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REFLEXÃO

A vida conforme o modelo divino

Da edição de junho de 2009 dO Arauto da Ciência Cristã


Todos nós, de um jeito ou de outro, já fomos influenciados a seguir as tendências da moda, muitas vezes para agradar aos outros ou simplesmente para “se estar de acordo”. Por exemplo, na década de 70, era moda para os homens usar cabelos mais compridos, camisas floridas e calças boca de sino. Eu segui essa tendência, embora não me ficasse nada bem.

As opiniões da sociedade e dos intelectuais tendem a influenciar e a educar as pessoas de forma a não se identificarem com a existência espiritual, o tipo de identificação que Mary Baker Eddy recomendou, quando disse: “... em conformidade com a sabedoria infalível e a lei de Deus...” (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883-1896,p.315). Nessa mesma linha, ela fez esta observação em Ciência e Saúde: “Para ser verdadeiramente feliz, é preciso que o homem se harmonize com seu Princípio, o Amor divino; é preciso que o Filho esteja em concordância com o Pai, em conformidade com Cristo” (p.337). O Cristo é a ideia verdadeira de Deus, um conhecimento tangível da presença permanente da saúde, da inteireza e da realidade espiritual na vida diária. O Cristo revela a verdadeira identidade de cada pessoa, moldada em conformidade com o divino.

Também não é nenhuma novidade que a compulsão da sociedade para se adequar aos padrões geralmente aceitos apareça de formas mais ou menos acentuadas. A promoção agressiva de certos modismos, corpo e peso perfeitos, alimentos corretos a serem ingeridos, e até mesmo os medicamentos certos para se manter saudável, fazem com que as pessoas se sintam longe do que é necessário para que encontrem satisfação e mantenham uma autoestima elevada.

É vital estarmos cientes das influências negativas e, principalmente, das pressões sociais

No âmago de toda essa compulsão, disse o Apóstolo Paulo, está “a mente carnal” (ver Romanos 8:6—9), que cega as pessoas para a verdade de que o dom da espiritualidade concedida por Deus está plenamente presente. Esse dom da espiritualidade exime a todos nós dos impulsos de seguir qualquer coisa que não seja o desígnio de Deus, que naturalmente provê tudo que alguém possa querer ou necessitar para manter sua verdadeira autoestima e felicidade.

É vital estarmos cientes das influências negativas e, principalmente, das pressões sociais para que aceitemos essas influências como sendo nosso próprio pensamento. O Manual da Igreja Mãe enfatiza essa necessidade com a seguinte instrução aos Cientistas Cristãos de "...defender-se diariamente contra sugestão mental agressiva..." (Manual da Igreja, p. 42).

Essas influências, por exemplo, asseveram que o tempo, ou a idade, desgasta a saúde, que a guerra faz parte da natureza de todos, que o nascimento de um bebê é traumático e que para se encontrar a amizade e o amor exige-se um determinado tipo de personalidade ou aparência. Famílias e comunidades inteiras são muitas vezes coagidas de forma involuntária a temer certas coisas ou a se comportarem de uma maneira que talvez seja limitadora e não saudável. Tais influências podem criar sua própria comunidade ou aquilo que modernamente chamamos de "tribos", em que as pessoas não somente vestem o mesmo estilo de roupa e comem as mesmas comidas, mas sofrem e conversam entre si sobre os mesmos males.

Não temos de vivenciar as limitações da mortalidade só porque isso parece automático e previsível

Parece-me que o comportamento da sociedade de hoje traça um paralelo direto com uma experiência sobre a qual ouvi recentemente, envolvendo cinco macacos que foram colocados em uma sala com uma pequena plataforma no centro. Um cacho de bananas foi colocado no topo da plataforma, com uma escada encostada nela. Entretanto, assim que um dos macacos começa a subir a escada, todos os cinco ficam encharcados com a água fria de um esguicho. Toda vez que um dos macacos se aproxima um pouco da escada, todos eles ficam novamente encharcados. Logo, os macacos começam a se policiar mutuamente. Se um deles se aproxima um pouco da escada, os outros atacam.

Então, um dos cinco macacos originais é substituído por um que desconhece o comportamento condicionado do grupo. O novo macaco segue seus instintos naturais e vai direto para a escada que conduz às bananas e acaba sendo atacado pelos outros do grupo. Logo, esse macaco se conforma também. Embora não haja mais nenhuma água, ele também aprende a atacar qualquer macaco que se aproxime da escada. À medida que os primeiros macacos são substituídos por novos, cada um deles aprende a se sujeitar à situação. No final, os participantes não têm nenhuma ideia do porquê não lhes é permitido subir a escada ou do porquê eles se castigam uns aos outros. As bananas estão lá, livres para serem apanhadas. Contudo, todos ficam sem.

Cada um de nós, como filhos de Deus, tem a capacidade de se libertar da pressão de ser influenciado por opiniões e comportamentos não saudáveis. Como a expressão inteligente de Deus, não somos obrigados a nos conformar como fizeram aqueles macacos. Não temos de vivenciar as limitações da mortalidade só porque isso parece automático e previsível. Deus é a única influência verdadeira; a única fonte que nos cria para ser o que somos: espirituais.

Nunca fomos simultaneamente espirituais e materiais

Ciência e Saúde diz: "Qualquer hipótese que suponha estar a vida na matéria, é uma crença imposta pela educação" (p. 489). Será que a humanidade simplesmente se autoeducou para crer somente na mortalidade?

Mesmo assim, exatamente como aquelas bananas que podiam ser facilmente apanhadas pelos macacos, pois estavam exatamente ali à mão, a bondade espiritual de Deus e todas as Suas maravilhas são nossas para serem usufruídas. A natureza espiritual de Deus e Sua criação talvez nem sempre possam ser tão evidentes quanto aquelas bananas eram para os macacos, mas a escada está lá para subirmos. Como expressão de Deus, somos espirituais, saudáveis e felizes, e tudo o que precisamos já está à mão. Na verdade, nunca fomos simultaneamente espirituais e materiais.

Social e escolasticamente, as pessoas talvez sejam educadas a acreditar que são seres humanos vulneráveis; porém, podemos rejeitar essa pretensão, recusando-nos a concordar com conclusões que não provêm de Deus. Em outras palavras, olhando para além da limitação e das doenças inevitáveis e admitindo os fatos acerca do ser divino que confirmam a saúde e a individualidade verdadeiras. Deus não identifica Suas expressões como personalidades físicas. Concordemos com Ele! Então, permaneçamos nesse acordo, apesar do que os outros possam estar fazendo, mesmo aqueles que amamos e respeitamos.

Não vou dizer que não senti dor ou medo, mas minha confiança em Deus era maior

Tive de comprovar em minha própria vida a praticidade dessa abordagem. Certa vez, enquanto jogava beisebol na faculdade, colidi com outro jogador. Se um médico tivesse me examinado, o diagnóstico talvez fosse de uma clavícula quebrada, a julgar pelos sintomas e a dor. Meu ombro e o braço estavam imóveis. Calmamente deixei o campo e pedi para ser afastado do jogo.

Aparentemente, ninguém suspeitou de nada do que havia acontecido e preferi que fosse assim porque sabia que precisava sentir apenas a influência de Deus, ao invés dos pensamentos preocupados dos outros. Meus colegas do time e eu, evidentemente, tínhamos sido condicionados a acreditar que tal lesão talvez levasse semanas para ser curada. Contudo, confiava na oração para reverter minha conclusão e, além disso, realmente não queria ficar muito tempo afastado do meu time, uma vez que tínhamos alguns jogos importantes pela frente.

Já havia sido curado antes pela oração da Ciência Cristã, portanto, fui para o meu apartamento e orei. Li a Bíblia e Ciência e Saúde constantemente durante três dias inteiros, atento às ideias de Deus. Não vou dizer que não senti dor ou medo, mas minha confiança em Deus era maior, e desejava compreender como Ele realmente me via. Uma mensagem que frequentemente me vinha ao pensamento durante esse período era: "Eu sou espiritual. Não parcialmente espiritual e parcialmente carnal, mas cem por cento espiritual". Nunca sentira essa convicção nesse grau antes. Para mim, naquele momento, isso significava que eu era completo, sem lesão, inteiramente perfeito e estava mentalmente em conformidade com esses fatos. Portanto, orar era tudo o que eu precisava fazer.

As concepções de Deus estão intactas, independentemente das crenças condicionadas a uma mortalidade vulnerável

Logo, não estava mais focado nem em uma matéria saudável nem em uma caótica. Compreendi que a necessidade havia sido a de alinhar meu pensamento com a realidade espiritual e não conformá-lo às pretensões predominantes que me definiam fisicamente, com um período de espera para ficar bom.

Então, perguntei a mim mesmo se eu poderia ser espiritual e, ao mesmo tempo, estar fisicamente machucado. "Não", raciocinei. Só poderia ser espiritual.

Também me perguntei: poderiam as criações espirituais, por acaso, colidirem e quebrarem? Não. As concepções de Deus estão intactas, independentemente das crenças condicionadas a uma mortalidade vulnerável. Essa verdade ficou tão clara para mim que naquele momento eu me curei; a dor e a imobilidade desapareceram permanentemente. Fui ao treino de beisebol naquela mesma tarde e joguei com total agilidade e bem-estar (esse testemunho de cura intitulado “A natureza da cura espiritual”, de Mark Swinney, foi publicado no Christian Science Sentinel, de 14 de julho de 1980).

As pressões da sociedade para nos condicionarmos aos padrões materiais são predominantes. Durante um período de 24 horas, podemos ser confrontados com pensamentos que não se originam em Deus, e que nos condicionariam a acreditar que somos materiais e vulneráveis. Contudo, é possível estarmos em conformidade com o modelo de Deus, pois “Só o homem espiritual, que é imortal, representa a verdade da criação” (Ciência e Saúde, p. 263). É nossa a escolha de subirmos a escada e, com regozijo, aceitarmos nossa natureza espiritual.

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