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A tranqüilidade do lar, em qualquer lugar

Da edição de junho de 2005 dO Arauto da Ciência Cristã

The Christian Science Monitor


Um vizinho de longa data, que ficou viúvo no início deste ano, pôs uma placa com os dizeres: "Casa à Venda". Uma outra família colocou uma faixa com os dizeres: "É um menino". Nosso filho também está pensando em afixar placas, anunciando: "Vendem-se Objetos/ Motivo de Mudança", pois ele está se mudando e deu a entender que talvez o casamento não esteja muito fora de seus planos.

Com a experiência das muitas mudanças que tive de fazer ao longo dos anos, conheço o gostinho dessa mistura de ansiedade e excitação que uma mudança ou um novo relacionamento podem trazer. Entendo quando meu filho fala sobre seus temores. Mas, quando ele me pediu conselho, decidi reservar algum tempo para orar.

Costumo sair para caminhar ao longo de uma trilha, ladeada de carvalhos, que acompanha um riacho.

Sei, por experiência, que dizer ao meu filho o que ele deve ou não fazer, não é o de que ele mais precisa. Mas, o que devo dizer? Ao ouvir o murmúrio da água no córrego, começo a relembrar. Quando era criança, minha família foi forçada a morar em um hotel de beira de estrada durante vários anos. Meu pai havia sido transferido para um novo emprego e tivemos de partir antes que nossa casa fosse vendida. Ao chegar à nova cidade, meus pais descobriram que não poderiam se dar ao luxo de ter uma casa nova, enquanto ainda estivessem pagando a hipoteca da antiga. Além disso, a casa não conseguia ser vendida.

Meus pais estavam preocupados, e, como conseqüência, eu também. Lembro-me de tê-los ouvido conversando, enquanto pensavam que eu estivesse dormindo. Meu pai perguntou: "O que vamos fazer"? Até hoje me ajuda a resposta que minha mãe lhe deu.

Ela disse: "Nós vamos fazer o que sempre fizemos. Você vai trabalhar e eu vou tomar conta das meninas. Vamos freqüentar a igreja. Vamos fazer novos amigos. Vamos conhecer o lugar e descobrir coisas interessantes para ver e fazer. Vamos ler a Bíblia todas as manhãs e vamos orar, a cada minuto livre que tivermos. Mas, acima de tudo, vamos confiar em Deus”.

Ali no escuro, ouvindo a voz de minha mãe, meu coração de menina descobriu a tranqüilidade. Eu sabia como orar, além de saber que Deus nos amava. Então, adormeci.

No final, todas as nossas necessidades foram supridas, quando meus pais compreenderam que eles precisavam estar abertos a novas possibilidades. Nós não vendemos a casa, mas a trocamos por um trailer, que acabou sendo muito oportuno para as doze mudanças que tivemos de fazer, durante os quatro anos seguintes. Além disso, em cada mudança, seguíamos a mesma seqüência infalível: família, igreja, trabalho, escola e, claro, muita oração.

A calma e a paz de um lar é algo que levamos conosco; não necessariamente algo que deixamos para trás e que tentamos encontrar em cada lugar novo, que uma mudança pode trazer.

Essa foi uma lição que jamais esqueci, porque, com todas essas mudanças, pude compreender que a calma e a paz de um lar é algo que levamos conosco; não necessariamente algo que deixamos para trás e que tentamos encontrar em cada lugar novo.

Gosto muito de pensar sobre a qualidade da calma, com relação a encontrar um lugar para nos sentirmos em casa. Mary Baker Eddy escreveu: “Certos estados de ânimo encontram um indefinível prazer na calma, aquela calma suave e silenciosa como o súbito aquietar-se de uma tempestade; pois a calma da natureza se expressa em um sussurro de harmonia, no gentil murmúrio do amanhecer, nas preces que encerram o anoitecer e na lira do pássaro e do córrego” (“Christian Science versus Pantheism”, p. 3).

Não é isso o que todos nós necessitamos em um lar, ou seja, harmonia, segurança e beleza, quer esse lar seja um pequeno hotel ou uma mansão, quer estejamos casados ou solteiros, com ou sem família?

Olho para as folhagens que, naturalmente, respondem ao vento, às estações do ano e à chuva, e compreendo que os lares, para serem seguros, precisam incluir flexibilidade, bem como estabilidade.

Minha oração foi atendida. Contarei ao meu filho sobre o compromisso de minha mãe para com a estabilidade e a alegria, em tempos de insegurança e medo. Vou encorajá-lo a orar e também a ser flexível o bastante para ouvir a resposta de Deus, mesmo que isso signifique seguir por um caminho inesperado.

Também incluo meus vizinhos em minhas orações, e sou grata por saber que, qualquer que seja a mudança, Deus já tem um lugar preparado para cada um de nós, na tranqüilidade de Sua presença.

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