Há alguns anos, um amigo que trabalhava como repórter fotográfico viajou durante um ano por toda a África, fotografando as crianças desse vasto continente.
Como a véspera de Natal se aproximava, ele entrou em um humilde povoado, onde foi convidado a passar a noite com uma família constituída por cinco crianças. Ele fora informado que aquelas crianças haviam ficado órfâs naquele ano, devido a complicações que seus pais tiveram com a AIDS. Seria normal esperar que o clima fosse sombrio, mas uma fita gravada naquela noite, e que meu amigo compartilhou mais tarde comigo, revelou o contrário. Havia um maravilhoso som de cantoria e risadas infantis espontâneas, tanto por parte desse amigo quanto das crianças.
Após ouvir a gravação, percebi que o som de alegria incontida permaneceu comigo durante vários dias. Fiquei imaginando como as crianças, naquelas circunstâncias, poderiam ser tão alegres e espontâneas. Elas nitidamente sentiam uma felicidade que soava de forma tão vibrante, que eu podia senti-la até mesmo de outro continente.
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