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Original para a Internet

O trabalho em equipe e o Ego divino

Da edição de maio de 2018 dO Arauto da Ciência Cristã


"O que você faria se em sua equipe houvesse um monte de egos enormes?” Essa pergunta surgiu durante uma aula em minha classe da Escola Dominical da Ciência Cristã, e me fez lembrar das lições espirituais que aprendi na época em que eu praticava esportes, na escola. Tive de lidar com esse problema em meu último ano do ensino médio e, para mim, a resposta foi tirar do caminho meu próprio senso de ego, e ser grata pelas boas qualidades que podia ver em minhas colegas de equipe.   

Eu era uma das duas únicas alunas mais velhas, em minha equipe, e ambas fomos escolhidas pelos treinadores e pelos membros da equipe para serem as capitãs. Todas nós havíamos jogado juntas por quase cinco anos, colhendo muitos êxitos em jogos fora da nossa base. Eu esperava outra temporada de sucesso mas, em um torneio de pré-temporada, nossa equipe parecia estar se desmembrando. Várias das jogadoras começaram a se voltar umas contra as outras, o que derrubou o ânimo da equipe e não nos qualificamos sequer para as semifinais, em um torneio que costumávamos ganhar. Voltei para casa e pensei: “Não sou uma boa capitã de equipe, se não consigo sequer fazer com que nossas melhores jogadoras se concentrem no jogo”.

Minha mãe havia assistido a todos os jogos e a muitos treinos. Ela conhecia cada garota daquela equipe, por isso perguntei-lhe o que ela faria em meu lugar. Ela respondeu: “Você precisa tirar o ego desse cenário”. Retruquei que isso era fácil de dizer, mas difícil de fazer. Havia uma rivalidade constante entre algumas garotas da equipe que estavam deixando o ego interferir no jogo e cada uma delas se considerava a melhor do time. Mas minha mãe repetiu: “Você precisa tirar o ego desse cenário, e isso inclui vocêtambém. Jesus disse a seus discípulos que se alguém quer ser o primeiro, esse alguém terá de ser o último e o servo de todos (ver Marcos 9:35). Você está disposta a ser a última?”

Mamãe então sugeriu que eu olhasse a palavra Ego no Glossário de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy. O segundo parágrafo daquela definição começa assim: “Existe um só Eu, ou Nós, um só Princípio divino, a Mente, que governa toda a existência...” (p. 588). Mamãe também me fez ver, no mesmo livro, a definição para a palavra Mente, que começa assim: “O único Eu, ou Nós” (p. 591).

Li cada definição várias vezes e refleti profundamente sobre elas. O único Nós, no singular e não no plural, leva em conta que Deus e o homem são um, e que essa unidade é inseparável. Somente Deus, a única Mente infinita, estava e está se expressando no homem. Isso significava que cada uma de nós na equipe era na verdade uma filha espiritual de Deus, refletindo união, força, agilidade, alegria, amor, e assim por diante. Além disso, nós podíamos trabalhar apenas em harmonia umas com as outras porque cada pensamento, ideia e ação tem de provir da mesma fonte, Deus. Em realidade, não havia egos mortais separados nesse cenário, visto que havia um único Deus com infinitas expressões, ou seja, o único Nós, o único Ego, manifestando-se em cada uma de nós.

Nós havíamos planejado fazer uma festa para a equipe, na semana seguinte, nas férias de primavera e, enquanto minha mãe e eu preparávamos a comida e cuidávamos dos outros detalhes da festa, eu fiz uma lista de gratidão com todas as qualidades que via manifestas em cada membro da equipe. Durante a festa, fiz questão de comentar o que eu apreciava em cada jogadora, e isso deu início a muitas conversas em que cada membro da equipe também expressou sua apreciação pelas colegas. Depois disso, nós todas retornamos aos treinos com uma perspectiva melhor e nossa temporada de jogos foi cheia de alegria, vitórias, superação, foco e confiança.

Somente Deus, a única Mente infinita, estava e está se expressando no homem.

Quando comentei essa experiência com meus alunos da Escola Dominical, recentemente, surgiu a seguinte pergunta relacionada ao assunto: O que dizer sobre a falsa humildade, o senso de limitação que argumenta: “Eu nunca serei bom em ______ (preencha o espaço em branco)”? Isso também provém de uma visão equivocada sobre o ego. Nós precisamos tirá-lo do caminho, reconhecendo a Deus como o único Eu ― o Ego onipresente e onipotente que inclui todo o bem; esse reconhecimento envolve humildade verdadeira. Como a expressão espiritual e completa de Deus, o homem também inclui toda qualidade e capacidade corretas, para que possamos enfrentar todas as circunstâncias com confiança, sabendo que expressamos a inteligência da Mente, a exatidão do Princípio, a beleza da Alma.

Aprender a reconhecer o Ego divino, que governa toda atividade e todo relacionamento, em cada passo do dia, ajudou-me a estar preparada para todos os desafios que encontrei nos esportes e na escola, e continua a ajudar-me em todos os aspectos da minha vida, agora.

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