Eu estava jogando na equipe de rúgbi da faculdade e choquei-me com uma das meninas do time adversário, na tentativa de tirar-lhe a bola. Ouvi um estalo no meu nariz e em seguida o local inchou e passou a sangrar profusamente. Tudo indicava que eu poderia ter fraturado o nariz.
O médico do time mostrou que um osso tinha rompido a superfície da pele e disse: “Você precisa que o osso do nariz seja colocado no lugar”. Outros que assistiam disseram que o aspecto do meu nariz era muito ruim. Fiquei perturbada com esses comentários e totalmente convencida de que meu nariz nunca mais seria o mesmo.
Meus pais, ambos estudantes da Ciência Cristã, estavam assistindo ao jogo e começaram, em silêncio, a orar por mim, assim que ocorreu esse incidente. Quando eles perguntaram se eu queria que um médico endireitasse o osso do nariz, eu disse que sim.
Mas, quando fiquei a sós com meus pais e finalmente cessou o sangramento, eu atribuí isso à atmosfera cheia de calma e oração em que estava. O Hino 144 do Hinário da Ciência Cristã capta a paz que senti, quando meus pais oraram por mim no carro, a caminho do hospital:
“Amor, em Ti vivemos nós,
Em Ti respira o ser,
Mas os sentidos materiais
Procuram nos deter”
(trad. e adapt. © CSBD)
Embora a evidência física apontasse para o fato de que havia fratura no nariz, eu estava sentindo uma calma presença espiritual, que só posso atribuir ao Amor divino, que é Deus. Essa presença assegurou-me de que minha verdadeira natureza é espiritual e jamais pode ser fraturada.
Algumas das ideias sobre as quais meus pais e eu falamos, durante o percurso de carro, vinham do livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy. O livro-texto explica como a oração pode curar e que os acidentes não vêm de Deus. Confortou-nos especialmente esta passagem: “Os acidentes são desconhecidos para Deus, a Mente imortal, e temos de deixar a base mortal da crença e unir-nos à Mente única, a fim de substituir a noção de acaso pelo senso apropriado da infalível direção de Deus, e assim trazer à luz a harmonia” (p. 424).
Nós também conversamos sobre a importância de “permanecer firmes”, ou seja, de nos apegar à ideia de que Deus traz à luz a harmonia em nossa vida. O Apóstolo Paulo nos encoraja assim: “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão” (Gálatas 5:1). Permanecer com a ideia de que eu fui criada por Deus, o Espírito, ajudou-me a não me submeter ao medo ou à dor, e comecei a pensar que eu ficaria bem.
Chegamos ao hospital e demorou mais de uma hora para o médico nos atender. Mas isso deu à nossa família bastante tempo para continuar a orar e permanecer firmemente nessas libertadoras ideias espirituais.
Quando o médico me atendeu, examinou meu rosto. Aliás, tivemos de mostrar onde eu havia me machucado, pois naquele momento havia apenas um corte muito pequeno e um inchaço mínimo. O médico disse que o estalo no nariz, a sensibilidade e o sangramento que descrevemos indicavam que o nariz havia fraturado, mas agora aparentava estar em ordem. Parecia que não era necessário fazer nada, portanto, o médico nada fez e eu voltei para o alojamento da faculdade.
Embora as pessoas que testemunharam o ocorrido pensassem que “foi sorte”, eu percebi a conexão direta entre a oração na Ciência Cristã e minha rápida cura. O nariz ficou curado e perfeitamente reto e toda a sensibilidade desapareceu dentro de uma semana. Continuei a jogar rúgbi por muitas outras temporadas, sem hesitação nem medo de me machucar.
Apesar de que no início eu estivesse muito alarmada com a aparência do meu nariz quebrado, uma presença calma, serena e terna superou meu medo. Entendo que essa presença é o poder do Amor divino e oro para saber que essa presença divina está confortando a todos, irradiando a luz da cura na vida de todos!
Tessa Parmenter
South Portland, Maine, EUA
