Talk of the Nation e Fresh Air da NPR; The World Today da BBC; Rádio CBS; Rádio ABC.
PONTO DE VISTA DOS GERENTES DE REDAÇÃO
O Gerente de Redação do Monitor, Marshall Ingwerson e a Gerente-Adjunta de Redação, Cheryl Sullivan, comentam sobre seu trabalho, escolhas editoriais e a resposta do leitor.
Marshall Ingwerson: Estamos hoje em um mundo extremamente alicerçado em opiniões e muitas pessoas vêem a mídia quase que inteiramente através da lente da opinião. Portanto, a primeira pergunta que fazem, quando lêem uma história do Monitor, talvez seja: “De que lado está este jornal?”
Essa não é nossa maneira de pensar. Na melhor das hipóteses, somos guiados por uma curiosidade construtiva, não sentimental, sobre o mundo e como ele funciona, além de uma compaixão, de olhos bem abertos, pelo impacto que as notícias terão sobre pessoas de carne e osso. A diferença do Monitor está em levar os leitores rumo aos conceitos mais profundos e mais claros, que impelem as notícias. Estamos interessados em idéias, em como as pessoas pensam, nos modelos de pensamento por trás das tendências do noticiário. Portanto, consideramos mudanças na cultura social — como, por exemplo, a mudança no conceito de família na China — como desenvolvimentos importantes no noticiário.
Nossa principal premissa sobre leitores é que eles estão prontos para se interessar e que estão desejosos de compreensão. Eles estão formando, a cada dia, suas próprias opiniões sobre a vida nesta época e sobre onde se assenta o progresso. Nosso trabalho não é fazer isso por eles, nem nocauteá-los com a profundidade do sofrimento ou da injustiça que colocamos a descoberto. É ajudá-los em seu próprio papel de pensadores.
Estamos continuamente nos esforçando para melhorar. Vejo e levo a sério a maioria das cartas, e-mails e ligações que recebemos dos leitores. Mesmo quando acho que um leitor esteja nos julgando erroneamente ou desejando que sejamos algo que acredito não deveríamos ser, a opinião desse leitor é útil. Ela nos mostra onde os leitores estão e o que estão vendo quando olham nossas páginas. Tento manter estas duas perguntas freqüentemente em mente:
1) Estamos completamente atentos ao que está acontecendo no mundo?
2) Estamos inteiramente sensíveis ao coração e à mente dos leitores?
Cheryl Sullivan: Uma coisa que o pessoal que produz o Monitor precisa decidir — quase diariamente — é se cobrimos aspectos da cultura americana que possam ser de alguma maneira ofensivos ou passíveis de objeção, por parte de alguns dos nossos leitores. Serei franca sobre isso: essas decisões não são fáceis e freqüentemente levam a animados debates internos sobre qual é o conteúdo apropriado para este jornal em particular.
Em geral, descobrimos que uma omissão deliberada — uma recusa generalizada de lidar com tópicos sensíveis ou espinhosos — é uma falta de serviço aos leitores que, presumivelmente, lêem o jornal para serem informados sobre as tendências e os acontecimentos no mundo, não para serem protegidos deles. Nosso objetivo, então, é dar aos leitores um senso mais claro do choque de valores que está subjacente a muitas dessas histórias, para que eles possam compreender qual o cerne da questão.
O PONTO DE VISTA DO MONITOR (EDITORIAL)
Chefe do escritório da Ásia e redator do noticiário internacional são apenas alguns dos cargos que Clayton Jones vem ocupando ao longo de sua longa carreira no Monitor. Atualmente, ele é o redator-chefe do editorial do jornal. O Sr. Jones lida diariamente com as preocupações do leitor sobre conflitos de polarização, de equilíbrio e de partidarismo.
“A Sra. Eddy”, diz ele, “apoiou o estilo de linguagem que o jornal realmente deveria ter, ou seja, 'o mais genial cicerone para os homens' (L14824, William R. Rathvon a William P. McKenzie, 4 de janeiro de 1910, The Mary Baker Eddy Collection, A Biblioteca Mary Baker Eddy para o Progresso da Humanidade). Portanto, é importante, especialmente nos editoriais, não ser estridente.
Tentamos responder a cada leitor, mas não apoiamos candidatos a cargos eletivos. O propósito do Monitor é ajudar as pessoas a se tornarem melhores pensadores.
O título, que aparece encima da coluna do editorial, diz: 'O Ponto de Vista do Monitor'. Ele não é, necessariamente, a opinião do Monitor. Portanto, a maneira pela qual você vê uma situação, pode não incluir, nessa visão, o fornecimento de uma prescrição absoluta para o que deve ser feito a respeito dessa determinada situação. Somos definitivamente a favor da idéia de que cada pessoa tem a capacidade de fazer algo a respeito de um problema, portanto, tentamos escrever a partir deste ponto de vista: 'O que você pode fazer sobre isso?'
O propósito da página 'Op-Ed' (Opinião do Redator) — a página ao lado dos editoriais — serve para oferecer uma variedade de opiniões, de esquerda ou de direita, ou qualquer assunto do momento. Ver o outro lado, com o qual talvez você possa não concordar, e usá-lo em sua vida cívica diária, seja para votar ou debater. Não consideramos o Monitor como propositadamente tentando influenciar uma questão ou um conjunto de questões. Ele é, na verdade, para pensadores, para elevar o pensamento, para sondar o pensamento, para ampliar os horizontes do pensamento.
Não posso imaginar nada mais entediante do que ler uma publicação na qual você sempre concorda com tudo o que foi escrito.”
Mais de 30 anos como redator e escritor, deram a Jones uma visão de profundidade-de-campo sobre a evolução do Monitor. “Quase que a cada década, o jornal passa a repensar seu propósito”, diz ele, apontando para a necessidade a que ele chama de “transformação constante — através da auto-renovação jornalística, com o objetivo de ser mais sensível ao público, de energizar e informar os novos membros do quadro de pessoal sobre o propósito do Monitor e sobre a ordem da fundadora de ser mantido 'à altura da época' ” (Manual d'A Igreja Mãe, p. 44).
O FUTURO NA DISTRIBUIÇÃO/INTERATIVIDADE/PARCERIA
À medida que o Monitor busca engajar pensadores em todo mundo, Jonathan Wells, o diretor de desenvolvimento de negócios e publicação eletrônica do Monitor, está considerando o futuro, em curto prazo, e antecipando progresso em três frentes: distribuição de conteúdo, interatividade do leitor e parceria nos negócios.
“Vejo muito mais pessoas adquirindo o conteúdo do Monitor em um mundo cada vez mais interligado. Além disso, vejo-as adquirindo o conteúdo de maneiras que sejam significativas para elas, menos prescritas por nós. Entre as novas tecnologias que adotamos está uma chamada de mecanismo de distribuição RSS, ou 'Really Simple Syndication' (Agência de Notícias Realmente Simples). É uma oportunidade de receber manchetes enviadas automaticamente a uma banca de jornal personalizada em qualquer computador do leitor — exatamente como no passado você podia ver a página frontal do Monitor em uma banca de jornal física. O Monitor é um dos primeiros jornais a utilizar essa tecnologia e dezenas de milhares de leitores on-line usam esse mecanismo de distribuição, diariamente.
A publicação é feita, em grande parte, de uma só maneira. Liberamos a informação e não recebemos nada de volta. Isso vai mudar. Haverá maneiras pelas quais os usuários do conteúdo começarão a influenciar esse conteúdo e fornecer uma resposta de volta, para que se construa uma comunidade maior e diálogo com essa comunidade.
Chegaremos a um ponto onde não teremos de fazer tudo isso sozinhos.” Wells descreve essa mudança como “o elemento de parceria crescente do Monitor — trabalhando com aqueles que nos ajudarão a proporcionar, cada vez mais, oportunidades para as pessoas experimentarem as lentes do The Christian Science Monitor”.
O DESEJO DE MARY BAKER EDDY Fazer assinatura e ler
Será privilégio e dever de todo membro, desde que seus recursos lho permitam, tomar assinatura dos periódicos que são os órgãos desta Igreja; e será dever dos Diretores certificarem-se de que esses periódicos sejam redigidos adequadamente e mantidos à altura da época.
Manual d'A Igreja Mãe, p. 44
Meu desejo é que todo Cientista Cristão, bem como um maior número possível de outras pessoas, façam assinatura e leiam nosso jornal diário.
Christian Science Sentinel, 21 de
novembro de 1908, p. 230.
COMENTÁRIOS DOS LEITORES
UM RECENTE PRIMEIRO ENCONTRO DE BOA QUALIDADE
Apenas um rápido agradecimento. Nunca havia lido sua publicação antes, presumindo que ela fosse preconceituosa e com poucas notícias. O que descobri foi exatamente o oposto: o que uma fonte de notícias deveria ser. Também sou um católico ativo e gostei muito da página The Home Forum. Continuem com o bom trabalho.
A recente série: “Talking with the Enemy” (Conversando com o inimigo) foi excelente. Continuo a refletir sobre as maneiras pelas quais poderia modificar meu próprio comportamento, a fim de diminuir a polarização, como também sobre as maneiras pelas quais eu poderia reunir pessoas de diferentes tendências, para ouvirem umas às outras. Esse modo de pensar, amplo e provocativo, é a razão do porquê assino o Monitor.
Venho lendo a edição on-line do CS Monitor há algum tempo e estou impressionado pelo fato de que seu lema, de ser livre e sem preconceito, é uma característica verdadeira, visível em todas as histórias publicadas.
... Eu estava pesquisando a palavra Saudi na Internet ... [e] um artigo sobre seu site estava entre as respostas recebidas... “Na medida em que o jejum termina, as lições do Ramadan ainda perduram”, por Faiza Saleh Ambah ... minhas lágrimas não pararam de cair até que terminei a leitura do artigo.
Sendo um cidadão saudita, estudar nos Estados Unidos tem se tornado tremendamente difícil desde os terríveis eventos de 11 de setembro ... deixaram-me sentindo como um estranho mais do que jamais havia me sentido antes, em uma sociedade que não parece mais ser acolhedora...
... Muito obrigado por contribuir na construção de um entendimento entre os povos [e] por permitir que esta imagem, não distorcida, sobre a maneira como a religião afeta as pessoas na Arábia Saudita seja apresentada aos seus leitores.
Para mais comentários, visite o site csmonitor.com/aboutus e clique em “Readers' Comments”.
COMENTÁRIO DOS FIDEICOMISSÁRIOS: SOBRE A OFERTA E A PROCURA
“As coisas andam por causa da oração”, diz Victor Westberg, que serve nos dois conselhos administrativos de The First Church of Christ, Scientist — O Conselho de Diretores da Christian Science e o Conselho de Fideicomissários da Sociedade Editora da Christian Science. Explicando um pouco mais sobre sua oração pelo Monitor e seu futuro, o Sr. Westberg diz: “Precisamos estabelecer no pensamento o que já está ali, a substância infinita que provém de Deus, que nunca se deteriora. O Monitor é, como um instrumento de elevação, parte da Igreja que Mary Baker Eddy projetou. Ele está aqui para levar a toda humanidade a Ciência do ser, não dividida.”
Don Adams, que também serve no Conselho de Fideicomissários composto por três membros, vê o Monitor “espalhando a verdade, a liberdade e a igualdade a todos sobre a terra”. O Sr. Adams diz que o Monitor compartilha um objetivo humanitário com outras empresas jornalísticas — “para ajudar o mundo e levar luz às coisas que necessitam de cura. Portanto, ele nos coloca ombro a ombro com pessoas de todas as denominações e de todas as culturas e raças”. O Monitor, explica ele, é “nosso conector. Ele evita que as pessoas fiquem isoladas e preocupadas apenas com suas próprias famílias e lares, além de fazer a conexão com todos”.
Para a presidente dos Fideicomissários, Midge Campbell, o Monitor não visa ser uma voz do liberalismo político ou do conservadorismo, mas sim o catalisador de uma mudança positiva. “Uma reportagem de mídia”, diz a Sra. Campbell, “pode tanto inflamar como transformar. O Monitor vai mais longe ao transformar o pensamento público, pois o guia para fora daquilo que inflama, em direção àquilo que traz uma nova perspectiva e leva uma determinada questão a um nível mais elevado de diálogo e debate”. Ela cita como exemplo desse propósito do Monitor, tipo agente-catalisador-de-mudança, a recente série “Conversando com o inimigo”, sobre como estabelecer um elo de ligação na linha divisória na América, série essa que recebeu “uma imensa atenção pública e aclamações, como também interesse de outros veículos para reimprimi-la.
Acho que a Sra. Eddy esperava que fôssemos rápidos em nos adaptar a um mundo em constante mudança”, diz Westberg. “Ela esperava que estivéssemos à altura da época em que vivemos.
Além disso, a Sra. Eddy não queria que o Monitor fosse apenas uma coisa da igreja”, acrescenta Adams, “mas ela desejava que os membros da igreja o apoiassem. Ela solicita-va-lhes — na medida do possível — que fizessem assinaturas”, em termos literais, que assegurassem sua disponibilidade ao público. Entretanto, atualmente, diz Adams: “o Monitor não está sendo bem apoiado, em número de assinaturas, pelos membros da Igreja. As pessoas realmente compram as coisas que elas valorizam. Elas cuidam das amizades que valorizam. Estamos tentando trazer uma maior clareza e enfoque para o Monitor. Estamos nos esforçando para implementar, colocar em prática, no grau mais elevado possível, o propósito do Monitor como a Sra. Eddy o via e, portanto, que seja um produto mais valioso .”
Campbell considera o conceito de valor como uma via de mão-dupla. “Existe o desejo do Monitor de ter pessoas valorizando seu conteúdo, mas acho que o Monitor também valoriza a humanidade, a condição humana em todo mundo, de forma muito profunda. Ele valoriza as pessoas como indivíduos — a mãe, a criança, o professor — em 'situações de massa' onde sua situação difícil como minoria possa não estar visível. Há pouco tempo, recebemos uma comovente carta de um homem na China. Ele falava sobre a vida durante e após a Revolução Cultural sob o regime comunista e comentou: 'Naquela época de trevas da recente história chinesa, muitas pessoas achavam que não havia nenhum propósito na vida. Contudo, seus artigos estavam esclarecendo muitos chineses e dando-lhes esperança e mesmo salvando-lhes a vida. Palavras não podem expressar a gratidão da nossa família.”
Os Fideicomissários, entretanto, não vêem isso como uma ocasião de se contentar com a história notável do Monitor ou com realizações recentes. “Não desejamos ficar demasiadamente animados”, diz Adams. “Estamos fazendo muitas coisas boas, mas, obviamente, temos de fazer mais e temos de fazê-las melhor, atrair mais leitores. Essa é uma ocasião para um auto-exame honesto. Precisamos melhorar.”
“Muitos dos desafios que o Monitor está enfrentando não são peculiares ao Monitor”, explica Campbell. “Muitos jornais estão perdendo seus leitores. Muitos dos desafios que especialmente o Monitor impresso enfrenta — cobrar pelo conteúdo ou distribui-lo gratuitamente pela Internet — são questões que todos os jornais estão enfrentando. Há desafios dentro de um contexto maior e volto ao comentário anterior do Vic: a oração faz com que as coisas andem”.
TRAJETÓRIA RECORDE DE EXCELÊNCIA
Durante sua história de 97 anos, o Monitor vem ganhando centenas de prêmios, incluindo sete Prêmios Pulitzer (para mais detalhes, visite o site csmonitor.com/aboutus, clique em “Awards”, e desça até “Our Pulitzers”). Em anos recentes, o Monitor tem sido premiado em uma variedade de categorias, incluindo reportagem internacional, política, educação, ciência, editorial caricatural, crítica literária e jornalismo on-line.
