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Original para a Internet

Como Encontrei a Ciência Cristã

Eu desejava servir a Deus

Da edição de maio de 2018 dO Arauto da Ciência Cristã


Estávamos no início da década de 1990, e eu morava em Paris. Eu estivera orando durante muitos anos para encontrar uma religião que me ajudasse a saber mais a respeito de Deus. Eu desejava servir a Deus, mas servir a um Deus que eu pudesse conhecer e compreender.

Todavia, só foi depois de eu me mudar de volta para Luanda, a capital de meu país, Angola, que eu encontrei a Ciência Cristã. Permaneci em Angola por algum tempo, na casa de um amigo que possuía literatura da Ciência Cristã, e ele me deu um exemplar da revista OArauto da Ciência Cristã. Eu não sabia nada sobre a Ciência Cristã, mas gostei muito de tudo o que li naquela revista. Aliás, durante aproximadamente seis meses, O Arauto foi a única coisa que eu li todos os dias.

Então, por motivos de negócios, desloquei-me para o Uige, uma província no norte do país, onde conheci um Cientista Cristão que me deu outro Arauto. Eu continuei pedindo mais Arautos, e ele continuou me dando mais exemplares dessa revista, até que ele acabou ficando sem nenhum exemplar. As ideias espirituais que os autores compartilhavam nos Arautos me proporcionaram uma visão mais positiva sobre religião e, gradualmente, também me ajudaram a alcançar a compreensão de Deus que eu estivera procurando. Penso que a mensagem dO Arauto é acessível a todos, independentemente do nível social ou educacional, e essa revista me transmitiu os ensinamentos da Ciência Cristã de forma tão simples e natural, que eu senti que podia aplicar imediatamente tudo o que eu estava aprendendo com a leitura dO Arauto.

Meu novo amigo no Uige também mostrou-me uma Bíblia, o livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, e um Livrete Trimestral da Ciência Cristã, que folheei atentamente por algum tempo. Muitos dos artigos que eu li nO Arauto tinham sido escritos por pessoas que haviam sido curadas pela leitura de Ciência e Saúde. Senti que precisava adquirir esse livro e perguntei a meu amigo se ele poderia dar-me ou vender-me o seu exemplar. Ele respondeu que aquele era o único que ele tinha e era muito valioso para ele, mas que ele tinha um amigo que poderia ter um exemplar extra. Só precisávamos ir até a casa desse amigo.

Já passava das 18 horas e, naquela época, não era permitido andar livremente pelas ruas, devido à guerra civil em curso. Mas eu não podia esperar para pegar o livro e convenci meu amigo a irmos assim mesmo.

No longo caminho de volta a minha casa, precisei atravessar lugares perigosos em meio a um matagal, mas eu não tive medo, porque meu único anseio era começar a leitura do meu novo livro.

Ao chegar a casa em segurança, acendi meu lampião (não havia eletricidade naquela aldeia), comecei a ler Ciência e Saúde e simplesmente não conseguia parar. Li até a madrugada e, durante duas semanas, não fiz nada senão ler o livro. Também comecei a ler a Bíblia e as Lições Bíblicas da Ciência Cristã.

Senti-me transformado, de muitas maneiras. Pouco a pouco, comecei a compreender a natureza espiritual do homem. Compreendi que Deus não é um Deus distante, mas é o Amor sempre presente, e que a relação do homem com Deus é inquebrantável, ou seja, o homem é um com Deus. Em Ciência e Saúde está escrito: “Deus é ao mesmo tempo o centro e a circunferência do existir” (pp. 203–204). Aprendi que qualidades tais como amor e ternura eram inatas em mim, como reflexo de Deus, e reconheci que os outros também incluem naturalmente essas qualidades, por serem a expressão de Deus. Além disso, os versículos da Bíblia que eu havia lido muitas vezes antes agora tinham significado. Passei a valorizar a Bíblia como nosso mapa da vida.

O que aprendi sobre Cristo Jesus e o Cristo foi especialmente valioso. Sempre havia considerado Jesus como um homem comum, muito pretensioso, mas comecei a compreender que, mais do que qualquer outra pessoa, ele incorporava o Cristo, a natureza divina, exemplificando a unidade do homem com Deus. Além disso, Jesus disse: “...Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6), portanto, nós podemos conhecer a Deus por meio de Cristo Jesus e de seus ensinamentos. Também compreendi que Jesus era capaz de curar e de fazer tudo o que fez, graças ao imenso amor que ele refletia do próprio Amor divino e o expressava para toda a humanidade.

A Sra. Eddy também podia curar por expressar o amor de Deus. Compreender isso fez com que eu valorizasse seu trabalho e sua missão de nos mostrar que poderíamos fazer tudo o que Jesus fez, se expressássemos o mesmo amor do Cristo pelo nosso próximo.

Certo dia, fui a outra aldeia no Uige, onde as pessoas de fora, como eu, não eram bem-vindas. A feitiçaria era amplamente praticada ali e os forasteiros muitas vezes ficavam doentes e, às vezes, até morriam. Depois de alguns dias ali, fiquei doente. Um amigo ofereceu-se para comprar algum remédio, mas o lugar mais próximo onde poderíamos encontrar remédios ficava a 29 quilômetros de distância. Foi então que pensei: “Mas minha nova religião pode curar”. Decidi comprovar isso.

Comecei a ler Ciência e Saúde e meus olhos se depararam com a Oração do Senhor e sua interpretação espiritual, dada pela Sra. Eddy. Ponderei profundamente esta parte: “E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; / E o Amor se reflete em amor...” (p. 17). Compreendi que todos naquela aldeia só podiam expressar o amor de Deus e, consequentemente, só podiam ser os receptores desse Amor divino. Eles não podiam causar a mim, nem a ninguém mais, qualquer dano, porque o Amor divino é tudo o que existe.

Adormeci e, na manhã seguinte, acordei me sentindo bem. A certa altura, senti os sintomas reaparecendo, mas continuei a orar e os sintomas desapareceram para sempre.

Meu desejo de compreender as ideias contidas em Ciência e Saúde tornou-se ainda mais forte. Fiquei naquela aldeia por algum tempo e, certo dia, uma pessoa me disse que não conseguia entender como eu, um forasteiro, podia ser tão benquisto ali. Na verdade, eu havia estabelecido e desenvolvido um bom negócio ali, porque os moradores da aldeia confiavam em mim. Considero isso o resultado da minha compreensão de que “O Amor se reflete em amor”.

Ao longo dos anos seguintes, testemunhei muitos exemplos maravilhosos da proteção, orientação e cuidado de Deus por todos os Seus filhos. Por compreender que Deus satisfaz a toda necessidade humana suprindo-nos de infinitas ideias corretas, sempre tive tudo de que necessitava, desde comida a dinheiro. Também fui capaz de ajudar outras pessoas a vencer dificuldades, quer se tratassem de doenças ou falta de recursos.

Mais tarde, quando eu estava na Namíbia, conheci uma Praticista da Ciência Cristã e mencionei meu desejo de voltar a Paris para estar com os membros da minha família que eu havia deixado lá. A praticista me disse que a África precisava de pensadores espirituais como eu e acrescentou que eu poderia estar em Paris ou em Luanda — ou em qualquer outra parte — mas que na verdade nós vivemos em segurança no Amor divino, no reino de Deus. Depois de pensar sobre isso, decidi voltar para Angola e servir o movimento da Ciência Cristã em meu país.

A partir daí, tenho morado em Luanda. Hoje, é com prazer que leciono na Escola Dominical do grupo da Ciência Cristã que ajudei a começar aqui em Samba, um bairro de Luanda, tendo servido fielmente em muitos cargos.

Embora eu seja originário de uma família muito humilde, hoje tenho negócios em diferentes ramos e as pessoas me veem como bem-sucedido. Mas eu não me sinto orgulhoso por isso, porque sei que sem Deus eu não posso fazer nada e que só posso agir de acordo com Sua orientação. Reconheço humildemente que, em realidade, não posso fazer nada, a não ser de acordo com a orientação de Deus. Sou um instrumento em Suas mãos. Meu trabalho é expressar o amor de Deus, ver os outros como o reflexo do Amor divino, e levar esperança aos corações famintos.

Tudo o que eu tenho, devo à Ciência Cristã. A compreensão que ela me proporcionou a respeito de Deus é tudo o que eu poderia desejar.

 

Benjamim Pilipili Vonga

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