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A oração e a recolocação no mercado de trabalho

Da edição de março de 2006 dO Arauto da Ciência Cristã

The Christian Science Monitor


Certa tarde, ao chegar em casa, deparei-me com meu marido, sentado à mesa da cozinha, desanimado por haver sido dispensado inesperadamente do emprego que tinha há quase duas décadas. Estava pensando em se aposentar.

Comecei a orar. Acalmei-me ao sentir gratidão por todas as orações atendidas durante vários anos de minha vida. Reafirmei que, qualquer coisa que fizéssemos, seria feita com alegria, sob a orientação de Deus. Essa poderia ser uma oportunidade de mudarmos para um local mais próximo de um parente querido, como também de passar mais tempo com meu marido. Afinal, ao longo dos anos, venho recebendo ajuda ao orar como ensina a Christian Science e confiei em que a oração resolveria a situação da nossa família também desta vez.

Quando pequena, na época em que o trabalho de meu pai nos obrigava a mudar com muita freqüência, minha mãe e minha avó me encorajavam a ir ao "meu quarto", orar e pensar que Deus estava em toda parte e me amava; assim, nenhuma mudança poderia me privar da felicidade. Descobri que isso era verdade em cada uma das 22 vezes que minha família teve de se mudar, antes que eu completasse 18 anos.

A idéia do "quarto" é bíblica. Quando minha avó e minha mãe haviam começado a estudar a Christian Science, na década de 1930, elas recorreram às palavras de Jesus em busca de orientação: "...quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, oraras a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará" (Mateus 6:6).

Elas encontraram no livro-texto da Christian Science a passagem que explica a importância da oração individual e silenciosa: "O quarto simboliza o santuário do Espírito, cuja porta se fecha ao sentido pecaminoso, mas deixa entrar a Verdade, a Vida e o Amor. Fechada ao erro, está aberta à Verdade e vice-versa" (Ciência e Saúde, p. 15).

Essa definição também sempre me ajudou, por isso, permaneci orando "em meu quarto espiritual", confiante de que Deus nos mostraria a solução. Entretanto, fiquei perplexa ao constatar que, alguns dias após meu marido ter sido dispensado, ao invés de se preparar para a aposentadoria, estava atualizando seu currículo, assistindo a seminários para executivos fora do mercado de trabalho e estabelecendo uma rede de contatos com pessoas que poderiam auxiliá-lo a encontrar emprego.

Por um momento, fiquei tentada a sugerir que mudássemos de cidade, mas a oração, que havia me acalmado, reafirmou minha confiança em Deus. Durante vinte e cinco anos, eu havia visto meu marido orar diariamente, sem falhar. Não estaria Deus falando com ele, também?

À medida que as semanas passavam, decidi obedecer inteiramente à vontade de Deus e, a cada momento, prestar atenção à Sua orientação.

Três meses mais tarde, não havia ainda nenhuma possibilidade de emprego à vista. Alguns colegas tentaram recolocá-lo no mercado, mas nada resultou desse esforço. As entrevistas não o selecionavam para o cargo oferecido. Redução de pessoal e dispensas estavam ocorrendo em todos os campos da indústria. Quando as portas se fecharam, uma após a outra, meu marido ficou profundamente temeroso de que sua idade estivesse atrapalhando a busca de emprego. Ele era jovem para se aposentar, mas velho demais para despertar interesse como candidato a um emprego.

Ficou claro que outra porta precisava ser fechada: a do medo. Orei para me livrar da crença de que nenhuma das qualidades e habilidades, outorgadas por Deus, expressas por meu marido, poderia se tornar obsoleta. Várias vezes durante o dia, interrompia meus afazeres para compreender melhor que as políticas e condições humanas não poderiam interferir com o propósito de Deus para ele. Reconheci o relacionamento inquebrantável que meu marido tinha com o Deus infinito, celebrando a imortalidade das qualidades que ele já expressava, tais como a firmeza, a recusa em se entregar à autopiedade, a coragem, a sabedoria, a capacidade de resolver problemas técnicos com alegria, bondade e gentileza para lidar com colegas, familiares e estranhos, bem como sua profunda dedicação a Deus.

Sentia-me cada vez mais em paz. Conversei algumas vezes com meu marido sobre o amor de Deus por ele e sobre nossa inteira confiança no plano divino. Senti-me confortada ao descobrir que ele estivera pensando e orando sobre as mesmas coisas.

Duas semanas mais tarde, apareceu uma oferta de emprego. Na segunda-feira seguinte, ele estava de volta ao trabalho, em uma região perto de casa. Nenhuma mudança foi necessária. Surgiram, também, ótimas oportunidades para minha própria carreira. Fiquei contente por ter confiado no plano de Deus e ter visto resultados.

Assim como a oração foi um firme apoio para minha avó durante a grande depressão no nosso país e minha mãe confiou na oração durante a guerra fria e incidentes da década de 1960, estou feliz por estar descobrindo que a obediência, em espírito de oração, continua sendo uma inspiração sempre nova e atual para nossa família.

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