Durante trinta anos, vivi na dependência de antidepressivos. Por um período eles me fizeram bem, mas com o tempo não foram mais eficazes e passei a sentir muita ansiedade. Comecei a tomar uma variedade de remédios. As drogas receitadas pelos médicos não eram os únicos meios que eu usava para combater o estresse. Também experimentei, em várias ocasiões, fumar, participar de programas de ginástica, comer de maneira compulsiva, tomar bebidas alcoólicas, junto com várias formas de terapia. Nada funcionou e as coisas pareciam piorar.
Finalmente, acabei usando quatro remédios e eu os tomava durante o dia e a noite. Os psiquiatras sabiam que esses remédios causavam tendência ao suicídio, e duas vezes eu tentei me suicidar, mas os médicos não sabiam como poderiam me ajudar sem esses medicamentos.
Então, foi sugerido que talvez a terapia que se baseia na concentração mental pudesse ter bom efeito. Comecei a usar esse método. Mas, um dia, no consultório do terapeuta, querendo me relaxar com as técnicas da terapia de concentração mental, tive a ideia de que deveria tentar a oração.
Eu havia frequentado a Escola Dominical da Ciência Cristã na infância, e cheguei a fazer o Curso Primário da Ciência Cristã, mas havia décadas que eu deixara de praticar a Ciência. Naquela época, eu pensava que outros métodos tinham mais para me oferecer. Mas, naquela ocasião, eu saí da sessão de terapia e liguei para minha Professora da Ciência Cristã com quem fazia muito tempo eu não falava, o que marcou o início de minha jornada de volta à Ciência Cristã.
O caminho para minha recuperação não foi rápido, pois levou seis meses para eu desistir da medicina, um passo vital quando recorremos à Ciência Cristã para a cura. Mas realmente percebi que a Verdade estava em ação na minha consciência, porque comecei a sentir, embora tenuemente, que Deus estava presente. Que o bem estava presente. Que eu tinha valor. Finalmente, um dia eu disse: “Basta!” Então, parei de uma vez de tomar todos os remédios.
Durante cerca de seis meses, eu ficava sentada à mesa da cozinha quase todo o dia e toda a noite, muito desanimada e zangada. Minha ansiedade era tão intensa que eu tinha medo de dirigir, de ir a alguma loja ou de que alguém fosse à minha casa. Fazia tempo que eu deixara meu emprego e não queria nem mesmo ter os membros da família por perto. Dormir era impossível. Mas eu me recusei a voltar para os medicamentos. Tive o apoio de uma Praticista da Ciência Cristã que me deu tratamento por meio da oração, e ela sugeriu que eu trabalhasse e orasse todos os dias com os hinos do Hinário da Ciência Cristã.
Imprimi os hinos, a cada dia mais um, e os carregava comigo, orando com eles constantemente. Havia hinos impressos na minha bolsa, no carro, no banheiro, e assim por diante. Comecei a me sentir melhor. Estava aprendendo que Deus está sempre comigo, me amando, cuidando de mim, me ajudando. O hino que talvez mais me tenha ajudado foi o 330, que começa assim:
O Rei do Amor é meu Pastor,
Que sempre tem bondade;
Eu dEle sou, Deus é Senhor,
Pra toda a eternidade.
(Henry W. Baker, trad. © CSBD)
O que também me ajudou muito foi o conceito de desdobramento. Mary Baker Eddy escreve em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “A Ciência Cristã apresenta desdobramento, não acréscimo; não manifesta nenhuma forma de crescimento material da molécula à mente, e sim um emanar da Mente divina ao homem e ao universo” (p. 68). O que eu devia fazer era apenas continuar esse desdobramento, passo a passo, de maneira bem gradual, mas definitiva. De pequenas maneiras, comecei a ajudar os outros, até me sentir livre o bastante para voltar a trabalhar. Iniciei fazendo trabalho voluntário e, depois, lecionando em uma faculdade da comunidade, ajudando alunos adultos que precisavam ser acompanhados de perto. Aí a faculdade pediu-me para dar aulas, oferecendo-me um cargo pago. O melhor de tudo foi que adquiri uma profunda confiança de que meu futuro seria preenchido com o abundante bem de Deus.
Faz três anos que não uso nenhum medicamento. Nunca fui tão feliz, em toda a minha vida, como agora. Dou aulas em meio período, faço trabalho voluntário e tenho ótimas interações com amigos e com minha família. Eu me tornei membro de uma igreja filial da Ciência Cristã e no último verão fui a um acampamento para Cientistas Cristãos com minha neta. A Vida é o bem, porque a Vida é Deus.
Não tenho palavras para expressar minha gratidão por todo o bem que Deus me concedeu por meio do estudo da Ciência Cristã. Quero agradecer a todos os praticistas e enfermeiros da Ciência Cristã, bem como aos colaboradores que escrevem para as revistas dessa Ciência, e a todos os dedicados Cientistas Cristãos, pois eles me ajudaram em diversas ocasiões quando andei “pelo vale da sombra da morte”. Realmente aprendi que “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará” (Salmos 23, 1 e 4.
Susan Stroud
Kinston, Carolina do Norte, EUA
