Uma amiga minha estranhou a frieza de um vizinho quando ela o saudou. Como a situação se repetiu, minha colega começou a elucubrar sobre o que poderia ter acontecido. De fato, um incidente ocorrido fazia pouco tempo poderia ter provocado um mal-estar entre eles. Mas como Cientista Cristã, ela percebeu que deveria parar de especular sobre as causas de um possível desentendimento e elevar o pensamento a Deus.
Ela refletiu sobre estas palavras de Ciência e Saúde: "O ódio humano não tem mandato legítimo nem reino. O Amor está entronizado" (p. 454), e entendeu que, se Deus é Amor infinito, não há espaço para o mal na totalidade divina. Por conseguinte, qualquer desarmonia é apenas uma negação da Verdade, sem causa, efeito ou legitimidade.
Apesar de a situação não ter se transformado de imediato, minha amiga persistiu em cumprimentar aquele vizinho todas as vezes que o encontrava. Ela sabia que a paciência e o amor supremos de Deus têm poder para transformar qualquer situação discordante. Com esse pensamento de perseverança e amor, aos poucos a justificação própria de ambas as partes se dissolveu. Após alguns meses, seu vizinho começou a cumprimentála cordialmente e o relacionamento deles voltou ao normal.
Da mesma forma, nossos articulistas explicam que, pela oração, podemos trazer luz à consciência conturbada por sentimentos como ódio, ressentimento ou medo. Acalentar essa postura mental em âmbito individual leva à fraternidade e ao perdão genuínos, que têm poder para libertar o mundo do crime e das guerras. Conforme Marta Greenwood escreveu na p. 10, as bênçãos do perdão "...não param em nós. Elas começam conosco e se propagam por todas as comunidades, todas as nações e pelo mundo todo"!
Esperamos que a leitura o inspire a anular a opinião generalizada de que o mal tenha poder e seja inevitável. Dessa forma, contribuímos para a construção de um mundo alicerçado e governado pelo Amor, que vence o mal, e estabelece harmonia e paz permanentes.
Com carinho,