O noticiário de última hora, na TV, relatou mais um tiroteio em uma escola. Dessa vez, um jovem nos Estados Unidos havia matado dezessete de seus colegas de classe. Como mãe de dois filhos, fiquei me perguntando o que poderia levar alguém a pegar uma arma e destruir a vida de tantas pessoas jovens. Senti um misto de pesar e raiva. Comecei a refletir sobre minha própria reação às últimas notícias, e sobre o relato que consta no Evangelho de Lucas, de como Cristo Jesus reagiu a uma violenta ameaça.
Certa vez em que Jesus estava pregando em uma sinagoga, uma multidão de ouvintes reagiu com raiva às suas palavras e o levaram para fora da cidade, até o cimo do monte sobre o qual a cidade fora construída, com a intenção de o lançarem precipício abaixo (ver Lucas 4:16–30). Mas Jesus calmamente passou por entre a multidão enfurecida e seguiu o seu caminho. Ele nunca reagia com ódio, nem o ódio podia tocar o amado Filho de Deus, ou desviá-lo de sua missão sagrada. O profundo amor de Jesus por Deus e pelo próximo era o que impelia suas ações. Obedecendo ao impulso do Amor divino e demonstrando o espírito do Cristo, sua natureza sagrada, ele passou com segurança por aquela situação de perigo.
Ao refletir sobre esse tema, ocorreu-me que, quando ouvimos falar, ou testemunhamos atos de ódio ou atos de violência em nossas comunidades, ou talvez quando nós mesmos nos confrontamos com atos de violência, nós temos a capacidade de “passar por entre eles” sem sermos perturbados. Isso de modo algum significa ignorar ou negar o ódio e a agressão, ou não ter compaixão por aqueles que necessitam de conforto ou de ajuda. Em realidade, significa sentir a paz e a segurança que nos advêm por conhecermos, refletirmos e expressarmos o amor de Deus, sabendo que o Amor divino está amando, envolvendo e protegendo a todos nós. Mary Baker Eddy, a Descobridora da Ciência Cristã, escreveu: “O Amor está especialmente próximo em tempos de ódio e nunca tão próximo como quando alguém consegue, em meio à criminalidade, retribuir o mal com o bem” (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883–1896, p. 277).
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