• Pais de adolescentes rebeldes ficam acordados a noite toda, orando e esperando até que os filhos voltem para casa.
• Um amigo promete: “Telefone-me a qualquer hora do dia ou da noite. Pode contar comigo”.
• Um bom Samaritano enxerga além da feia aparência de um morador de rua e vê a dignidade que lhe é inerente.
• Uma igreja procura por um membro há muito tempo afastado para voltar a fazer contato e lhe dizer: “Nós gostaríamos de receber notícias suas”.
De certa forma, todo amor verdadeiro traz consigo uma caraterística especial. O Apóstolo Paulo se referiu a isso, quando falou à igreja de Corinto sobre o “amor” que “jamais acaba” (1 Cor. 13). Poucos de nós vivenciamos a qualidade legítima dessa força invisível e tão poderosa, freqüentemente chamada “amor incondicional”. Contudo, todos temos a capacidade de cultivá-lo e expressá-lo a familiares, amigos, conhecidos e desconhecidos e, é claro, a nós mesmos. As forças do tempo, da impaciência e do egoísmo, não estão à altura desse amor. Ele não conhece limites, e chega aonde um amor menor não alcança — até às solitárias regiões sombrias da doença, da desilusão, do desespero.
Além disso, ele cura. Esse amor se origina da convicção de que, porque Deus é bom e perfeito, cada um de nós também o é, como o representante de Deus. Toda vez que buscamos sinais dessa perfeição espiritual ou insistimos em sua presença, apesar do que vemos ou ouvimos, estaremos cultivando um ambiente de cura.
Oportunidades de demonstrar esse amor incondicional surgem em milhares de matizes — algumas vezes tênues, outras vezes vibrantes. Podem ser percebidas tanto em um momento em que dois estranhos trocam um olhar sincero, como em um imenso ato de perdão por alguma enorme traição. Mas, onde quer que o puro amor exista, a característica nobre de altruísmo sincero deixa sua marca. Um desejo simples, humilde, de que o bem exista.
Amar, incondicionalmente, nos coloca na pista expressa para nos tornar sanadores, porque estamos aprendendo a reconhecer a outra pessoa como nunca estando fora do alcance do Deus Todo-poderoso — o próprio Amor — que não vê em Sua criação nenhuma nódoa do mal. É impossível adotarmos uma tal maneira de ver as coisas, se não estivermos conscientemente orando. Quanto mais fizermos isso em casa, na rua, no escritório, mais faremos de nossa vida uma oração viva.
Qualquer pessoa tem o potencial necessário para aprender mais sobre esse amor simples, porém profundo, que sustenta o trabalho de um sanador Cristão.
Se podemos amar, podemos orar. Mary Baker Eddy, que criou o ofício de Praticista da Christian Science, iniciou o primeiro parágrafo do Capítulo I em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, fazendo esta importante conexão: “A oração que reforma o pecador e cura o doente é uma fé absoluta em que tudo é possível a Deus — uma compreensão espiritual acerca d'Ele, um amor abnegado” (P. 1). Um matemático poderia reduzir essa frase a uma equação muito útil: Reforma, Oração Sanadora = Compreensão Espiritual + Amor Abnegado.
Qualquer pessoa tem o potencial necessário para aprender mais sobre esse amor simples, porém profundo, que sustenta o trabalho de um sanador Cristão. Então, não é de admirar que o amor a Deus e à humanidade tenha se constituído em um tema freqüentemente repetido nos artigos sobre a prática pública da Christian Science e nos testemunhos de cura. A Christian Science, a Ciência do Amor, assenta sobre a compreensão espiritual, algo aprendido por meio de estudo, inspiração e educação. Além disso, a característica especial dessa Ciência é que aquele que a pratica está capacitado a curar mentalmente todos os tipos de dificuldades humanas, ao invés de curá-las fisicamente, apenas aprendendo, cada vez mais, sobre a natureza de Deus e sobre a nossa natureza como filhos e filhas perfeitos dEle. Sim, a compreensão espiritual é essencial. Entretanto, Mary Baker Eddy afirma em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “A parte vital, o coração e a alma da Ciência Cristã, é o Amor. Sem o Amor, a letra nada mais é que o corpo moto da Ciência — sem pulso, frio, inanimado” (P. 113).
Se quisermos ser melhores sanadores, vamos amar mais. Para amar mais, necessitamos, mais do que nunca, da Ciência do Amor que Jesus ensinou e praticou — porque perder de vista o ideal elevado da cura, é quase tão fácil como adotar esse ideal em primeiro lugar. O que irá levar todos nós adiante — juntos — é o engajamento nessa Ciência. Como também àquele amor indescritível a que Paulo se referiu, e que sempre fará nossos pensamentos e açōes ressoarem — não como o ruído vazio do “bronze que soa ou como o címbalo que retine”, mas como uma maravilhosa canção sanadora.
Então, diremos a alguém, de todo coração, em voz alta ou silenciosamente, “eu amo você”.
