Em seus escritos, Mary Baker Eddy define de forma clara como resistir mentalmente à imposição de falsos pensamentos, que resultam em doenças e sofrimento. Esse fato ficou claro para mim há alguns anos, quando repentinamente fiquei muito doente. Confrontada com uma situação assustadora, comecei a orar de forma diligente, e não tive problemas para manter meu pensamento focado nas verdades que havia aprendido em meu estudo da Ciência Cristã, de que o homem é a ideia espiritual de Deus, não um mortal, cujo bem estar é determinado pelos sentidos físicos.
Estava ocupada com afazeres domésticos, quando comecei a sentir dor no peito. A dor era intensa e constante e, no início, fiquei assustada. Eu tinha dois filhos que voltariam da escola no começo da tarde, e eu mal conseguia me mover. Queria que meu marido estivesse comigo, uma vez que é um Cientista Cristão dedicado, mas ele só retornaria do trabalho no final do dia.
Liguei para um Praticista da Ciência Cristã, que calmamente conversou comigo, ajudando a remover o medo extremo. Entre outras passagens, ele citou este versículo da Bíblia: “A filha do rei é toda gloriosa por dentro” (Salmos 45:13, conforme a versão King James).
Fui para a cama e refleti profundamente sobre cada palavra contida no versículo, que não me lembrava de ter ouvido antes.
“O rei é Deus, que está sempre presente, é todo poderoso e todo-sábio”, pensei. Orei, reconhecendo que Ele é bom e proporciona aos Seus filhos somente o bem. Ao refletir sobre os sete sinônimos de Deus (ver Ciência e Saúde, p. 587), compreendi que no Amor, Deus, não pode haver nada prejudicial, apenas o bem. Deus é Vida e inclui qualidades de saúde, harmonia e perfeição. Ele é a Verdade, que expulsa mentiras ou falsas crenças, tais como a dor e a doença; a Verdade só permite exatidão, honestidade e esclarecimento sobre nossa verdadeira condição como o filho de Deus harmonioso, perfeito e amado.
Uma vez que a Vida divina é o único poder, tudo só pode funcionar correta e perfeitamente, e meu corpo precisava manifestar esse fato, ao invés de algum tipo de doença.
Continuei minha oração afirmando que Deus é Alma, e eu sabia que a Alma inclui pureza, paz, serenidade e consciência verdadeira. Deus também é Espírito, encerra a verdadeira substância, força e energia. Ele é Princípio e Mente, expressa domínio, autoridade, clareza, compreensão e outra qualidade importante à qual eu precisava prestar atenção: receptividade.
Para manter meus pensamentos limpos e puros, livres de qualquer foco no desconforto ou no que poderia causá-lo, continuei a ponderar sobre esta frase: “a filha do rei...”. Refleti sobre o que significava ser a filha de Deus e, portanto, Sua semelhança. Isso significava que eu sou espiritual e posso refletir somente qualidades espirituais. Consequentemente, em Sua presença e cuidado, eu já incluía equilíbrio, controle, ordem e confiança. Uma vez que a Vida divina é o único poder, tudo só pode funcionar correta e perfeitamente, e meu corpo precisava manifestar esse fato, ao invés de algum tipo de doença. O medo, que havia me dominado de forma desenfreada durante algum tempo, começou a desaparecer.
A filha do rei é toda, ou seja, total e completamente, gloriosa. Tenho de admitir que, por um momento, a palavra gloriosa me confundiu. Mas, finalmente, a ideia de “supremamente harmoniosa” me veio à mente. Isso me convenceu e consegui compreender que a harmonia manifestada dentro do meu corpo e no meu ser inteiro é consequência natural do governo de Deus, nosso Pai-Mãe, constantemente benevolente, e que sempre cuida de nós com ternura, firmeza, poder e o maior amor que se possa imaginar.
O praticista havia me pedido que ligasse de volta mais tarde naquela noite, e foi o que fiz. Contei-lhe que não sentia nenhuma dor, apenas um pequeno vestígio de uma sensação um pouco anormal. Ele disse que continuaria orando.
Pela manhã, consegui ligar e dizer a ele que estava totalmente curada. Que alegria senti, e quanta gratidão a Deus!
Ciência e Saúde ensina: “Quando eliminamos a moléstia, por nos dirigirmos à mente perturbada, sem prestar atenção ao corpo, provamos que só o pensamento cria o sofrimento... A ação da assim chamada mente mortal tem de ser destruída pela Mente divina para que surja a harmonia do ser” (p. 400). Foi exatamente o que aconteceu nessa experiência, e que resultou na cura permanente. *
Testemunho publicado originalmente na edição de 8 de agosto de 2011 do Christian Science Sentinel.
