Somos vítimas do estresse, da falta de tempo e do não reconhecimento de um trabalho bem feito? Atualmente, as pessoas acreditam nesses falsos deuses que são fantasias e não existem no mundo real, isto é, no universo espiritual, governado por Deus, que é o Princípio criador.
Gosto muito da história bíblica dos jovens hebreus Sadraque, Mesaque e Abede-nego (ver Daniel 3), cujo amor a Deus e fé em Seu poder os encorajou a recusar publicamente a adorar a imagem de ouro erguida pelo rei Nabucodonosor, da Babilônia, mesmo diante da ameaça de serem lançados na fornalha de fogo ardente.
Esse exemplo pode parecer difícil de ser seguido, mas suas implicações na vida de todos é inestimável. Hoje, também pode haver ocasiões em que, ao orar, percebemos que não é preciso nos deixar levar pela busca de resultados imediatistas e a medir o tempo por resultados visíveis e mensuráveis. Afinal, as aparências, o orgulho, o conforto físico ou a satisfação material não são mais importantes do que confiar em Deus.
“Será que vou conseguir cumprir essa tarefa? O prazo para a entrega do relatório é injusto.” Pensamentos como esses são sugestões mentais cheias de limitações e justificação própria. O Cristo, que revela a Verdade à humanidade, satisfaz a toda necessidade, manifesta-se em cada um, de forma natural e espontânea, por meio de idéias que revelam soluções para todos os tipos de problemas ou desafios.
“O Espírito, Deus, reúne em canais apropriados os pensamentos ainda não formados e desdobra esses pensamentos, assim como Ele abre as pétalas de um propósito sagrado, para que esse propósito possa aparecer” (Ciência e Saúde, p. 506). Para mim, um propósito sagrado significa estar atento às orientações de Deus para que Ele mostre o caminho certo para nossa carreira e a vida com a família. Podemos e devemos seguir o plano maravilhoso e perfeito de Deus para todos os Seus filhos.
No momento, ocupo um cargo executivo de muita responsabilidade, junto a grandes clientes. Trabalho mais de 12 horas diárias e viajo para todo o Brasil e também para o exterior. Preciso ter uma boa performance de resultados para a empresa e para o mercado.
Constantemente, sou pressionado a vender e obter lucros. Entre muitas atividades, realizo propostas comerciais, elaboro relatórios comerciais e gerenciais, administro conflitos entre clientes e fábricas e planejo novos desenvolvimentos de negócios.
Mesmo diante da vida atarefada imposta pelos negócios, tento administrar meu tempo e conciliar o trabalho com a vida em família, minha esposa e meu filho de 4 anos, bem como com parentes e amigos. Além disso, sou tesoureiro e professor da Escola Dominical em uma igreja filial da Ciência Cristã em São Paulo.
Descobri que o mais importante é manter a humildade e o desapego à materialidade. O verdadeiro poder está por trás dessas qualidades, que provêm de Deus. O homem, feito à imagem e semelhança de Deus, só pode expressar amor, paciência, sabedoria, mansidão, integridade e domínio próprio.
Busco tomar decisões fundamentadas na oração, o que ajuda a vencer o estresse, a doença, a fadiga, o excesso de trabalho, a desmotivação, o arrependimento, a preguiça, o medo e a dúvida.
Mary Baker Eddy disse certa vez aos seus alunos: “Com confiança e humildade, trabalhastes toda a noite; e, ao romper o dia, muito apanhastes. Às vezes, vossa rede esteve tão cheia que se rompeu: o orgulho humano, insinuando-se por entre suas malhas, distendeu-a além do permitido; a seguir, ao vos desprenderdes do Amor divino, perdestes vossos peixes e, talvez, culpastes mais a outrem do que a vós mesmos. ... Nada se perde daquilo que Deus dá: tivesse Ele enchido a rede, ela não teria se rompido” (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883-1896, p. 111). A humildade é essencial para vencer os desafios do mundo.
Diariamente, administro conflitos e concilio interesses. Tento ser paciente e ter bom senso para evitar tomar decisões movido pelo impulso emocional. No meu campo de atuação, tenho amigos que também são clientes e, às vezes, certas estratégias podem afetar o mercado. Nesse caso, procuro demonstrar transparência, clareza e senso de justiça para equilibrar todos os interesses envolvidos.
Uma experiência recente me marcou. Recebi uma proposta de trabalho de uma empresa multinacional com planos para abrir um escritório no Brasil, fazer novos negócios e estabelecer sua bandeira na América do Sul. A proposta salarial e o desafio eram altamente motivadores e atrativos mas, nas entrelinhas, pude perceber uma atmosfera de corrupção e ganância por parte do empregador e do associado dele no Brasil. Assim como os três hebreus, com a ajuda de uma Praticista da Ciência Cristã, fui levado, pela oração, a recusar o convite com convicção.
Após seis meses, aceitei a proposta de outra empresa, não tão grande, mas bem respeitada no mercado, para abrir um escritório no Brasil. Dessa vez, minha decisão veio da confiança inabalável em Deus. Estou feliz, pois faço o que gosto. Ao contratar pessoas que partilham do mesmo senso de ética do que eu, contribuo para o progresso contínuo e harmonioso da empresa.
O seguinte trecho de Ciência e Saúde com certeza ajuda a todas as pessoas que tenham uma vida profissional rigorosa: “...homens de negócios e homens de grande cultura verificam que a Ciência Cristã lhes aumenta a resistência e os poderes mentais... Eleva o pensador a seu ambiente nativo de discernimento e perspicácia” (p. 128). Todos têm o direito de não aceitar a imposição de fazer algo com o qual não concordam, tal como a corrupção, a desonestidade ou mesmo a falta de transparência. Essa forma de pensar e agir é uma proteçāo que assegura a eficiência e produtividade no trabalho e mantém a alegria e a qualidade de vida pessoal e familiar.
