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Matéria de capa

Esse emprego é seu

Da edição de fevereiro de 2006 dO Arauto da Ciência Cristã


O trabalho que eu estava fazendo não era muito do meu agrado, mas não procurava outro emprego. Eu adaptava textos para anúncios de cereais e criação desses textos era difícil de se conseguir. Eu tinha tantas outras coisas com que me preocupar, que deixava esse assunto de emprego em banho-maria.

Certo dia, quando eu estava refletindo sobre meus problemas, li na Bíblia: “...o Filho nada pode fazer de si mesmo...” (João 5). Compreendi que, como filha de Deus, tal como afirma a Bíblia que todos nós o somos, eu não crio ou faço algo por mim mesma, mas reflito a Deus em tudo. Minha atenção tinha de se concentrar em Deus, para que eu pudesse aprender mais sobre o que a atividade divina realmente é.

Por conseguinte, na medida em que crescia minha compreensão sobre o que significava ser o reflexo de Deus e não um objeto fora do controle divino, sentiame cada vez mais livre do medo de arranjar um emprego ruim, bem como do desemprego. Em pouco tempo, foi-me oferecido um ótimo trabalho, no qual permaneci durante alguns anos, até a hora em que meu marido e eu resolvemos ter filhos. Cuidar dos filhos proporcionou-me inúmeras oportunidades de refletir ativamente sobre o que eu estava aprendendo a respeito de Deus, como meu real empregador.

O conceito de que eu não podia fazer nada de mim mesma havia se tornado tão claro, que resultou em uma proposição bíblica adicional: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4). Eu podia fazer tudo que era de meu dever fazer.

Descobri muitas oportunidades de trabalho para fazer durante aqueles anos em que não estava trabalhando fora de casa. Dessa maneira, mesmo antes que eu soubesse que já estava pronta para voltar a trabalhar fora, outro emprego maravilhoso me foi oferecido. Depois disso, trabalhei em vários locais diferentes, sem precisar procurar por eles.

Alguns deles foram na mesma empresa, resultado de uma reestruturação que incluía um remanejamento contínuo de alguns funcionários, com um maior aproveitamento das diferentes habilidades de cada um.

Analisando a situação sob uma perspectiva espiritual, compreendi que, ao invés de termos de procurar e encontrar um emprego, o emprego é que nos encontra. Ou seja, cada um de nós já está empregado para expressar a natureza divina. Sem alguém que o expressasse, Deus seria, em realidade, apenas uma abstração. Deus é refletido em bondade; Sua sabedoria, em discernimento correto; Sua onipotência, em ação.

Na medida em que compreendermos nossa verdadeira identidade, constataremos que cada um de nós é único e tem um lugar especial para ocupar.

Um amigo, que estava desempregado, foi aconselhado a não se deixar cair em um estado de apatia. “Se você não tiver nada mais para fazer”, aconselharamno, “varra a calçada em frente de sua casa até a esquina”. Não sei se ele fez exatamente isso, mas obedeceu à recomendação de se manter ativo e útil. Logo depois, ele conseguiu um bom emprego.

Outro amigo, que havia sido muito bem sucedido, perdeu tudo e ficou reduzido a vender cordão de sapato nas esquinas. Ele preferiu fazer isso em vez de pedir esmolas. À medida que parou de se revoltar contra as circunstâncias em que se encontrava, começou a se sentir grato a cada venda que fazia e sua situação melhorou rapidamente.

Substituir a apatia e a revolta pela atividade e gratidão, por si só, significa trabalho. Na verdade, esse propósito consciente, de refletir e expressar o bem, é a essência de todo emprego.

Freqüentemente, as demissões que ocorrem numa determinada indústria, fazem com que centenas de pessoas lutem por emprego no mesmo mercado de trabalho. A tentação de pensar e agir de uma forma destrutivamente competitiva, é uma armadilha. Na medida em que compreendermos nossa verdadeira identidade, constataremos que cada um de nós é único e tem um lugar especial para ocupar. Ao demonstrar esse fato espiritual, permanecemos flexíveis, abertos para dar os passos progressivos, que abençoarão os outros e a nós mesmos.

A fundadora da Christian Science, Mary Baker Eddy, escreveu: “A devoção do pensamento a um empreendimento digno torna possível esse empreendimento”. (Ciência e Saúde, p. 199). Devotar o pensamento a alcançar o nosso mais elevado propósito, que é o de ser o melhor reflexo possível das qualidades de Deus, faz com que estejamos empregados em um trabalho importante, bem remunerado e que traz satisfação. Esse emprego é seu, hoje!

“Ora, nosso Senhor Jesus Cristo mesmo e Deus, o nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna consolação e boa esperança, pela graça, consolem o vosso coração e vos confirmem em toda boa obra e palavra”.

2 Tessalonicenses 2

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