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Original para a Internet

Nossa verdadeira origem e pré-existência com Deus

Da edição de maio de 2018 dO Arauto da Ciência Cristã


Mary Baker Eddy, que descobriu e fundou a Ciência Cristã, escreve no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “O fundamento da desarmonia mortal é o senso errôneo da origem do homem. Começar certo é acabar certo” (p. 262).

A crença da humanidade de que sua origem provenha da matéria, em vez de Deus, o Espírito, traz consigo a expectativa de que a doença, a enfermidade e o pecado sejam inevitáveis. A suposição tácita com a qual muitas pessoas se afligem é a de que somos materiais e mortais, portanto, vamos ter problemas. E a experiência delas frequentemente parece confirmar essa suposição.

Cristo Jesus abordou essa questão da nossa origem, quando disse: “A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que está nos céus” (Mateus 23:9). Ele também explicou a um fariseu que o procurou, que a matéria e o Espírito são opostos: “O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito”. E acrescentou: “Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo” (João 3:6, 7), indicando que o crescimento espiritual contínuo nos capacita a cada vez mais discernir e comprovar, pela cura, a verdade sobre nossa identidade real como progênitos do Espírito.

A matéria e o Espírito são opostos em todos os sentidos. Eles não se misturam nem coexistem, assim como a luz e as trevas não se misturam. O Espírito é Deus, inteiramente bom, infinito, imortal e perfeito, e não pode ser discernido por meio dos sentidos físicos. Nem pode nossa verdadeira vida imortal, originada do Espírito, ser discernida por meio do senso material. Ela é discernida espiritualmente, por meio da intuição espiritual, da esperança, da fé e da compreensão.

A compreensão de que somos filhos de Deus corrige nossas concepções materiais com relação à fonte do nosso existir. Ela acalma o medo de que estejamos separados de Deus e fora do alcance do Seu amor e cuidado supremos. Mostra-nos também nossa pré-existência com Deus, bem como nossa segurança e harmonia em Deus.

A pré-existência se refere à verdade espiritual de que coexistimos eternamente com Deus. Ele é nosso Pai-Mãe, a divina Mente infinita, que conhece cada um de nós, desde a eternidade, como ideias da Mente. Uma ideia de algo representa, ou expressa, esse algo. Agora mesmo habitamos em Deus como ideias espirituais de Deus, como representantes de Deus, como a imagem do Espírito infinito, manifestando eternamente o bem e a harmonia do Espírito.

Na realidade da nossa pré-existência com Deus, nós sempre existimos apenas como a expressão pura, perfeita, do Espírito. Portanto, nem doenças nem traços pecaminosos de caráter jamais podem ter início no nosso existir ou se tornar parte de nós. Onde a luz está constantemente brilhando e preenchendo todo o espaço, não há nenhuma oportunidade ou espaço para a escuridão. No radiante Tudo que é o bem divino, o mal ou a desarmonia de qualquer espécie nunca podem aparecer.

É somente no âmbito do senso material de vida que a doença ou o pecado parecem ser uma realidade e essa é uma das razões pelas quais a Bíblia e os escritos da Sra. Eddy nos exortam a trabalhar com sinceridade na espiritualização do nosso pensamento e da nossa vida.

Isso significa orar diariamente para discernir a verdadeira individualidade que todos nós temos como filhos de Deus. Também implica sermos mais desprendidos do ego, no que se refere a nossos objetivos, desejos e atividades diárias; termos uma mente mais pura, menos materialista e menos apegada aos sentidos físicos; sermos mais honestos com nós mesmos e com os outros; e assim por diante.  

Como muitas pessoas constataram, o progresso nessa direção fortalece nossa compreensão da irrealidade da doença e faz com que traços de caráter limitadores, destrutivos e indesejáveis desapareçam. A Sra. Eddy escreve: “Os mortais perderão o senso de mortalidade — enfermidade, doença, pecado e morte — na proporção em que adquirirem o senso da pré-existência espiritual do homem como filho de Deus; como progênito do bem, e não do oposto de Deus, do mal, ou de um homem caído em pecado” (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883–1896, p. 181).  

Há muitos anos, minha esposa constatou que a compreensão da verdadeira origem do homem foi para ela de grande ajuda. Um dos seus filhos adultos estava em casa com ela. Ele estava muito mal, com malária, e estava recebendo tratamento pela Ciência Cristã de um Praticista da Ciência Cristã. Ao longo dos anos, ela havia testemunhado muitas curas maravilhosas e marcantes de seus dois filhos, obtidas por meio dessa Ciência mas, nessa ocasião, ela se sentia muito temerosa e não conseguia dormir.

A certa altura, ela se deu conta de que estava se prendendo à crença de que ela, por haver dado à luz, era a origem da existência de seu filho e, portanto, era responsável por ter-lhe dado a vida. Esse senso material sobre a origem do filho estava alimentando seu medo de que a vida dele fosse vulnerável. Pedindo ajuda, ela mesma, a um Praticista da Ciência Cristã, ela orou fervorosamente durante algum tempo, até obter a profunda compreensão de que fora Deus, e não ela, quem havia criado o filho, o qual, na verdade, era uma ideia espiritual de Deus. Ela compreendeu que Deus era o Pai-Mãe do rapaz e, portanto, responsável por dar-lhe a vida, e mantê-la eternamente. 

A inspiração obtida com essa nova compreensão eliminou o medo que sentia. Ela ficou em paz na verdade a respeito da eterna segurança e harmonia de seu filho em Deus, a Vida divina. Livre do medo, ela conseguiu dormir novamente. Pouco tempo depois, graças à inspiração que veio ao rapaz por meio de suas próprias orações e das do praticista que o ajudou, o filho teve a cura completa da malária. (Ver o relato dessa cura, “Malária curada”, na edição de 15 de agosto de 2016 do Sentinel.)

“O próprio Espírito testifica com o nosso espírito”, diz o Apóstolo Paulo, “que somos filhos de Deus. Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo...” (Romanos 8:16, 17). Na qualidade de “co-herdeiros com Cristo”, nossa fonte é o próprio Deus. Tendo uma origem divina perfeita, nós temos uma individualidade espiritual perfeita agora mesmo. Nós todos coexistimos eternamente com Deus e expressamos a substância imutável do Espírito, a harmonia imortal da Vida divina, a bela e irrepreensível individualidade da Alma, a natureza amorosa do Amor divino. 

Cada dia é uma oportunidade para descobrirmos sempre mais, por meio da oração e da regeneração espiritual, o que significa sermos pré-existentes com Deus. A compreensão de que Ele é nossa origem traz a comprovação dessa realidade, sob a forma de liberdade, harmonia e alegria sempre crescentes.

David C. Kennedy
Redator Convidado

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