Na margem sul (conhecida como Southbank) do rio Tāmisa, em Londres, perto do "Royal Festival Hall" (um dos maiores espaços do mundo para eventos), existe uma estátua de Nelson Mandela, de dois metros e meio de altura, que se tornou um famoso ponto de referência na cidade. Mandela é muito admirado no mundo todo, não apenas por seus esforços em desmantelar o apartheid ou o segregacionismo racial na África do Sul, mas também por seu notável espírito de reconciliação, o qual ele ajudou a promover como o primeiro Presidente pós-apartheid de seu país.
Em 1995, logo após o início do mandato de Mandela como Presidente, seu governo criou uma comissão cujo objetivo era trazer um bálsamo de reconciliação às cicatrizes que vários anos de apartheid haviam deixado ao povo da África do Sul. Denominada Truth and Reconciliation Commission [Comissão de Verdade e Reconciliação] (TRC), o objetivo do grupo era, em parte, restaurar a dignidade das vítimas afetadas por décadas de separação racial legalmente sancionada, não mediante a vingança, mas de uma forma moralmente responsável. A partir daí, a nação poderia seguir em frente com uma atitude de reconciliação.
Para chefiar essa Comissão, o Presidente Mandela nomeou o arcebispo anglicano Desmond Tutu. Em seu livro No Future Without Forgiveness [Nenhum futuro sem o perdão], o arcebispo comentou sobre a tendência natural de seus conterrâneos para o perdão: Nelson Mandela "convidou seu carcereiro branco para participar de sua posse, como um convidado de honra, o primeiro de muitos dos seus gestos magnânimos e que demonstrou sua extraordinária disposição em perdoar. ... Esse homem [Mandela], que fora vilipendiado e caçado como um perigoso fugitivo e encarcerado por quase três décadas, transformou-se na personificação do perdão e da reconciliação, e muitos daqueles que o odiaram acabaram comendo de sua mão".
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