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Original para a Internet

A vida não é um jogo de azar

Da edição de maio de 2020 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 10 de fevereiro de 2020.


Imagine que no dia do Ano Novo você está indo para casa, dirigindo por um desfiladeiro em uma zona montanhosa com muita neve, e de repente ouve um enorme barulho anunciando que algo está errado com seu carro. Você já deduz que terá de passar uma hora esperando um reboque ao pé da montanha. O que você diria da possibilidade de, apesar de todo o frio, um grupo de rapazes estar conversando exatamente na esquina da loja onde você estacionou, e eles, além de identificarem qual é o problema com o seu carro, sabem também como fazer o conserto?   

Foi o que aconteceu comigo e minha filha no início deste ano. Os rapazes se arrastaram para baixo do meu carro para ver qual era o problema, buscaram suas ferramentas e em pouco tempo haviam consertado a peça que se soltara.

Durante todo o trajeto de lá até nossa casa, minha filha e eu agradecíamos sem cessar; e não apenas pela ajuda que havíamos recebido dos rapazes, que nem sequer aceitaram o dinheiro que oferecêramos pelo trabalho deles; mas porque, para nós duas, o que acontecera não fora algo aleatório, mero acaso ou coincidência. Primeiro, porque havíamos começado a orar assim que notáramos que o carro estava com um problema. E segundo, porque já tinha havido muitas outras ocasiões em que, ao necessitar de ajuda, eu havia orado e recebera auxílio na mesma hora.

Não estou dizendo que orar seja pedir a Deus favores especiais, mas sim compreender e comprovar a praticidade de reconhecer que Deus é o bem, sabendo que o bem é igualmente acessível para todos. Pois para mim, uma vida sem oração é que pode às vezes parecer uma série de acontecimentos aleatórios nos quais o bem é limitado e algumas pessoas ganham, enquanto outras, inevitavelmente, perdem. Quando eu estava no curso primário tive um estalo de revelação. Costumávamos jogar bingo em dias chuvosos, e eu jamais ganhava. Foi quando comecei a me questionar, refletindo no fato de que todos merecíamos receber o bem, embora o prêmio não passasse de uma bala do pote que ficava na mesa da professora! 

Uma perspectiva de vida baseada no acaso ou em lances de sorte e em um bem que fosse limitado não combinava com o modo de pensar a respeito da vida a partir de um ponto de vista espiritual, conforme eu estava aprendendo na Escola Dominical da Ciência Cristã, na cidade onde eu morava. Ali eu podia tirar minhas dúvidas a respeito desse tipo de questões, recebendo respostas satisfatórias baseadas na Bíblia. E eu aprendia que Deus ama a todos por igual e infinitamente, e Ele provê para todos nós de forma abundante. Deus realmente expressa em Seus filhos e filhas o bem inesgotável, em todos os tempos. E todos podemos conhecer de modo prático, tangível, a constância de Deus, o qual é completamente bom.     

Há vários relatos na Bíblia que mostram que essa é a verdade, mesmo diante de altos riscos. Por exemplo, a história de Hagar, a mãe que foi expulsa e mandada para o deserto com seu filho pequeno, tendo consigo apenas um pouco de pão e água. Logo suas provisões se acabaram, e o fim parecia trágico. Ela se sentou a certa distância do filho e disse: “...Assim não verei morrer o menino; e, sentando-se em frente dele, levantou a voz e chorou” (Gênesis 21:16). 

Mas o relato continua: “Abrindo-lhe Deus os olhos, viu ela um poço de água, e, indo a ele, encheu de água o odre, e deu de beber ao rapaz” (v. 19). Ambos sobreviveram.

Ao ponderar sobre esse relato a respeito de Hagar, que encontrou água no deserto, assim como sobre os vários exemplos do cuidado de Deus na minha própria vida, é difícil não ver uma lei divina do bem que é universal e está sempre ao alcance de todos. Essa lei não é algo aleatório, e não tem nada a ver com confiarmos na sorte para nosso suprimento, mas sim em termos uma convicção profunda de que Deus propicia provisões para todas as nossas necessidades. Embora as coisas não sejam sempre fáceis, as respostas vêm quando humildemente nos abrimos para receber de Deus a orientação que buscamos. 

Existe um verso de um hino que sempre me reconforta e acalma, pois traz a confiança de que Deus, ou seja, o Amor divino, cuida igualmente e de modo eficaz de todos nós; esse verso também me assegura de que os “anjos” de Deus, ou seja, Suas ideias angelicais, sempre respondem às nossas orações. Parte desse hino diz assim: 

Deus sabe quais os anjos Seus
   Nos podem confortar,
   E logo os vai mandar.
(Violet Hay, Hinário da Ciência Cristã, 9, trad. © CSBD)

Cada um de nós pode reivindicar o bem que é nosso por direito divino, hoje mesmo. Quando buscamos a Deus para que nos ajude, ajustando nossa perspectiva de acordo com o que Deus, o bem, conhece, e nos revela, o resultado é que percebemos mais evidências do transbordante manancial do bem, exatamente diante de nós. Não por acaso ou por sorte, mas porque somos todos vencedores aos olhos de Deus, e o bem, que é divino, nunca se esgota.

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