Na época da escravidão, ao fugirem para as matas, os escravos tinham no seu encalço os Capitães do Mato. Quando capturados, reagiam e atacavam violentamente com pés, mãos e cabeças, nas clareiras de mato ralo, cujo nome é capoeira. O embate era muito forte e, às vezes, alguns capitães eram mortos. Os sobreviventes, quando voltavam aos seus senhores, explicavam “as baixas” dizendo terem sido “pegos na capoeira”, referindo-se ao local onde haviam sido vencidos.
Assim a capoeira, no meio das matas, era praticada como luta mortal. Nas fazendas, sob os olhares dos Senhores de Engenho, era um jogo inofensivo, pois os escravos disfarçavam a luta utilizando a ginga, que é a base de qualquer “capoeirista”. Esse disfarce de dança foi fundamental para a sobrevivência dos escravos.
Essa é a história que autentica sua origem brasileira. Há muitas lutas na África, mas nenhuma semelhante à capoeira praticada no Brasil. Estudos científicos, como “Capoeira Angola” — Ensaio Sócio-Etnográfico (Rego, 1968), também afirmam que ela é brasileira; e nenhum pesquisador conseguiu encontrar nada de concreto que levasse a crer que a capoeira fosse africana e hoje é citada mundialmente como arte brasileira (www.capoeirabrasil-ce.com.br).
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