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COMENTÁRIO

Capoeira: arte verde e amarela

Da edição de fevereiro de 2006 dO Arauto da Ciência Cristã


Na época da escravidão, ao fugirem para as matas, os escravos tinham no seu encalço os Capitães do Mato. Quando capturados, reagiam e atacavam violentamente com pés, mãos e cabeças, nas clareiras de mato ralo, cujo nome é capoeira. O embate era muito forte e, às vezes, alguns capitães eram mortos. Os sobreviventes, quando voltavam aos seus senhores, explicavam “as baixas” dizendo terem sido “pegos na capoeira”, referindo-se ao local onde haviam sido vencidos.

Assim a capoeira, no meio das matas, era praticada como luta mortal. Nas fazendas, sob os olhares dos Senhores de Engenho, era um jogo inofensivo, pois os escravos disfarçavam a luta utilizando a ginga, que é a base de qualquer “capoeirista”. Esse disfarce de dança foi fundamental para a sobrevivência dos escravos.

Essa é a história que autentica sua origem brasileira. Há muitas lutas na África, mas nenhuma semelhante à capoeira praticada no Brasil. Estudos científicos, como “Capoeira Angola” — Ensaio Sócio-Etnográfico (Rego, 1968), também afirmam que ela é brasileira; e nenhum pesquisador conseguiu encontrar nada de concreto que levasse a crer que a capoeira fosse africana e hoje é citada mundialmente como arte brasileira (www.capoeirabrasil-ce.com.br).

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