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Posso amar minha colega de trabalho

Da edição de maio de 2008 dO Arauto da Ciência Cristã


Desde o início de nossa convivência profissional, minha nova colega de trabalho e eu entramos em atrito. Marianne (nome fictício) era indiscreta e sem rodeios; eu sou mais reservada e diplomática.

Até o momento em que ela entrou para o departamento de inglês da escola de ensino médio que eu gerenciava, o ano letivo que se iniciava me parecia perfeito. Marianne e eu compartilhávamos salas de aula contíguas com as mesmas tarefas de série e matérias. Ela, freqüentemente, exigia muito do meu tempo, de meus materiais de ensino e de minha paciência, de uma maneira que eu achava muito agressiva.

Em mais de uma ocasião, ela interrompeu minha aula com uma de suas exigências e, até mesmo, criticou meu estilo de administrar a sala de aula em uma reunião do corpo docente, na frente dos nossos colegas professores. Nosso relacionamento logo se tornou tão tenso, que podia sentir o cabelo arrepiando em minha nuca, apenas com o som de sua voz no saguão. Sentia-me vitimada por suas ações e ficava cada vez mais ressentida.

Essas interações desagradáveis e freqüentes obscureciam meus dias e eu desejava tanto sentir prazer em meu trabalho. Precisava superar a questão de desejar que ela ou eu mesma saísse do emprego. A situação se deteriorou a tal ponto que fiquei desesperada por uma solução.

Minha solução veio sob a forma de oração

Havia me acostumado a começar cada dia lendo trechos da Bíblia e de Ciência e Saúde e a passar algum tempo meditando sobre meu relacionamento com Deus. Aprendia que a amada criação de Deus, incluindo cada um de nós, é, em realidade, composta de Sua própria natureza espiritual. Cada um possui honestidade, pureza, bondade, dignidade e amor. Minhas orações matinais me ajudaram a perceber mais claramente a universalidade dessas qualidades.

Começaria meu dia com confiança, na expectativa plena de ser amorosa em minhas interações com Marianne. Contudo, muito freqüentemente, achava-me de volta à arena do conflito.

Houve um momento decisivo certa manhã enquanto orava, quando tive uma espécie de diálogo com Deus. O diálogo apontava para todo o bem em minha carreira e foi mais ou menos assim: “Você fez tudo aqui tão perfeito”. Em seguida, relacionei minhas novas atribuições na cátedra do departamento, meus “outros” colegas, minha nova sala de aula, meus alunos. Então, acrescentei: “Mas Tu a colocaste bem no meio de tudo isso. Uma vez que Tu és perfeito, Tua obra precisa ser perfeita, também. Portanto, como isso foi acontecer?”

Naquele exato momento, recebi uma resposta muito simples e direta: “Ame-a”. Embora essas palavras viessem como um choque, achei-me honestamente admitindo sua veracidade. Aceitei-as como uma nova orientação para minhas orações. Ao invés de simplesmente focar seus defeitos, percebi que deveria amá-la de uma forma mais ampla do que jamais havia feito antes.

Finalmente, avançava, pouco a pouco, rumo à solução do problema

Uma frase do capítulo sobre Oração em Ciência e Saúde me ajudou de forma especial: “Aquilo de que mais necessitamos, é a oração motivada pelo desejo fervoroso de crescer em graça, oração que se expressa em paciência, humildade, amor e boas obras" (p. 4). Boas obras, paciência, graça, crescimento em todas essas áreas. Sim, isso eu podia compreender.

Meu local de trabalho se tornou meu banco de testes para aplicar essas novas idéias. Muito embora as colisões continuassem, achava que, finalmente avançava, pouco a pouco, rumo à solução do problema.

Logo notei que minhas respostas para Marianne estavam mais brandas. Passei a sentir mais graça em minhas experiências com ela. Parei de esperar que ela mudasse, e ela realmente não mudou, mas isso não parecia mais tão importante.

comecei a notar oportunidades de ser gentil e útil para Marianne. Um dia, vi-a com uma colega de trabalho na sala dos professores, correndo em pânico para terminar de preparar uma apresentação para um simpósio educacional. Parei o que estava fazendo e me apressei em ajudálas. Marianne pareceu surpresa, mas fez questão de me agradecer pela ajuda. Depois disso, nossas interações assumiram um tom mais amigável, como na ocasião em que ela me convidou para almoçar, pois eu não tinha nenhum dinheiro trocado na carteira.

Comecei a perceber que Marianne era uma mãe amorosa

No ano seguinte, minha lista de alunos incluía dois dos filhos de Marianne. No início, fiquei apreensiva devido à sua atitude de adversária com vários dos professores de seus filhos no passado. Contudo, resolvi permanecer firme em minha oração de amá-la mais.

Como resultado, realmente gostei de ensinar os filhos de Marianne e testemunhei a profunda afeição deles por sua mãe. Por intermédio da pureza dos filhos dela, comecei a perceber que mãe amorosa e carinhosa ela era. Ela também me elogiou por fazer um bom trabalho ao ensiná-los, quando constatou que as habilidades de seus filhos progrediram significativamente. Agora, estamos nos comportando como uma equipe, trabalhando juntas para o bem dos filhos dela.

Desde aquela experiência, descobri que estou muito menos vulnerável às palavras e às ações dos outros. A oração me alçou a um amor mais elevado e a uma humildade maior. Portanto: “Muito obrigada, Marianne”. Sim: “Realmente amo você”.

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