Como muitas outras pessoas, eu também fui andar ao longo do rio Sena para ver como estava a Catedral de Notre-Dame, no dia seguinte à luta de uma noite inteira contra o fogo.
A multidão era realmente impressionante, não havia apenas muitos parisienses e habitantes dos subúrbios da capital, mas também havia muitos turistas. Sentia-se uma doçura e uma reverência no ar, um senso palpável de afeto, um desejo de conversar com estranhos, como se eles fossem nossos vizinhos, um senso de pertencimento e interesse.
Esse sentimento de união, manifestado entre os que têm fé e os que não a têm, mostrou que a humanidade fora tocada de maneira profunda. Os amantes da arte estavam de luto, os religiosos foram tocados intimamente em sua fé, e os cidadãos e visitantes em geral talvez estivessem percebendo que algumas coisas nunca mais seriam iguais. Obras de arte históricas e culturais, humanamente insubstituíveis, haviam desaparecido para sempre. A fragilidade daquilo que acreditávamos estar lá para sempre, de repente estava chamando nossa atenção.
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