Há dois anos, decidi compreender melhor as curas relatadas na Bíblia. Portanto, comecei a leitura, de capa a capa, procurando tudo o que se relacionasse ao tópico cura.
Munido de meu laptop e de uma concordância eletrônica da Bíblia, marcava todos os trechos contendo curas físicas ou pensamentos sobre cura. Em seguida, copiava-os em um arquivo eletrônico. Entretanto, as curas eram tantas que deixei de lado as anotações e resolvi continuar apenas com a leitura!
O que mais me impressionou foi o fato de que não foi somente Jesus que curou pessoas, mas também profetas do Antigo Testamento, tais como Moisés e Elias, entre outros. Ocorreu-me que a própria teologia da Bíblia é, por natureza, uma teologia sanadora.
Por meio do meu estudo da Ciência Cristã, aprendi a confiar no poder de Deus e a me volver a Ele em busca de consolo em todas as situações. A Bíblia me assegura que verei os resultados reais provenientes dessa fé na proteção de Deus. Mas, uma questão que tinha de confrontar era: "E se for difícil encontrar coragem para depender de Deus"?
Em resposta a essa questão, lembro-me de como me fora útil, há alguns anos, as palavras de um Praticista da Ciência Cristã. Ele disse que sabia que sempre teria acesso à fé, porque a Bíblia garante que Jesus é “...o Autor e Consumador da [nossa] fé...” (Hebreus 12:2). Para mim, isso significou que, embora não possamos hoje ver fisicamente a Jesus, o Cristo, "...a mensagem divina de Deus aos homens, a qual fala à consciência humana” (Ciência e Saúde, p. 332), continua a nos proporcionar a força e a convicção necessárias em todas as situações.
Considero de extrema utilidade compreender que a cura cristã é um rico legado que aparece por toda a Bíblia, legado esse que foi retomado por meio da descoberta da Ciência Cristã por Mary Baker Eddy. De fato, os testemunhos da cura cristã prática eram tão importantes para Mary Baker Eddy, que todas as edições desta revista os incluem, como também ocorre nas reuniões de testemunhos das igrejas da Ciência Cristã às quartas-feiras. Ciência e Saúde destaca a necessidade de relatos de cura. Nele, lemos que as curas mencionadas no capítulo intitulado “Frutos” são “para inspirar confiança e ânimo ao leitor...” (Ibidem, p. 600), e àqueles que buscam a Verdade.
Recentemente, quando apresentei sintomas de resfriado, foime útil reconhecer que o cuidado de Deus está sempre presente. O estudo da Bíblia tinha me preparado para orar com eficácia. Como havia aprendido na Ciência Cristã, pensava sobre Deus como a única inteligência perfeita, ou Mente divina. Raciocinando a partir dessa base, cheguei à conclusão de que essa única fonte verdadeira de inteligência só poderia ter me criado espiritualmente perfeito, também. Jesus instruiu: "Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste" (Mateus 5:48).
Não havia conseguido trabalhar devido ao mal-estar, mas, depois disso, consegui fazer minhas tarefas. No dia seguinte, o resfriado havia desaparecido. O resultado sanador da minha oração confirmou que eu estava no caminho certo. Esse foi um exemplo em tempos modernos da prática da teologia da cura, aprendido diretamente da Bíblia.
Desde essa ocasião, entendo que, se os patriarcas do Antigo Testamento, os profetas, Jesus e os apóstolos conclamavam todos a se volverem a Deus em busca de curas de problemas, inclusive de males físicos, não deveria eu também seguir a orientação deles?
Compreendi que todos desejam a cura sob alguma forma, em algum aspecto da vida. Exatamente como alguém que tenta correr um quilômetro em quatro minutos talvez se encoraje ao assistir a uma olimpíada em que um atleta consegue essa proeza, também podemos encontrar a confiança no fato de que Deus realmente cura, fundamentando nossa certeza nos inúmeros exemplos inspiradores das Escrituras, que confirmam essa promessa. Podemos nutrir a esperança de testemunhar o progresso espiritual e seus resultados sanadores em nossa própria vida.
Continuo a pesquisar a Bíblia e estou seguro de que os relatos das Escrituras são tão estimulantes ao meu progresso individual hoje como o serão na décima, vigésima ou mesmo na centésima leitura!
