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Matéria de capa

A carreira como expressão do cuidado de Deus

Da edição de maio de 2008 dO Arauto da Ciência Cristã


“Puxa, você nunca fica muito tempo desempregada”, exclamou minha amiga Flávia, em novembro de 2007, durante a comemoração dos 10 anos de seu casamento. Eu havia lhe contado um resumo da minha vida na última década e, quando ela me disse aquilo, pensei: “É verdade”!

Ao terminar a faculdade, comecei a procurar emprego da forma tradicional: telefonei para diversas empresas e enviei currículos para muitos lugares. Contudo, não achava nada na minha área de formação.

Então, decidi orar. Estudei na Bíblia várias histórias relacionadas a suprimento, em que havia falta de comida ou de água, e as necessidades dos personagens bíblicos foram supridas. Este trecho me ajudou muito: “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas" (Provérbios 3:5-6). Passei a me esforçar para realmente fazer a vontade de Deus diariamente, mesmo nas pequenas coisas, como: “Vou primeiro à padaria ou ao supermercado?”, “compro esta blusa, ou não?”. Gradativamente, ficou claro para mim que Deus cuida de cada uma de Suas idéias – como Seus filhos. O plano dEle para todas elas é bom e completo. Tudo acontece por meio dEle. Percebi que os resultados dos contatos e telefonemas seriam apenas manifestações da vontade divina em açāo.

Certo dia, uma moça que conheci em um trabalho temporário me ligou, convidando-me para uma entrevista de emprego. Era para trabalhar como Secretária de Produção em uma companhia de dança. Achei interessante porque era bem ligado à cenografia, minha área de formação. Fui aprovada, apesar de ter pouca experiência na área administrativa. Na época, eu dava aulas em um curso de inglês; tinha várias turmas, além de alunos individuais. Apesar de ter poucos dias para efetuar a mudança de emprego, a transição foi muito harmoniosa. Nenhuma turma nem aluno perdeu sequer uma aula. Todos tiveram suas necessidades atendidas.

Trabalhei seis anos como Secretária de Produção, aprendi muito e pude criar um pequeno banco de dados para armazenar a enorme lista de telefones que usávamos. Entretanto, como não havia oportunidade de crescimento profissional, pois a empresa era pequena, continuei a orar e compreender que todos temos direito de progredir.

Outra organização me fez uma oferta de emprego, que me parecia interessante. Decidi aceitá-la. Todavia, já havia saído da empresa em que trabalhava, quando soube que a nova oferta não se concretizaria. Fiquei desempregada.

Mais uma vez, apoiei-me nas idéias da Bíblia e de Ciência e Saúde. Fiquei desempregada por quase quatro meses e, durante esse período, traduzi um manual para um amigo que trabalhava em uma empresa de inspeçāo de contêineres. Eu lia os artigos no Arauto e estudava diariamente a Lição Bíblica. Sempre que via um trecho em que aparecia a palavra “homem”, eu a substituía por “Betina” ou “eu”, e pensava em como a passagem se aplicava a mim. Por exemplo, ao ler em Ciência e Saúde que “O homem é idéia, a imagem, do Amor...” (p. 475), eu pensava: “Eu sou a idéia, a imagem do Amor. O Amor divino, Deus, ama cada uma de Suas idéias, cuida delas e as supre”. Mesmo assim, nada se concretizava. Comecei a me perguntar se estava realmente buscando fazer a vontade de Deus ou a minha, porque Sua vontade é sempre boa; o plano dEle para cada um de Seus filhos é bom e inclui satisfação, suprimento e progresso.

Gradativamente, ficou claro para mim que Deus cuida de cada uma de Suas idéias. O plano dEle para todas elas é bom e completo.

Certo dia, eu estava sentada na cama, perguntando a Deus do fundo do coração o que eu deveria fazer, qual era a mensagem que eu não estava entendendo. Não saber que carreira seguir me angustiava. Lembro-me de que perguntei a Deus: “Deus, o que devo fazer? Posso ser professora de inglês, ou o que for, mas diga-me claramente”. Eu havia acabado de pensar dessa forma, quando o telefone tocou. Era meu chefe anterior, perguntando-me se eu não gostaria de voltar a trabalhar para a companhia de dança. Quando eu realmente tirei a vontade própria do caminho, as coisas entraram nos eixos.

Trabalhei os dez meses seguintes novamente como Secretária de Produção. Dessa vez, orei regularmente para fazer a vontade de Deus a todo momento, não somente na hora do aperto. Às vezes, a gente se esquece do que aprendeu e precisa de um “empurrāozinho” para acordar. Eu precisava lembrar que o plano de Deus inclui todo o necessário, inclusive um salário adequado e satisfação profissional, o que independe de local físico.

Cerca de oito meses após ter voltado àquele emprego, o amigo para quem fiz a tradução me convidou para trabalhar em uma nova empresa de inspeçāo de contêineres, como Gerente de Banco de Dados. Percebi como o plano de Deus é completo e como uma parte se encaixa na outra. Como mencionei anteriormente, eu tinha feito um banco de dados na organização anterior e essa experiência foi uma preparação para o emprego seguinte. Durante o segundo período em que atuei como Secretária de Produção, pude estruturar melhor a parte administrativa e treinar as novas funcionárias para minha substituição. Isso comprovou o que está escrito em Ciência e Saúde “Para os que se apóiam no infinito sustentador, o dia de hoje está repleto de bênçãos” (p. VII).

Comecei a me perguntar se eu estava realmente buscando fazer a vontade de Deus ou a minha, porque Sua vontade é sempre boa; o plano dEle para cada um de Seus filhos é bom e inclui satisfação, suprimento e progresso.

Trabalhei na área de contêineres por cerca de quatro anos e meio, até que um outro colega me convidou para trabalhar em sua empresa, que lidava com cenografia, a arte de criar e construir cenários para filmes, exposições e eventos, o que eu havia estudado na faculdade.

Essa foi uma ótima experiência, que me trouxe grande aprendizado sobre a parte prática e técnica da construção. Pude ajudar a organizar a parte administrativa e financeira da empresa e até viajei para fora da cidade, a fim de coordenar montagens de eventos.

Durante esse período, prestei um serviço de consultoria a uma companhia que trabalha com avaliação de negócios. Especificamente, construí um pequeno banco de dados para que eles pudessem analisar melhor os bens de uma grande empresa distribuidora de combustível.

Trabalhei na empresa de cenografia por um ano. Eu tinha um salário variável, conforme os lucros da empresa. Como isso era uma experiência nova para mim, eu havia me imposto um limite de tempo e de valor para avaliar a situação. Ao fim de um ano, concluí que não seria possível me dedicar exclusivamente à empresa de cenografia, pois o que recebia não cobria minhas despesas. Então, de maneira amigável, desliguei-me da empresa.

Liguei para um amigo, que trabalhava na empresa de avaliação de negócios para a qual eu havia feito o banco de dados, para avisar que eu estava disponível para contratação. Isto foi em uma terça-feira. Pouco depois, ele me ligou e pediu que eu comparecesse à empresa onde ele trabalhava, na quinta-feira.

Fui à empresa de avaliação, pensando que faria apenas uma entrevista. Ledo engano! Cheguei na empresa de manhã e conversei um pouco com o amigo que havia me chamado. Ele me indicou um computador, abriu alguns arquivos e explicou o que teria de ser feito com aqueles dados.

Foi assim que comecei a trabalhar em avaliação de negócios, naquele instante. Como havia bastante serviço, apenas no dia seguinte tivemos tempo de conversar sobre contratação efetiva e salário.

Eu precisava lembrar que o plano de Deus inclui todo o necessário, inclusive um salário adequado e satisfação profissional, o que independe do local físico.

Estou nessa empresa há nove meses. É um trabalho bem diferente, mas adoro aprender coisas novas, e o que não falta nessa atividade é variedade. Em um dia se avalia uma universidade, em outro uma imobiliária, depois uma fazenda, uma empresa odontológica ou uma de manutenção especializada. Além disso, o ambiente de trabalho, a “atmosfera mental”, é muito boa. Tenho horário flexível, às vezes posso trabalhar em casa, e o salário atende bem minhas necessidades.

De vez em quando, presto consultoria na área de cenografia. Há aproximadamente quatro meses, tive a oportunidade de coordenar a construção, no Brasil, de um cenário para uma empresa alemã, enquanto um dos sócios estava fora da cidade, coordenando a montagem de outro grande evento. Como falo alemão fluentemente, pude fazer toda a comunicação, negociação e organização dos trabalhos.

Para mim, hoje em dia, o segundo versículo do Pai Nosso: “...faça-se a Tua vontade...” (Mateus 6:10), tem um significado bem mais amplo e positivo. O plano de Deus é completo e sempre bom!

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