Certo dia, meu genro mostroume com orgulho um desenho que minha neta de oito anos havia feito. Em uma folha grande, ela havia feito borboletas e escreveu ao lado de cada uma delas: gorda, magra, pequena, grande, bonita, clara, escura, etc. Depois, acrescentou: “Mas são todas borboletas”, ou seja, elas não precisam brigar entre si para que essas características sejam vistas.
Ao conversar com a menina, comecei a pensar sobre o significado do mandamento “Não cobiçarás...” (Êxodo 20:17) e vi que se estende muito além do que geralmente entendemos, como cobiça, que é o desejo ardente de possuir algo de forma exagerada.
Olhar com desejo e inveja para o que não é nosso, é uma forma de cobiça, pois é como se reconhecêssemos que nosso Pai-Mãe Deus tem filhos preferidos. Seria como pensar que o sol gosta de iluminar e aquecer mais a uns que a outros e que há mais ar para uns que para outros.
Na Parábola do Filho Pródigo, o pai diz ao filho mais velho: “...Meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu” (Lucas 15:31). Por meio dessa história, Jesus mostrou que todos são possuidores do bem ilimitado. Não é preciso cobiçar o que Deus dá, de forma contínua e abundante, a todos os Seus filhos.
Na Escola Dominical da Ciência Cristã as crianças aprendem que o décimo mandamento não se refere somente às coisas e pessoas, mas também às qualidades e aos atributos espirituais, que não sofrem desgaste e são eternos. Dessa forma, ninguém precisa ter inveja ou cobiçar, porque todos os filhos de Deus podem expressar saúde, alegria, paciência e muitas outras qualidades que estão sempre disponíveis a todos.
“Não cobiçarás...” Êxodo 20:17
