Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer
Matéria de capa

Um tratamento para o meio ambiente

Da edição de junho de 2005 dO Arauto da Ciência Cristã


Atualmente, a mídia européia está repleta de notícias sobre o Protocolo de Kyoto, que trata de mudanças climáticas e que entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005. Nesse acordo, negociado na bela cidade de Kyoto, no Japão, as nações participantes se comprometem a reduzir a emissão de certos gases do tipo “estufa”, principalmente o dióxido de carbono, que têm sido responsabilizados pelo aquecimento global.

Preocupações com o meio ambiente é o assunto do momento aqui em Bruxelas, “a sede da União Européia (UE)”, onde resido. Mas, a conscientização ambiental dificilmente está limitada somente à UE ou a outras partes do mundo. Na verdade, o estado em que se encontra nosso planeta, deveria interessar não somente aos que detêm o poder de decisão e aos grupos ambientalistas, mas a todos os habitantes — a todos os que respiram ar, bebem água, caminham, correm e brincam nas praias e nas florestas. Àqueles que constroem, que compram ou alugam casas para nelas viverem. Àqueles que cultivam, vendem e comem alimentos. De fato, é uma preocupação que nos une como uma única família.

Considerando a gravidade e a quantidade de problemas ambientais com as quais nos defrontamos, poderíamos nos perguntar: “O que posso fazer? Será que o que eu penso ou faço, importa? Posso fazer alguma diferença”?

Sim — enfaticamente sim — podemos fazer a diferença! Da forma como vejo a situação, o único lugar onde podemos começar é dentro de nós mesmos, ao invés de ficarmos imaginando o que os outros deveriam estar fazendo. Em minha vida, posso reconsiderar a forma como uso a eletricidade e o combustível, quando as escolhas são possíveis. Posso usar o transporte público ou uma bicicleta em vez de um carro, escolher um carro que gaste menos combustível, tomar banho de chuveiro em vez de banheira, não deixar torneiras escorrendo ou luzes acesas quando não for necessário e participar de programas de reciclagem. Em outras palavras, posso ser cuidadosa com os recursos da Terra, apreciando as coisas boas que temos, ao invés de subestimá-las.

Todos podemos fazer coisas semelhantes. Mas, podemos fazer mais? Sim, na verdade, muito mais. Além de assumir a responsabilidade pelo meio ambiente pela maneira como vivemos nossa vida, podemos nos empenhar para encontrar padrões mais elevados, mais espirituais, de existência e de ação. A base desses padrões é que, em realidade, somos seres espirituais, não criações materiais com um componente espiritual.

À medida que as dimensões espirituais da vida se tornam mais reais e substanciais para nós, à medida que permitimos que Deus nos defina e nos inspire, seremos — não somente nós mesmos, mas também a grande família humana — até certo ponto, libertados do desespero ao ouvir as notícias. Embora ainda cientes dos desafios impostos ao meio ambiente, os temores pelo nosso mundo diminuirão e estaremos preparados para agir de maneira adequada.

À medida que as dimensões espirituais da vida se tornam mais reais e substanciais para nós, à medida que permitimos que Deus nos defina e nos inspire, seremos libertados do desespero ao ouvir as notícias.

Uma definição de ambiente (e existem muitas) é: “circunstâncias externas sob as quais seres humanos, animais, e plantas vivem; condições de vida, condições de existência, arredores” (minha tradução do dinamarquês para Politikens Fremmedordbog, Politikens Ferlag, 1985). Quando encontrei essa definição, lembreime imediatamente de um dos meus versículos favoritos da Bíblia: “pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos... Porque dele também somos geração” (Atos 17). Considerei essas palavras como uma declaração do fato espiritual de que somos os filhos amados de Deus. De que nossa verdadeira identidade é a de idéias espirituais que vivem, se movem e existem na Mente divina, o Deus todo-bom — de que realmente vivemos no Espírito e não na matéria. Essas são as reais circunstâncias sob as quais vivemos. As realidades espirituais da criação compõem nosso ambiente verdadeiro.

Você poderia dizer: “Soa maravilhosamente, mas como isso ajuda na vida diária? Como posso usar essas idéias para melhorar o meio ambiente? 'Em Ciência e Saúde, Mary Baker Eddy escreveu: 'Pergunta-te: Estarei vivendo a vida que se aproxima do bem supremo? Estarei demonstrando o poder curativo da Verdade e do Amor? Se assim for, então o caminho se tornará cada vez mais claro 'até ser dia perfeito'. Teus frutos hão de provar o que o compreender Deus traz ao homem. Mantém perpetuamente este pensamento — que é a idéia espiritual, o Espírito Santo e Cristo, que te habilita a demonstrar, com certeza científica, a regra da cura baseada no Princípio divino, o Amor, que está por baixo, por cima e em volta de todo ser verdadeiro” (p. 496).

Pergunto-me, freqüentemente, como posso viver uma vida que “se aproxima do bem supremo”. Considero também as palavras do salmista como uma resposta a essa pergunta: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus” (Salmos 46). Para mim, essas palavras são verdadeiros conselhos para ficarmos calmos e pararmos de tentar esboçar soluções para as dificuldades emaranhadas com as quais nosso planeta está se defrontando, tais como a questão do aquecimento global. Ao contrário, confiar e saber que Deus está sempre aqui por nós, individualmente, com as soluções corretas para qualquer problema que estejamos enfrentando. Uma boa solução já existe porque Deus é a presença do próprio bem. Portanto (diz minha voz interior), apenas tranqüilize-se, ouça, e aguarde o bem acontecer — e tenha a expectativa, no que diz respeito ao meio ambiente, de que as crenças e práticas prejudiciais serão postas a descoberto e corrigidas. Se realmente tivermos êxito em acalmar nossa voluntariosidade — e a angústia que possamos sentir sobre o que os outros pensam ou fazem — poderemos descobrir como “demonstrar ...a regra da cura”.

O domínio e autocontrole que adquiro em minha vida contribuem para melhorar o meio ambiente como um todo.

Alguns passos práticos

A União Européia e muitas outras nações têm tomado medidas para promover a cura ambiental. Estou feliz pela mudança de pensamento que está modificando a maneira de as pessoas e os governos agirem. Por exemplo: antecipando-se à entrada em vigor do Protocolo de Kyoto, os 25 países da União Européia, lançaram um plano de ação comercial para a redução da emissão de gases, em janeiro de 2005, que envolve bilhões de dólares. Além disso, o Reino Unido já alcançou níveis de redução de emissão de gases, que excedem os objetivos estabelecidos em Kyoto. A França anunciou, em fevereiro, os detalhes de um projeto para triplicar sua produção de bio-combustíveis. O Japão estabeleceu a taxação de um imposto sobre combustíveis industriais e fósseis. O Canadá está promovendo um programa comercial doméstico de redução de emissão de gases. Estimulados consideravelmente pelo protocolo de Kyoto, a China e a Índia incorporaram elementos relacionados ao clima em suas políticas de geração e desenvolvimento de energia.

Uma das pedras fundamentais do plano de ação ambiental da União Européia, é um programa intitulado: “Meio Ambiente 2010: Nosso Futuro, Nossa Escolha”. Durante mais de 30 anos, a União Européia vem fixando normas, na sua política de legislação ambientalista, para estabelecer um sistema abrangente de proteção ambiental, que vai desde a redução de ruídos até o gerenciamento do lixo; da conservação dos habitats naturais até o controle da qualidade da água. Uma rede de informações e de socorro emergenciais cobrindo toda a União Européia foi instalada para monitorar desastres ambientais, tais como vazamentos de óleo ou incêndios florestais. A Agência Européia para o Meio Ambiente, localizada em Copenhague, monitora o estado do meio ambiente local e sinaliza antecipadamente problemas futuros.

A vigilância ambiental

Em Ciência e Saúde encontrei esta orientação para a vigilância pessoal do meio ambiente: “Se decides que o clima ou a atmosfera não é saudável, assim o será para ti. Tuas decisões te dominarão, seja qual for o rumo que tomarem. Inverte o caso. Monta guarda à porta do pensamento. Admitindo somente aquelas conclusões cujos resultados desejas ver concretizados no corpo, tu te governas harmoniosamente” (p. 392). Gosto também de pensar sobre isso assim: “Admitindo somente aquelas conclusões cujos resultados desejas ver concretizados no meio ambiente, controlarás o teu meio ambiente harmoniosamente”. Para mim, isso significa que o que pensamos pode fazer a diferença para melhor. A cada vez, um pensamento melhor. O domínio e autocontrole que adquiro em minha vida contribuem para melhorar o meio ambiente como um todo.

Portanto, cada dia oferece a cada um de nós uma escolha. Podemos ceder espaço mental para o temor, o desespero, a carência e para uma atitude: “eu não me importo”. Ou podemos escolher pensamentos mais puros e mais limpos, permanecermos imperturbados e cheios de paz, equilibrados e amorosos — preenchendo nossas mentes com pensamentos que a Mente divina origina. Então, não seremos meramente observadores de um ambiente físico, que parece estar além da nossa capacidade de ajuda. Ao contrário, estaremos ativamente contribuindo para a melhoria do meio ambiente, através da maneira como pensamos e agimos.

“Não existe nenhuma liberdade sem responsabilidade; essas duas, a liberdade e a responsabilidade, sempre deveriam caminhar juntas”, disse um importante rabino de Bruxelas, em um simpósio de que participei no ano passado, no qual a liberdade religiosa constava da agenda de trabalho. As questões ambientais são responsabilidades globais. Essa espécie de responsabilidade tem a ver exclusivamente com o amor — é sobre exercitar o amor altruísta, incondicional, não apenas pela nossa própria família, pelos nossos filhos e (no meu caso, futuros) netos, mas também pelos nossos vizinhos. Para cada ser humano neste querido planeta.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / junho de 2005

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.