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LIBERDADE

Contribua para a liberdade — participe da solução

Da edição de agosto de 2012 dO Arauto da Ciência Cristã


— Há quanto tempo você não vê a sua família?

— Que família?

— Ué, você não tem família?

— Meu amigo, eu fumo crack há quinze anos, então quer dizer que eu já morri há quinze anos.

Esse diálogo é parte de um vídeo de pouco mais de cinco minutos intitulado “Cracolândia”, postado no YouTube. No início, slides, com música repetitiva e agoniante, descrevem a Cracolândia apenas do bairro de Santa Ifigênia, no centro da cidade de São Paulo, onde se desenvolveu intenso tráfico de drogas, principalmente o crack, droga que chega ao sistema nervoso central em apenas alguns segundos e causa dependência intensa e consequências devastadoras para a saúde.

Ao buscar informações sobre o assunto, imagens de abandono, descaso e desespero proliferam na Internet. Será que não há nada a fazer? Claro que sim! Ao invés de sentir-se frustrado ou ficar indiferente a essas tristes condições, todos nós podemos fazer algo.

Jesus não ignorava nenhum dos casos que o defrontavam. Na sua época, talvez uma desprezada camada da sociedade pudesse ser comparada aos que hoje fazem uso do crack: a dos leprosos. Considerados pecadores e impuros, visto que a doença é contagiosa e visivelmente repugnante, suas famílias os expulsavam. Eles passavam a viver isolados, em uma espécie de submundo, sem contato com a sociedade que temia até mesmo chegar perto deles. Admitia-se que, provavelmente, tais pessoas teriam feito algo muito ruim para serem “castigados por Deus” dessa forma e, assim, perder o direito a uma vida digna. Será que o exemplo citado no diálogo do início deste artigo não é algo parecido?

O ministério de cura de Jesus é um grande exemplo de amor a Deus e ao próximo, de compaixão e cura. Tanto as palavras quanto as obras de Jesus deixam transparecer sua confiança radical no poder de Deus para curar todo e qualquer tipo de doença ou condição física. Jesus não ignorou os leprosos, mas os curou. Não os condenou, mas os encorajou. O Evangelho de Lucas tem um bom exemplo: “...passava Jesus pelo meio de Samaria e Galiléia. Ao entrar numa aldeia, sairam-lhe ao encontro dez leprosos, que ficaram de longe e lhe gritaram: ‘Jesus, Mestre, compadece-te de nós!’ Ao vê-los, disselhes Jesus: ‘Ide e mostrai-vos aos sacerdotes’. Aconteceu que, indo eles, foram purificados” (Lucas 17:11-14). Esses poucos versículos dizem muito. Jesus não os ignorou. Eles queriam ser purificados e perceberam que Jesus era capaz de reconhecê-los como dignos de compaixão e benignidade. Jesus os ouviu e lhes disse para fazer algo que normalmente não fariam. Eles foram obedientes. No caminho, houve a transformação nos dez: a lepra desapareceu. Foram curados.

Hoje, nem todos podemos ajudar diretamente e ir aos muitos locais chamados “cracolândia”, ou a pontos onde se vende ou consome crack ou qualquer outra substância química. Mas podemos todos alcançar as pessoas mentalmente e responder às suas necessidades por meio da oração sincera. Nossas orações, com compaixão e reconhecimento da dignidade e identidade espiritual, pura e perfeita de cada dependente químico e traficante pode contribuir para a cura desse problema já tão espalhado. Os milhões de pessoas no mundo envolvidas com drogas, de uma certa forma, estão gritando por liberdade e nós podemos responder, assim como Jesus o fez, responder com o amor “que reforma o pecador e cura o doente”, responder com nossa compreensão e demonstração do Cristo sempre presente e sanador; responder com a compreensão de que “o Amor divino corrige e governa o homem”; responder como Cristãos, com o “espírito-Cristo”, trazendo liberdade aos enfermos e pecadores (ver Ciência e Saúde, pp. 1, 6, 138).

Tanto as palavras quanto as obras de Jesus deixam transparecer sua confiança radical no poder de Deus para curar todo e qualquer tipo de doença ou condição física.

Cada um de nós pode fazer sua parte, pode orar para crescer em graça e expressar melhor o Cristo sanador, a divina manifestação de Deus que destrói total e permanentemente a sugestão de que alguém possa estar separado do bem, da harmonia e da paz. Para tocar e curar os corações aflitos, precisamos compreender profundamente a Deus e confiar irrestritamente no fato de que o Amor divino dá a cada um o que é preciso, assim como a capacidade de progredir e de sair de circunstâncias adversas à natureza espiritual perfeita. A dependência química ou a atração incontrolável pelo dinheiro fácil não fazem parte do ser puro criado por Deus. O natural é amar-se e amar o próximo, o natural é buscar o bem para si mesmo e para o próximo, não o contrário. Na criação divina só há ideias puras e inofensivas e todas essas ideias (homens, mulheres e crianças) só podem viver em harmonia e causar o bem para si e para o próximo.

Todos nós, filhos, pais, parentes podemos estar cientes do problema, conversar a respeito dele e fazer parte da solução, principalmente com nossas orações. Não há nada para se envergonhar, nada para temer, só algo para curar. Da mesma forma que Jesus, sem receio, tocou o leproso e ele imediatamente ficou limpo (ver Mateus 8:2–3), nós podemos, pelo Cristo, tocar o coração dos que estão buscando – consciente ou inconscientemente – liberar-se da dependência química ou da dependência financeira de vender drogas. O Amor pode, a qualquer momento, corrigir, governar, libertar. Ao reconhecer essa verdade, persevere em suas orações e confie na sua eficácia. Você pode esperar bons resultados. *

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