"A mais nova na equipe? Você vai fazer parte do pessoal que vai dar plantão na embaixada durante o Natal, mas poderá tirar uma folga no ano que vem!"
Como funcionária novata no serviço diplomático em minha primeira missão no exterior, meu coração ficou apertado quando ouvi essas palavras de meu chefe. De certa forma, a grande expectativa que a época natalina sempre traz não me pareceu tão grande assim quando compreendi que estaria sozinha em um país estrangeiro, tentando falar um idioma que ainda não dominava, e no qual sequer tivera tempo de fazer amigos. Embora soubesse que minhas atribuições na embaixada exigiriam sacrifícios, essa exigência de ficar na retaguarda não era algo que eu realmente antecipara. Como ficaria minha pequena família, ou seja, como meus pais e meu irmão se sentiriam lá no Canadá, quando nosso quarteto, frequentemente tão unido, ficasse reduzido a três, nessa data tão importante do ano?
Recorri aos "amigos" que realmente tinha, minha Bíblia e Ciência e Saúde. Como precisava de consolo, tentaria encontrá-lo volvendo-me a Deus em oração, exatamente como fizera a cada desafio que surgira até então. Com as concordâncias, um dicionário, e aqueles dois livros em mãos, resolvi me concentrar para aprender, muito mais profundamente do que jamais havia feito, o que verdadeiramente significava o Natal. Em meu coração, eu nutria a sensação de que essa descoberta espiritual, por si só, responderia aos anseios e preencheria o vazio que eu temia estivesse na iminência de arruinar meu Natal solitário.
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