Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer
Matéria de capa

Uma carreira sempre ascendente

Da edição de maio de 2008 dO Arauto da Ciência Cristã


O formato convencional de uma boa carreira, ou seja, educação básica, empregos iniciais para obter experiência, ensino avançado ou treinamento, trajetória de realizações ascendente até ao máximo e aposentadoria no final, não é a única escolha que temos. O problema com esse cenário é que, se sairmos do curso ao longo do caminho, talvez nunca obtenhamos o treinamento necessário ou talvez percamos oportunidades importantes de progresso profissional. Como resultado, poderia ser difícil identificarmos nossa carreira como bem-sucedida.

A boa nova é que existe uma alternativa. Uma trajetória sempre ascendente na qual é também possível realizarmos cada vez mais, à medida que os anos passam. De fato, esse cenário é mais realista, porque ele se adapta à maneira pela qual Deus nos criou, nunca limitados e nunca em declínio. “Deus expressa no homem a idéia infinita que se desenvolve eternamente...”, escreveu Mary Baker Eddy em Ciência e Saúde, “...que se amplia e, partindo de uma base ilimitada, elevase cada vez mais" (p. 258). Apesar da idade cronológica de cada um, é natural que nossa capacidade de realização nunca diminua.

Tornar essa possibilidade infinita uma realidade em nossa vida exige atenção cuidadosa, a cada dia. Ciência e Saúde coloca isto sucintamente: “Cada dia exige de nós provas mais elevadas, em vez de profissões do poder cristão. Essas provas consistem unicamente na destruição do pecado, da doença e da morte, pelo poder do Espírito, como Jesus os destruía” (p. 233). Recorrer apenas a soluções humanas para os desafios da carreira ou simplesmente fugir da exigência de “provas mais elevadas, em vez de profissões do poder cristão”, pode realmente se transformar na grande razão pela qual algumas carreiras ficam estagnadas ou na razão pela qual as transições na carreira de pessoas de meia-idade sejam mais vagarosas para decolar. Sem satisfazer a demanda espiritual por desenvolvimento constante, os anos de aposentadoria podem se tornar uma época de declínio, ao invés de realizações.

Em algum momento, ao longo da trajetória da vida, é possível que se tenha algumas derrotas. A questão é se nos deixaremos chafurdar nelas ou nos elevaremos mais alto, rumo a uma abordagem espiritual da situação. Na Bíblia, um bom exemplo encontra-se na história no Evangelho de Lucas (ver 5:1-11). Certo dia, Simão (mais tarde chamado de Simão Pedro) estava na praia lavando suas redes. Ele havia tentado pescar toda a noite e não tinha apanhado nada. Quando Jesus, que havia pregado seus ensinamentos às pessoas sentado no barquinho de Simão, sugeriu-lhe que tentasse novamente, a primeira reaçāo de Simão foi a de insistir em que não havia nenhuma esperança de pesca. Contudo, algo que Jesus disse fez com que Simão imediatamente repensasse sua objeçāo, concordasse em tentar novamente. A recompensa por sua diligência foi uma “grande quantidade de peixes”.

Apesar da idade cronológica de cada um, é natural que nossa capacidade de realização nunca diminua.

Jesus expressou o Cristo, a natureza divina em cada um de nós, com tanto poder, que é provável que Simão tenha percebido instantaneamente que o ponto em questão não se referia, em absoluto, a nenhum peixe, Ao contrário, Jesus havia lhe mostrado a prova do amor de Deus pela humanidade, que a vontade de Deus para toda a criação é abundância e realização. Então, quando Jesus disse a Simão que, ao invés de apanhar peixes, ele seria “pescador de homens”, Simão e seus parceiros agarraram a oportunidade. Eles voluntariamente “deixaram tudo e o seguiram”.

Jesus sem dúvida percebeu que a demanda real sobre Simão era muito mais profunda do que encontrar uma solução convencional para seu problema de carreira. Ao invés de se tornar apenas um bom pescador, Simão necessitava se transformar em um discípulo do Cristo e ajudar a provar o amor de Deus pelo mundo.

Hoje, cada um de nós enfrenta a mesma demanda de “deixar nossas redes”, nossas maneiras humanas de resolver problemas (quer relacionados aos nossos empregos ou não), e a assumir deveres mais elevados. Esses deveres mais elevados incluem a demonstração do poder de Deus, tão claramente evidente nas obras de cura, que Jesus desejava que Simão e os outros discípulos também realizassem. Essa nem sempre é uma demanda fácil. Nosso local de trabalho e nossa carreira clamam pela cura do Cristo, tal como nossos relacionamentos pessoais e nosso corpo. “O fato de aqueles milagres [a obra de cura dos profetas e apóstolos] não se repetirem hoje mais a miúdo”, observou Mary Baker Eddy, “provém, não tanto da falta de desejo, senão da falta de crescimento espiritual” (Ciência e Saúde, p. 243).

Hoje, como nos tempos bíblicos, temos uma tarefa básica de vida que precisamos realizar bem, se desejarmos viver nossa vida continuamente progressiva e bemsucedida. Precisamos abandonar o sonho material de vida e nos elevar à consciência constante da nossa união com o infinito, a Mente divina. O crescimento espiritual é a maneira, orientada por Deus, de evitar a consciência material, limitada. Devemos renunciar gradualmente aos sentidos materiais com suas influências e adotar o sentido espiritual como nossa lente da realidade.

O que o crescimento espiritual tem a ver, em termos práticos, com nossa carreira? Ou mais especificamente: como o aumento do crescimento espiritual nos ajuda a romper as limitações que nos mantêm amarrados a uma determinada trajetória, a uma mesma maneira de fazer as coisas, e nos permite, como Simão Pedro, fazer a mudança necessária? Vamos examinar alguns passos que podemos dar para colocar o crescimento espiritual no topo de nossa “lista de açōes progressivas na carreira”:

O estudo da Bíblia e dos escritos de Mary Baker Eddy. Esses livros sagrados são guias na vida, e a imersão profunda nas verdades que eles apresentam promove crescimento espiritual como nenhum outro meio o pode fazer.

Reavaliar nosso pensamento constantemente. Abandonar velhas maneiras de pensar e adotar novas que se adaptem, mais estreitamente, ao que estudamos; bem como colocar essas idéias em prática, a cada oportunidade.

Ater-se às verdades sobre o amor de Deus até que a pretensão de derrota não mais pareça válida. Não importa quanto tempo e esforço isso possa exigir de nós, podemos compreender o amor de Deus que nunca falha.

Tornar-se um reformador. Reformadores, de uma maneira geral, não são populares e muita energia lhes é exigida para promover uma mudança construtiva. Todos nós podemos sentir uma pressão tremenda para deixar o cenário humano como está. Contudo, a relutância em promover a reforma é, na verdade, uma forma de egoísmo e, se cedermos a ele, o progresso de todos, mais cedo ou mais tarde, cessará, inclusive o nosso. Crescimento espiritual significa examinar, continuamente, aquilo em que acreditamos e como nos comportamos. Aumentamos nosso potencial quando nos assemelhamos mais ao Cristo.

Avançar para além do desejo de trabalhar somente para nosso próprio benefício e para as pessoas mais próximas a nós. À medida que crescemos em nosso amor pelos outros, podemos adotar a reforma como uma constante. Descobriremos maneiras pelas quais trazer a cura, que antes achávamos não fosse possível. Talvez descubramos talentos não utilizados ou que o respeito que alcançamos encoraje as pessoas a ouvir o que temos a dizer e a fazê-las crescer.

Ao dar esses passos, notamos uma seqüência em nossa vida. Para o sentido humano, parece que o tempo está passando, ou seja, que passamos por idades cronológicas diferentes, vivemos em locais diferentes, temos diferentes empregos, aposentamo-nos deles, mas o fato relevante é nossa eterna união com Deus. Se constantemente afirmarmos essa união e acolhermos o crescimento espiritual que nossa crescente compreensão nos traz, demonstraremos atividade produtiva contínua. Vivenciaremos um senso persistente de renovação, de novas oportunidades, de energia constante e uma recém-descoberta profundidade de idéias.

Na proporção em que continuamos a crescer espiritualmente, nosso propósito de vida verdadeiro se torna gradualmente claro. Somos cada vez menos definidos pelas convenções de uma carreira humana e cada vez mais revelados pelas boas obras que realizamos para a humanidade. Além disso, compreendemos que temos um trabalho tremendamente importante a fazer como “pescadores de homens”.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / maio de 2008

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.