Somos uma família relativamente grande, composta pelos meus pais, seus oito filhos, dez netos e duas noras. Amamos-nos muito, nossa união nos proporciona grandes alegrias.
Sempre convivi com minha avó, que fazia questão de passar ensinamentos religiosos, éticos e morais.
Lembro-me certa ocasião, durante minha infância, quando brincava na porta da casa dela. Achei um pacote embrulhado em um papel de jornal e, ao abrir, fiquei surpresa com tanto dinheiro que vi! Corri e mostrei o que achara para minha avó, que me disse: “hoje é dia de pagamento dos trabalhadores da rede ferroviária, certamente alguém deve ter perdido o salário”. Ficamos na janela para ver se passava alguém procurando algo. Logo avistei um senhor que procurava alguma coisa com atenção entre os arbustos. Minha avó perguntou o que o afligia. Ele respondeu que perdera todo o seu salário e descreveu o pacote em que o dinheiro estava. Ela lhe disse que eu achara o seu pagamento e lhe devolveu o embrulho. Ele quis me presentear com dinheiro, mas minha avó lhe disse que a maior gratidão seria o ensinamento do valor da honestidade, pois se refletiria em minha vida adulta. Disse ainda que ele poderia comprar uma boneca para mim, caso achasse que deveria me recompensar. Há uma passagem na Bíblia que diz: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele” (Prov. 22:6). Hoje sou muito grata à minha avó, pois os valores cristãos que aprendi com ela, como ordem, justiça, bons hábitos, bom caráter e altruísmo, me ajudam a orientar meus filhos.
Minha avó sempre citava trechos bíblicos que passavam sabedoria e honestidade. Esses ensinamentos contribuíram para que todos na família cultivássemos coragem, desprendimento e honradez.
Hoje, após estudar a Christian Science por nove anos, compreendo que o amor e os valores ensinados por minha avó provêm de Deus. Comecei a estudar essa maravilhosa Ciência, quando o meu irmão me deu Ciência e Saúde de presente. Por meio da leitura desse livro, minha família e eu tivemos muitas curas.
Recordo-me da primeira vez em que coloquei em prática o que estava aprendendo. Um dia pela manhã, minha filha acordou bocejando, deslocou o queixo e começou a gritar de dor. Ao invés de me desesperar, afirmei o cuidado, a onipotência e a onipresença de Deus. Procurei tranqüilizá-la afirmando que ela é a filha amada do Amor divino e que tem direito à harmonia, saúde e paz. Ela parou logo de sentir dor e o queixo voltou ao normal.
Recentemente, meu irmão foi curado de dor na coluna (ver O Arauto de junho de 2006) e eu de doença de pele e de depressão. Até minha mãe, que, devido ao medo de cair, evitava sair de casa, viajou a outro estado para fazer o Curso Primário da Christian Science. Pela leitura do livro, ela elevou o pensamento e adquiriu a coragem e a força física necessárias para realizar a viagem. Após o curso, ela comentou: “Eu achava que não tinha mais nada para aprender, mas quanta coisa me foi revelada!” Vi minha mãe renascer. Como disse uma de suas netas: “Minha avó deu um salto de qualidade”.
Celebro as bênçãos vivenciadas pela minha família todos os dias. O reino dos céus e da harmonia está ao nosso alcance agora mesmo.
