A pergunta "São reais o pecado, a doença e a morte?", tema da Lição Bíblica da semana de 4 a 10 de outubro de 2010, tem sido respondida de várias formas ao longo dos séculos. Centenas de anos antes que Cristo Jesus viesse para destruir esses males, a tradição oral das tribos do norte de Israel já lidava com esse tipo de questão. A resposta desses povos pode ser encontrada no primeiro capítulo da Bíblia.
Ao redor do ano 850 antes da Era Cristã, as ideias dos israelitas foram escritas naquilo que, desde aquela época, tem sido chamado de documento "E", o documento Eloísta, do Antigo Testamento (Compreendendo o Antigo Testamento, de Bernard Anderson, p. 424). Uma sentença desse documento, incluída na Seção II da Lição, diz: "Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom" (Gênesis 1:31, citação 6). Esse conceito bíblico, de que a criação de Deus é e sempre foi muito boa, constitui, conforme esta Lição deixa claro, a base para a irrealidade do pecado, da doença, como também da morte.
Mary Baker Eddy estudou a Bíblia com profundidade, após uma lesão diagnosticada como fatal. Fundamentada em seu estudo e em sua própria cura, ela finalmente chegou à seguinte conclusão, conforme esta declaração de Ciência e Saúde: "O pecado, a doença e a morte têm de ser considerados tão desprovidos de realidade como são desprovidos do bem, Deus" (p. 525, citação 8). Ela provou essa verdade ao curar outras pessoas e passou a dedicar sua vida a ensinar aos outros como aplicar essas ideias sanadoras. Nós também podemos, hoje, compreender e comprovar a irrealidade do pecado, da doença e da morte por meio das verdades espirituais encontradas nesta Lição.
Ao escrever aos cristãos em Corinto, o Apóstolo Paulo, na Seção III, refere-se a um outro relato sobre a criação, incorporado pelos judeus a sua herança que consta do Antigo Testamento: "...receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo" (2 Coríntios 11: 3, citação 10). As fábulas de Adão, Eva, do jardim do Éden e da serpente fazem parte da tradição oral das tribos judaicas do sul e são consideradas como o documento "J". Essa tradição foi escrita em torno do ano 950 A.C. e incorporada ao documento "E" por volta do ano 700 A.C. Esses dois sistemas de crença têm caminhado lado a lado desde aquela época (Anderson, p. 424).
Ciência e Saúde define a serpente como: "Astúcia; uma mentira; o oposto da Verdade, chamado erro... a primeira pretensão de que o pecado, a doença e a morte sejam as realidades da vida" (p. 594, citação 10). A promessa da serpente nos afasta da "simplicidade e pureza devidas a Cristo". A Versão Padrão Revisada traduz este versículo como: "da devoção pura e sincera ao Cristo", enquanto que Edgar J. Goodspeed escreve: "da fidelidade sincera ao Cristo".
"O pecado, a doença e a morte têm de ser considerados tão desprovidos de realidade como são desprovidos do bem, Deus."
A Seção IV demonstra claramente o posicionamento de Jesus com relação ao pecado, à doença e à morte. Ele destruiu esses males pelo poder da Verdade. Todos os quatro Evangelhos incluem exemplos de suas obras, tais como: a cura de paralisia, de epilepsia e de muitas outras doenças físicas e mentais mencionadas em Mateus 4:24 (citação 16).
Centenas de curas muito semelhantes foram testificadas como realizadas por Mary Baker Eddy (ver Mary Baker Eddy: Christian Healer Amplified Edition [Mary Baker Eddy: Uma Vida Dedicada à Cura Edição Ampliada], de Yvonne C. von Fettweis e Robert T. Warneck). Uma dessas curas consta de uma carta incluída na Seção IV desta Lição: "Eu teria morrido, se... e fui curado quando achei meu caminho na Ciência Cristã" (pp. 382-383, citação 19).
Paulo deixa clara a necessidade de se fazer uma distinção entre os pensamentos, quando diz: "... assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo" (1 Coríntios 15:22, citação 19). Se o pensamento está cheio de imagens materiais sobre nós mesmos e os outros, a morte parece real. Quando o pensamento está alinhado com o Cristo, enxergamos a onipresença da Vida.
O livro do Apocalipse nos fala na Seção VI sobre "a nova Jerusalém, que descia do céu" (Apocalipse 21:2, citação 23). O livro do Apocalipse foi escrito durante um período de perseguição cristã pelos romanos. A cidade santa de Jerusalém já havia sido destruída há décadas. O simbolismo de uma "nova" Jerusalém, com sua "árvore da vida" (Apocalipse 22:2, citação 24), é uma imagem de restauração e esperança. O interessante é que, mesmo naquele tempo, as "folhas da árvore são para a cura e a restauração das nações" (Apocalipse 22:2, Bíblia Amplificada). O pecado, doença e a morte são reconhecidos como o nada. As nações são curadas. A declaração do Salmista é cumprida: "Que me pode fazer um mortal?" (Salmos 56:4, Texto Áureo).
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