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Matéria de capa

Mudar de “totalmente só” para “um só Todo”

Da edição de março de 2007 dO Arauto da Ciência Cristã


Fui a penúltima em uma família de seis filhos, a qual sempre pensou que minha saúde era delicada. Recentemente, uma de minhas sobrinhas me perguntou como consegui atingir a idade de 95 anos. Respondi que não penso nas coisas e na vida de modo material, mas sim em todas as coisas belas da vida. Cultivo pensamentos de paz, alegria e gratidão, pois se referem a Deus e Sua mensagem de amor para cada um de nós. É assim que encontro o esplendor em cada dia que passa.

Na residência de aposentados onde vivo, há muitas pessoas da “quarta idade”. Uma de minhas vizinhas, por exemplo, acaba de completar cem anos. Penso nas horas que passamos sozinhas e nas idéias deprimentes que podem surgir durante essas horas. Muitos dos que vivem em casas para aposentados já não podem mais ler. Muitas tarefas, tais como cozinha, arrumação e lavanderia, são feitas por outros. Fica fácil se sentir só e inútil.

Graças às idéias que aprendi na Ciência Cristã, descobri que podia mudar esses pensamentos deprimentes. Estar “totalmente só” podia se transformar em “um só Todo”, ou seja, estar sempre em união com Deus. Gosto muito do Salmo na Bíblia, que diz: “a alegria vem pela manhã” (30:5). Para mim, estar só significa ter tempo para conversar com Deus e de escutar Sua voz.

Aprecio as qualidades de Deus que as pessoas expressam ao me ajudar.

Meu lema é: “Viva cem anos, mas aprenda sempre”. Às vezes, algo dito por uma professora ou algumas palavras ouvidas durante a infância voltam à memória com um novo sentido. Ou, então, aprendemos algo ao observar como alguém vive a vida.

Onde moro, temos atividades que me ajudam a continuar aprendendo. Certos dias, temos reuniões nas quais conversamos a respeito de jornais e revistas que alguém lê em voz alta. Também posso participar, às quartas-feiras à noite, das reuniões de testemunhos em uma igreja da Ciência Cristã próxima. As pessoas relatam testemunhos de curas obtidas pela oração. Alguém como eu, Cientista Cristã há 75 anos, tem muitos testemunhos para dar!

Contudo, muitas pessoas sofrem com a solidão. Pensam que precisam estar com família ou amigos. Esperam o telefonema de alguém. Entretanto, não me sinto só, quando penso que estou sempre em completa união com nosso Pai, Deus, e com o Consolador que Jesus prometeu e que está aqui, na Ciência Cristã.

Muitas vezes, ouvimos as pessoas dizer: “Não tenho tempo”. Levam uma vida tão agitada. Nós, porém, na idade dourada, temos longos dias vazios à nossa frente. Antes de chegarmos a essa idade, talvez passemos bastante tempo desempenhando atividades beneficentes, na igreja ou um hobby.

Durante muitos anos ajudei as crianças de meu bairro a aprender a ler. Prestei ajuda individualizada em apoio à alfabetização nas escolas públicas, para que crianças adquirissem os rudimentos da leitura. Parei há três anos, quando o transporte ficou difícil. Ajudei essas crianças porque manifestei o amor que uma pessoa tem dentro de si para ser compartilhado. Não participo mais dessa atividade, mas guardo em mim o que aprendi ao desempenhá-la, assim como a gratidão e o amor daqueles a quem eu ajudava.

Não me sinto só, quando penso que estou sempre em completa união com nosso Pai, Deus.

Aprendi a fazer acolchoados e colchas de retalhos, quando tinha 70 anos e as confeccionei durante 11 anos. Os membros de nosso grupo traziam o próprio almoço e passávamos o dia trabalhando juntos. Eu já sabia consturar e fazer outros trabalhos com agulha, pois tinha o costume de confeccionar meus vestidos, além de agasalhos e outras roupas para meus filhos. Enquanto dirigia para o lcoal de nossas reuniões de costura, recitava os sete poemas de Mary Baker Eddy que são hinos do Hinário da Ciência Cristã e assim me preparava para expressar pensamentos de utilidade ao costurar. Ainda posso sentir a gentileza que a pessoa que chefiava nossa atividade e todos do grupo manifestavam.

Hoje, agradeço a Deus pelas bênçãos que essas atividades me trouxeram, mas também sou grata pelas bênçãos que me advêm da solidão. Quando penso em passagens da Bíblia e dos escritos de Mary Baker Eddy, é como receber uma visita de amigos. Os hinos são muito queridos para mim, pois sempre gostei de poesia.

Para mim, o hino 342 do Hinário da Ciência Cristã sempre significou que as idéias são boas companheiras. O último verso termina assim (em inglês): “Vestido com manto de alegria brilhante, seja contente, dê graças, regozijese” (Laura Lee Randall). Pensar assim é um bom começo de dia para quem quer que seja.

Outra idéia companheira é a seguinte: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus” (Salmos 46:10). Não precisamos repetir palavras para orar. Basta estar tranqüila e escutar a mensagem específica que Deus nos envia.

A Bíblia também diz: “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas” (Provérbios 3:5, 6). Para mim, isso quer dizer que precisamos realmente confiar em Deus, pois quando Ele nos guia, tudo é harmonioso.

Esforcei-me para esquecer os erros que cometi na vida. Regozijo-me por haver aprendido muitas coisas e ajudado os que me rodeiam. Deus é Amor e, quando mantemos pensamentos espirituais a respeito do próximo, expressamos amor.

Gostava muito de caminhar, pintar, ensinar, costurar. Como pude fazer tantas coisas? Agora gosto de ficar tranqüila.

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