Aproximadamente dois bilhões de cristãos conhecem, amam e regularmente oram a Oração do Senhor. Quando as pessoas oram com tamanha freqüência palavras tão conhecidas, existe sempre a possibilidade de passar depressa demais por elas, para chegar logo à frase: "o reino, o poder e a glória para sempre". Pelo menos, o destino é digno de louvor.
É como escalar uma montanha, cuja trilha nos é familiar. Ao longo do caminho, os alpinistas obtêm, de vez em quando, vislumbres do pico e muitos se apressam para chegar lá. Contudo, esses vislumbres ocasionais têm como objetivo mais do que apenas recuperar o fôlego e olhar avidamente para o alto. Servem também para que o alpinista olhe ao redor, horizontalmente. À vista, até onde o olhar do espectador permite alcançar, tem uma maneira especial de enternecer o pensamento, muito além do mero agradecimento por ter chegado até ali.
Tome, como exemplo, a frase do meio da oração: "Faça-se a Tua vontade, assim na terra, como no céu". É uma espécie de oração dentro da oração. Nessas poucas palavras, não está incluso nenhum convite para se fazer uma lista de queixas ou de desejos pessoais. Assim como a Oração do Senhor em sua inteireza, também a frase "Faça-se a Tua vontade" convidanos a orar a fim de reconhecermos, claramente, a Deus e a tudo o que Ele fez de verdadeiro, sagrado e discernivel. Embora talvez busquemos consolo para nós mesmos, a alegria de fazer uma pausa nesse ponto e nos dirigirmos a Deus em oração a qualquer momento é que, ao nos voltarmos a Deus, as preocupações pessoais se esvanecem com naturalidade e nos levam para aquele amor horizontal e abrangente pelo próximo.
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