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O SEGUNDO SÉCULO DA CIÊNCIA CRISTÃ

Por que a Ciência Cristã é necessária agora?

Da edição de dezembro de 2010 dO Arauto da Ciência Cristã


"O QUE O MUNDO PRECISA AGORA É DE AMOR, DOCE AMOR..." diz uma canção popular da década de 60, ecoando um clamor muito mais profundo, e que aparece em todas as épocas. O amor é a primeira solução para o sofrimento. O amor abnegado, persistente, corajoso, que consola inúmeras pessoas a cada dia.

Entretanto, até mesmo o amor humano mais doce não promete acabar com o sofrimento. Os mais realistas diriam que isso não é possível, com exceçāo de alguns realistas, com um ponto de vista espiritual, que sempre surgem em todas as épocas. Esses últimos reconheciam que o sofrimento cessaria, se a ilusão da realidade material desse lugar à compreensão do perfeito universo espiritual de Deus. Enquanto estiveram na terra, profetas tais como Moisés, Elias e Cristo Jesus penetravam além da ilusão, a ponto de conseguirem destronar déspotas, evitar desastres, curar os atormentados e ressuscitar mortos, não por meio de êxtase religioso ou força de vontade, mas por meio da consciência espiritual obtida mediante oração humilde e incessante.

Do que o mundo precisa, agora e sempre, é do amor científico (sim, dessas duas palavras juntas) que prova, de maneiras tangíveis e diárias, que a criação é tão imutavelmente boa quanto o Principio divino que a cria. Mesmo a esperança de que essa harmonia seja, até certo ponto, reconhecida, começa agora a mudar o direcionamento que damos a nossa busca por soluções que acabem com o sofrimento. A profetisa da era moderna, Mary Baker Eddy, escreveu: "As teorias humanas são impotentes para tornar harmonioso ou imortal o homem, porquanto ele já o é, segundo a Ciência Cristã. Nossa única necessidade é saber isso e pôr em prática o Princípio divino do homem real, o Amor" (Ciência e Saúde, p. 490).

O materialismo, o exato oposto da Ciência Cristã, sustenta que a matéria é o fundamento e a base para o desenvolvimento de todas as coisas. Mas as pessoas continuam a clamar por amor e compreensão, pelas coisas do Espírito. O que mais poderiam os Cientistas Cristãos fazer para tornar os benefícios infinitos da Ciência divina, a lei do Amor, mais conhecidos a um mundo que desesperadamente deles necessita?

Os escritos de Mary Baker Eddy tornam claro que a resposta a essa pergunta se constitui em mais e melhores curas e que para se alcançar esse objetivo é necessário tomar a cruz e seguir mais de perto o exemplo de amor espiritual que Jesus nos deixou. Um aspecto crucial de tal amor é vencer a resisténcia à cura espiritual que torna o poder de Deus conhecido, resistência com a qual Jesus se confrontou, e que continua a nos confrontar ainda hoje.

Sobre esse último ponto, poderiamos dizer que uma maneira de se saber o quão necessária é a Ciência Cristã agora, seria verificando o quão ardentemente algumas pessoas argumentam que ela não o é! Contra-atacar os argumentos contrários é essencial para vencer esses argumentos. Um advogado, sócio sênior da firma em que o jovem Abraham Lincoln trabalhava, disse-lhe uma vez que, para vencer uma causa, era necessário compreender a lógica e a paixão dos oponentes. Aqui estão alguns exemplos de como isso poderia ser feito.

Resistência médico/científica

Há quem argumente que um sistema do século XIX, o qual confiava inteiramente na oração para curar o corpo, é antiquado e irracional à luz do progresso médico/científico. Sem uma refutação bem fundamentada, esse argumento pode facilmente persuadir o público em geral. As descobertas médicas têm sido impressionantes em algumas áreas. Entretanto, um médico altamente treinado e muito responsável, com quem conversei recentemente, disse-me que havia visitado pacientes o dia todo, mas que não havia conseguido ajudar nenhum deles. Um pediatra contou a uma amiga que ele não gosta de prescrever remédios a crianças. Muitas pessoas concordam em que os custos médicos elevados e a dependência com relação a remédios têm aumentado muito além de um nível aceitável e sem nenhuma solução em vista. Novas doenças ou novos nomes para elas se multiplicam, enquanto que gerações esperam por inovações científicas, a fim de descobrir a cura para doenças antigas.

Não é lógico que o método metafísico que Jesus e muitos outros que o seguiram praticaram, um método cujas testemunhas relatam ter curado multidões de todas as doenças, seja descartado como desnecessário. Há mais de um século, Mary Baker Eddy observou: "Esta era está em busca do Princípio perfeito das coisas; está insistindo em obter a perfeição na arte, nas invenções e na indústria. Por que, então, deveria a religião ser estereotipada, e por que não deveríamos nós chegar a um cristianismo mais perfeito e mais prático"? (Miscellaneous Writings 1883-1896, p. 232). Até que a humanidade esteja pronta para tomar conhecimento de uma prática de cura mais perfeita, os compassivos esforços médicos para aliviar o sofrimento talvez sejam necessários. Entretanto, alguém poderá argumentar que o empenho por uma compreensão de Deus, a qual restaura a saúde mental, moral e física e que finalmente removerá a base material do sofrimento, é ainda mais necessária.

O amor é fundamental para se vencer a resistência ignorante à Ciência Cristã e precisa ser propagado mentalmente, como também por meio de ações que podem começar com a gratidão pela integridade e compaixão de tantos que trabalham na área médico/científica. A resistência a um método espiritual de cura não se origina nesses corações generosos, mas no materialismo que mina e limita todos os ramos do conhecimento humano.

Os Cientistas Cristãos estão humildemente cientes de que também necessitam abandonar a fé na matéria. De fato, à medida que se empenham em compreender a realidade espiritual, sentem um desejo mais profundo de romper com a ilusão de vida sujeita à matéria, em vez de tentar melhorar as coisas dentro do âmbito da matéria. Por conseguinte, a ilusão realmente cede quando nos apoiamos no Cristo, naquela ideia puramente espiritual de vida, e rejeitamos os pensamentos que nos afastam de uma confiança em Deus e na nossa própria natureza semelhante a Deus. Jesus fez exatamente isso quando se ateve às Escrituras e rechaçou a tentação de duvidar de si mesmo e de Deus (ver Mateus, capítulo 4).

O amor também derrota a resistência maliciosa à ideia espiritual. O poder de Deus ameaça a mentalidade material que almeja o poder por motivos egoístas. As pessoas que mais fortemente se opõem à Ciência Cristã não compreendem que estão sendo influenciadas por um ódio impessoal a Deus. A Ciência Cristã mostra como propagar a verdade que tanto protege seus próprios defensores quanto abençoa seus oponentes, afirmando que a única Mente é Deus e que essa Mente é o Amor. O mal não tem nenhuma mente para levar avante seu propósito, como também nenhum poder contra a verdade que liberta a todos dos limites materiais.

Resistência teológica

Algumas teologias criticam a Ciência Cristã por colocar ênfase demais na cura de problemas pessoais e menos ênfase na resolução de males sociais. Em realidade, muitos Cientistas Cristãos se engajam intensamente em atividades que visam à melhoria da comunidade. Outros descobrem que sua contribuição mais eficaz é engajar-se em oração profundamente científica, com o objetivo de curar as causas mentais de males sociais. Sua igreja tem o desígnio específico de desenvolver o talento da cura espiritual que extermina a injustiça do sofrimento. Todos nós podemos fazer mais, até mesmo pequenas açōes diárias, para mostrar nosso amor pelo planeta e seus habitantes. Entretanto, deveríamos também estar alertas para aquilo que talvez seja uma intenção oculta por trás de um movimento para desestimular a cura na Ciência Cristã.

A cura insuperável da Ciência Cristã é necessária agora porque, mais do que qualquer outra coisa, ela rompe a ilusão da realidade material. A veemência do materialismo em preservar essa ilusão nos faz desviar constantemente para atividades que são menos exigentes e, em última análise, menos transformadoras de vida do que a cura do doente e a expulsão dos males. O controle que Jesus exercia sobre a matéria mostrou que o poder divino cura o sofrimento e certamente não o usa como punição. À violência da natureza, esse sanador amoroso e científico ordenou: "...Acalmate, emudece" (Marcos 4:39). À violência humana, disse: "...vai e não peques mais" (João 8:11). Ao sofrimento físico determinou: "...fica livre do teu mal" (Marcos 5:34). Por conseguinte, todos os males cessaram.

O importante papel da Ciência Cristã em seu segundo século inclui a cura mais publicamente visível, em conformidade com o Cristo. Isso exigirá dos Cientistas Cristãos uma consagração mais profunda à espiritualização do pensamento e a disposição de abandonar as atividades que se apoiam na matéria. Podemos vencer os argumentos de que não podemos ou não queremos fazer isso, reconhecendo diariamente nossa verdadeira natureza como filhos de Deus. Não existe nenhum poder que possa nos fazer negligenciar o Consolador, que é o único que acaba com a pobreza, a injustiça e o sofrimento físico.

Resistência interpessoal ou política

A oposição à Ciência Cristã também assume a forma de luta de todo tipo. O conflito pode ser compreendido como o frenesi do mal, do materialismo em negar a verdade central da Ciência Cristã, a unidade e o amor de Deus refletidos na unidade e no amor da criação. A divisão pertence à ilusão da vida material. A diversidade harmoniosa no âmbito da unidade é o fato espiritual da existência. O ato de separar-se dos outros não acaba com a luta, conforme promete fazê-lo, mas o amor, que nunca abandona, o faz. O amor do Cristo derrota o inimigo que dividiria e enfraqueceria as famílias, as comunidades e as nações.

A Ciência Cristã nos proporcionou os meios para "pôr em prática o Princípio divino do homem real, o Amor". Uma arena importante para essa prática é a Igreja, que é abrangente o bastante para incluir o frescor e a espontaneidade juvenil, bem como a devoção e a maturidade espirituais. Se não resolvermos essa unidade entre aqueles que concordam em que Deus é a única Mente, o que temos para oferecer ao mundo? A unidade demonstrada, mediante o amor de uns para com os outros, paciente e crístico, abre o caminho para a cura de todas as discórdias.

Nunca houve uma necessidade maior de que o doce amor do cristianismo científico acabe com o sofrimento que o Amor nunca criou. Precisamente porque satisfaz à necessidade humana, o Amor divino continuará a sustentar a Ciência Cristã e a Igreja, como também as pessoas empenhadas em demonstrá-lo.

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