Em janeiro de 2008, senti um estalo forte e repentino na coluna. Para evitar as dores agudas, andei com uma postura encurvada durante aquele dia.
Como estudante da Ciência Cristã, procurei orar para obter a cura. Lembrei-me deste trecho de Ciência e Saúde "A Mente é a fonte de todo movimento, e não há inércia que lhe retarde ou tolha a ação perpétua e harmoniosa" (p. 283).
Essa passagem me fez pensar na excelência da criação de Deus, da qual sou parte. Portanto, eu não poderia considerar normal uma distorção que me impedia de andar e de ter uma postura ereta. Lembrei-me também de que eu havia aprendido na Ciência Cristã que a doença não é real, pois não foi criada por Deus.
Passei o dia afirmando essas verdades a respeito de minha natureza espiritual, como filha de Deus. Entretanto, naquela noite, acordei às 4 horas da madrugada e não consegui levantar. A impressão era de que eu não tinha domínio sobre o corpo e senti medo. Mesmo assim, decidi reagir. Levantei com muito sacrifício e precisei me apoiar nos braços, pois não conseguia ficar em pé. Era como se eu carregasse um grande peso nas costas.
Quando consegui sentar, comecei a ler Ciência e Saúde. Ao amanhecer, liguei para uma Praticista da Ciência Cristã e lhe pedi que orasse junto comigo. Relatei a ela o ocorrido e lhe disse que naquele momento temia não voltar a me locomover normalmente. Também receava que eu não conseguisse mais me levantar, se me deitasse.
Ela me tranquilizou dizendo para eu reconhecer e acreditar na perfeição da criação de Deus, da qual eu fazia parte. Como nenhum daqueles sintomas pertenciam à rea-lidade divina, não poderiam estar se manifestando de nenhuma forma. O medo não faz parte da criação divina e não é real, visto que não incluído no amor de Deus. Mais tarde, a praticista comentou comigo que orou para reconhecer que é Deus o nosso suporte verdadeiro e inabalável. Porque nos apoiamos nEle, nada nos pode impedir de locomover e de expressar atividade.
Passei o dia pensando nas palavras da praticista e consegui dormir com tranquilidade na noite seguinte. Acordei durante a madrugada para ir ao banheiro e me surpreendi ao levantar normalmente e caminhar com a postura ereta, sem sentir dores. O mal-estar não retornou mais.
Passados alguns meses após a cura ter ocorrido, percebi que antes eu vivia com a impressão de ter mais coisas para fazer do que podia dar conta. Mas como "... o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve" (Mateus 11:30), não preciso carregar nenhum fardo. De fato, entender que é Deus quem faz todas as coisas e que nós as executamos por reflexo, libera-nos da sensação de estarmos sobrecarregados. Para mim, essa cura instantânea foi mais uma prova da supremacia do poder curativo de Deus.
