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Matéria de capa

Unidos em um só Deus

Da edição de janeiro de 2006 dO Arauto da Ciência Cristã


Deus é incorpóreo Deus é Vida

Isto pode soar como um conceito radical, mas aqui está: você e Deus são um. Não apenas relacionados, não apenas conectados, mas, um só.

Como sei disso? Porque Deus é infinito. Isso significa que tudo o que Ele criou é parte dEle, ou seja, indissoluvelmente ligada a uma única causa divina, o Criador celestial. Essa parte nunca poderia estar separada dEle, nem por um instante.

Mary Baker Eddy explicou isso deste modo: “Um só é o Princípio e sua idéia...” (Ciência e Saúde, p. 465). Essa idéia, essa criação, refere-se a cada um de nós, a cada um dos filhos de Deus. “Assim como uma gota dágua é uma com o oceano”, escreveu Mary Baker Eddy, “um raio de luz um com o sol, do mesmo modo Deus e o homem, o Pai e o filho, são um no ser” (Ibidem, p. 361).

Talvez essa idéia de unidade seja melhor ilustrada pela idéia de reflexo, na qual o objeto está na mais completa unidade com aquilo que o reflete. Gosto de pensar não somente no reflexo, mas também no significado da palavra reflexão, que é o ato de refletir ou ponderar sobre algo. Em outras palavras, se somos o reflexo de Deus, a Mente divina, então somos aquilo sobre o qual a Mente está pensando.

É evidente, então, que somos exatamente tão importantes para Deus como Deus o é para nós. Ele necessita de nós. Ele não poderia viver sem que preenchêssemos o lugar individual e exclusivo que Ele destinou a cada um de Seus filhos. Afinal de contas, não se pode ser um pai sem um filho, ou professor sem aluno, ou pescador sem peixe. Deus não poderia ser Mente infinita sem uma criação infinita para expressar essa Mente. Essa criação somos nós.

Porque Deus é Um e nós um com Ele, isso também significa que cada um de nós deve ser um com o outro. Portanto, o que poderia existir que pudesse tentar nos separar? Que poder conseguiria se interpor entre as expressões individuais do bem infinito, Deus?

A Sra. Eddy tem algo a dizer sobre esse assunto. Neste caso em particular, ela se referia a alunos de Christian Science, mas sua declaração se aplica a toda a humanidade. “Os frutos naturais da cura-pela-Mente segundo a Ciência Cristã são harmonia, amor fraternal, crescimento espiritual e atividade. O objetivo maldoso do poder mental pervertido, ou magnetismo animal, é o de paralisar o bem e ativar o mal. Dá início a facções e engendra a inveja e o ódio...” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 213).

Em outras palavras, é essa falsa crença do magnetismo animal, do suposto poder e realidade do mal, que gera conflito e tenta dividir o que, em realidade, não pode ser dividido. Nosso trabalho como sanadores não é somente reconhecer que a harmonia, o amor fraternal e o crescimento espiritual sejam naturais, mas é também defender-nos contra o magnetismo animal, em toda situação onde parece haver conflito, reconhecendo que o bem não pode ser paralisado e que o mal não pode estar em operação, porque com uma única Mente divina e totalmente boa, criando e controlando toda a criação, não pode haver nenhum conflito.

Em essência, o conflito é uma crença na necessidade de opostos. De tal modo que, porque existe o bem, tem de existir também o mal. Porque existe o Espírito, tem de haver seu oposto, a matéria. Porque existe a saúde, tem de haver a doença.

Em essência, o conflito é uma crença na necessidade de opostos. Mas, um Deus infinito não deixa nenhum espaço para opostos, nenhuma possibilidade para qualquer coisa contrária a Ele mesmo.

Mas, um Deus infinito não deixa nenhum espaço para opostos, nenhuma possibilidade para qualquer coisa contrária a Ele mesmo. Jesus compreendeu isso melhor do que ninguém, e essa compreensão formou o fundamento para seu ministério de cura. Ciência e Saúde expõe isto assim: “Jesus via na Ciência o homem perfeito, que lhe aparecia ali mesmo onde o homem mortal e pecador aparece aos mortais. Nesse homem perfeito o Salvador via a própria semelhança de Deus, e esse modo correto de ver o homem curava os doentes” (Ciência e Saúde, p. 476).

Que firme fundamento para se orar sobre qualquer situação discordante! Se estivermos conversando com alguém malinformado e que se oponha a nós, bem ali podemos orar para ver o homem perfeito, o homem que é sempre um com Deus. Exatamente onde a teimosia e a incompreensão parecem estar, podemos ver a criação inteiramente espiritual de Deus unida em perfeita harmonia.

Esse foi o método que usei, há alguns anos, quando, em meu trabalho como Praticista da Christian Science, um mediador profissional me ligou pedindo para que eu orasse por ele. Ele tentara negociar com o sindicato dos trabalhadores e a gerência de uma grande indústria, mas as relações estavam muito hostis e parecia que a greve seria inevitável. O mediador estava desesperado.

Começamos orando sobre a animosidade entre as duas partes, reconhecendo que, ali mesmo onde a raiva, a teimosia e a hostilidade pareciam estar, havia, em realidade, somente paz, flexibilidade e amor. Lidamos com o fato de que a raiva é parte da crença (mentira) sobre opostos, ou seja, a crença de que, ao invés de harmonia, possa haver desarmonia; que, ao invés de as partes concordarem em ouvir genuinamente uma à outra, pudesse haver voluntariosidade, uma visão limitada. Oramos para reconhecer que Deus nunca poderia ter criado qualquer pessoa capaz desse tipo de comportamento. Isso era apenas o magnetismo animal tentando conduzir esse caso, tentando nos convencer de que o mal tivesse o poder de separar.

A coisa mais importante na oração sobre qualquer tipo de disputa, quer seja em esportes, nos negócios, na família ou na igreja, é reconhecer os fatos espirituais da situação.

Não demorou muito e os dois lados começaram a trabalhar juntos e, finalmente, conseguiram chegar a um acordo satisfatório. De fato, após aquela negociação, eles acabaram se tornando amigos. Foi maravilhoso.

Para mim, esse exemplo ilustra que a coisa mais importante na oração sobre qualquer tipo de disputa, quer seja em esportes, nos negócios, na família ou na igreja, é reconhecer os fatos espirituais da situação. A Sra. Eddy aconselha o seguinte para curar: “...apega-te firmemente a Deus e Sua idéia” (Ibidem, p. 495). Assim, em um conflito, devemos nos apegar firmemente a Deus e Sua idéia de unidade, que nos diz que estamos indissoluvelmente unidos a Deus, e, portanto, uns aos outros, mantidos juntos em unicidade, onde não existe nenhum oposto e nenhum elemento de discórdia. Compreender que todos nós somos provenientes de uma fonte comum e que não pode haver nenhuma outra, aniquila os antagonismos que tentariam nos separar.

A Sra. Eddy escreveu: “Um só Deus infinito, o bem, unifica homens e nações...” (Ibidem, p. 340). Nós não temos de criar essa unidade. Essa unidade já existe. Nosso trabalho é o de reconhecê-la.

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