Na primavera do ano passado, uma árvore de abricós plantada em meu quintal me surpreendeu. Depois de cinco anos sem produzir nenhum fruto, a árvore apareceu coberta por uma profusão de delicadas flores cor-de-rosa. Poucos meses mais tarde, colhemos em abundância deliciosos abricós. Isso me fez pensar a respeito da descrição bíblica das árvores que davam fruto “cuja semente estava nele” (ver Gênesis 1:11, 12).
A semente que produziu a árvore de abricós continha, dentro de si mesma, todos os elementos necessários para a completa expressão do “abricó”. Entre outras coisas, o formato das folhas, a fragrância das flores, até mesmo a cor e o sabor da fruta, tudo aquilo que faz parte da identidade específica da árvore, encontrava-se na semente. Quando plantamos uma semente, confiamos no fato de que, quando ela germinar e der flores, nós não teremos de pintar as pétalas com a cor apropriada, nem teremos de borrifá-las com a devida fragrância, porque tudo já está lá, esperando para se manifestar.
Não poderíamos deduzir, então, que há basicamente uma identidade individual, já completa, contida na natureza, e que é isso a que a Bíblia se refere como a “semente [que] estava nele”? Não poderia isso se referir à verdade intrínseca de que todos os aspectos da identidade já estão presentes em cada um de nós? Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras oferece uma explicação espiritual sobre a criação de Deus. Sua descrição do homem inclui a declaração de que o homem é a “ideia composta que inclui todas as ideias corretas” (p. 475). A autora do livro, Mary Baker Eddy, está se referindo aqui, não ao homem mortal cuja existência poderia ser descrita como partindo de uma “semente” material, mas ao homem verdadeiro, espiritual. Nossa identidade espiritual como ideia composta é encontrada na completude total do homem por ser a ideia espiritual de Deus. As implicações desse fato espiritual básico são enormes.
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