Alguns anos depois de eu me tornar Praticista da Ciência Cristã, houve uma ocasião em que de vez em quando eu sentia, à noite, uma forte dor no peito. Toda vez que acontecia isso eu me volvia em silêncio à “declaração científica sobre o existir”, até eu vislumbrar a imensidade do significado atrás de suas palavras, principalmente estas: “Tudo é a Mente infinita e sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo” (ver Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, p. 468). A dor passava e eu adormecia. Eu também sabia de cor esta promessa do Salmo 118: “Não morrerei; antes, viverei e contarei as obras do Senhor” (versículo 17).
Entretanto, algumas pessoas mais chegadas da família (que não compreendiam a Ciência Cristã) notavam que eu não estava me sentindo bem e ficavam apreensivas. Embora tivessem boa intenção, tentavam limitar algumas de minhas atividades e cada vez mais se opunham à Ciência Cristã.
Certa vez, quando meu marido estava em uma viagem internacional, eu tive o que parecia ser um violento mal-estar. Liguei para uma Praticista da Ciência Cristã, pedindo ajuda em oração diante dessa situação. Logo percebi que o medo diminuiu e pude subir a escada para ir me deitar. Dormi bem naquela noite, mas dei um basta! Queria de uma vez por todas me livrar de tudo isso. Dentro de alguns dias meu marido estaria em casa e eu não queria que ele ficasse preocupado comigo.
Eu me lembro de me sentir um fracasso total. Achava que havia algo sobre a Ciência Cristã que eu ainda não havia compreendido. Seria verdade que “tudo é a Mente infinita e sua manifestação infinita” era algo simplesmente além da minha compreensão? Será que eu deveria desistir da Ciência Cristã?
Na manhã seguinte, quando eu estava estudando a Lição Bíblica da Ciência Cristã, do Livrete Trimestral da Ciência Cristã, algo simples, embora parecesse revolucionário para mim, surgiu no meu pensamento: eu não estava amando o suficiente. O problema era só esse. Especificamente, eu não estava amando o meu marido, magoada com a animosidade dele para com a Ciência Cristã. Eu estava sempre de prontidão para “ir ao ataque” ou “ficar quieta” quanto à Ciência Cristã.
A Bíblia nos diz claramente: “Deus é amor” (1 João 4:8) e durante aquele dia um expansivo senso do Amor divino, Deus, continuou a vir ao meu pensamento. E foi aumentando cada vez mais, até que a enormidade do fato de que esse Amor é Tudo, e está em todo lugar, tornou-se algo que eu pude sentir de maneira tangível.
Eu lembro que liguei para a praticista, agradecendo por sua ajuda, e expliquei a ela tudo o que eu estava sentindo. Foi difícil descrever. É como a matemática, pensei. Sabemos que a inteireza da matemática, ou seja, o todo, toda a matemática, está aqui mesmo, em ação para todos, não importa onde estejamos fisicamente. Mesmo as equações matemáticas que ainda não foram descobertas estão presentes exatamente aqui, à espera de serem descobertas. Mas a compreensão que eu tive era muito maior e melhor do que a matemática. Era o Amor, o Amor divino, infinito. Percebi que o Amor infinito é tudo, que se expressa na inteireza do Amor divino em ação, preenchendo cada milímetro de todo lugar, preenchendo o infinito. Naquele dia, a revelação do próprio Amor se manifestou a mim. Fiquei plenamente consciente desse irresistível senso do Amor divino, expresso em cada milímetro de todo lugar.
Naquele dia, meu marido chegou. Foi um retorno a casa muito feliz. No dia seguinte, tivemos uma reunião com nosso contador e acabei tendo de explicar a ele, na frente do meu marido, o que é a prática da Ciência Cristã. Essa foi uma oportunidade perfeita para meu marido ter uma perspectiva mais clara a respeito da prática da Ciência Cristã. Ele até concordou em confirmar o que para ele parecia ser “o dia de uma praticista”.
Fiquei muito grata por essa inigualável oportunidade e, desde essa ocasião, meu marido tem sido mais do que compreensivo a respeito do tempo que eu dedico à prática da Ciência Cristã. Ele está feliz por eu ser praticista e em várias ocasiões tem surgido a oportunidade de eu explicar o que é a prática da Ciência Cristã para amigos, quando jantamos juntos, e também em outras situações.
Ah, e aquele problema físico? Foi embora, “saiu de cena” definitivamente naquele dia em que eu senti que o Amor infinito era tudo e era a única realidade, expressa em cada milímetro de todo lugar.
Nome Omitido
 
    
