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Original para a Internet

O “influenciador” de que nosso mundo mais necessita nos dias de hoje

Da edição de agosto de 2020 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 12 de março de 2020.


As pessoas que recebem toda a atenção hoje em dia já não são as celebridades da mídia ao estilo antigo, mas inúmeras outras, que se tornaram “influenciadores” da mídia, famosos simplesmente por cultivar uma presença constante on-line.

Parte dessa influência é benéfica. No entanto, o tempo que passamos on-line também pode dirigir mal nossa atenção, ou pior ainda, nos influenciar de uma forma corrosiva. Algumas informações preocupantes que aparecem nas redes sociais encorajam as pessoas vulneráveis a serem autodestrutivas, e até mesmo a pensar em suicídio, enquanto outras informações são geridas por regimes estrangeiros repressivos que trabalham para minar a confiança nas instituições democráticas.

É claro que as influências negativas não são novas. Um artigo da revista New Yorker recentemente destacou: “Influenciar as pessoas já era preocupante muito antes de ser digital" (Laurence Scott, “A History of the Influencer, from Shakespeare to Instagram” [A história do Influenciador, desde Shakespeare até o Instagram], 21 de abril de 2019).

Quer sejam disseminadas digitalmente ou não, as influências adversas precisam ser contestadas, e cada um de nós pode desempenhar seu papel nessa empreitada. Por exemplo, atualmente, quando a intensa polarização política, religiosa e de gênero nos influencia, podemos nos desconectar da animosidade e nos conectar com a imparcialidade do nosso amor. Referindo-se ao mandamento, válido para todas as épocas, de amar o próximo como a nós mesmos, Jesus não coloca nenhum limite a respeito de quem se qualifica como esse próximo. Ele também destacou aos seus seguidores a necessidade de “ama[r] os vossos inimigos e ora[r] pelos que vos perseguem” (Mateus 5:44).

Essa diretriz vai muito além de simplesmente orientar nosso comportamento exterior, por mais vital que isso possa ser. A prática da Ciência Cristã revela como o pensamento tem influência sobre os outros, tanto para o bem como para o mal, ainda que os pensamentos não sejam algo visível. Tal como uma pedra, quando a jogamos na água, os nossos pensamentos criam ondulações, que muitas vezes são sentidas pelos outros, mesmo que não sejam expressas em palavras ou ações. Reconhecemos isso com mais intensidade ao ver o impacto que nossas mudanças de humor ocasionam nos amigos e na família. Mas a humanidade é a outra família à qual pertencemos e, dependendo do nosso ponto de vista mental, derramamos, no oceano das considerações que compõem a consciência humana universal, uma variedade de conceitos, desde os malignos, que poluem, até os espirituais que ajudam a purificar essa consciência.

Portanto, o que pensamos exerce uma influência. Nós amamos o nosso próximo, tanto o que está perto como o que está longe, prestando atenção ao tipo de pensamento que estamos abrigando. Podemos manter-nos deliberadamente em busca das ideias que vêm da Mente divina, Deus. Elas nos vêm por meio do Cristo, que a Ciência Cristã revela como a verdadeira ideia de Deus, cuja voz é a mensagem do bem espiritual. Nós a recebemos, pois somos a criação de Deus. Essa identidade é a ideia-Cristo, o homem feito à imagem de Deus, conforme declarado nas Escrituras hebraicas, com as quais Jesus estava familiarizado. Nós somos essa imagem de Deus, portanto, nunca somos fracos nem vulneráveis, mas refletimos uma força que é incorruptível, não propensa a manipulações. A influência exercida quando a verdade dessa ideia-Cristo era reconhecida se via no impacto que tinha sobre as pessoas que conviviam com Jesus. O resultado era a cura e a transformação de caráter. Isso indica o potencial da nossa compreensão dessa mesma ideia, pois ela é uma influência para o bem nos dias de hoje.

Talvez achemos que estamos apenas engatinhando na compreensão dessa ideia sanadora da nossa verdadeira identidade. No entanto, a disposição de buscar essa compreensão é de valor inestimável. A ideia-Cristo é um influenciador, e cada um de nós precisa sentir o toque dessa ideia, que cura e reforma.

Nós também podemos ser transformados, quando amamos dessa maneira. Cada vislumbre da influência todoabrangente de Deus, que lança luz espiritual sobre a vida dos outros, está também trazendo à luz a verdadeira natureza daquele que a vislumbra, porque todos nós somos o reflexo da Mente única. A compreensão desse fato põe a descoberto a vacuidade da suposição oposta, de que somos governados por uma mentalidade que percebe tudo como sendo material e mortal. As curas de Jesus comprovaram que as limitações, tais como a doença e o desespero, que parecem tão reais para essa mente mortal, cedem à compreensão da influência infinita do Amor divino, trazendo à luz uma harmonia espiritual, eternamente conhecida por Deus, e sempre disponível a todos nós.

A mentalidade mortal, que esconde essa harmonia por um determinado tempo, é um pseudo influenciador contra o qual precisamos nos proteger diligentemente, vigiando os pensamentos que nos afastam do amor de Deus, que nos impedem de expressar esse amor, ou até mesmo tentam nos persuadir de que estamos doentes, somos pecadores, ou estamos presos em uma vitimização da qual não conseguimos escapar. Tais pensamentos são enganosos, são impostores mentais malévolos. Nós os reconhecemos como tais, quando compreendemos que nosso existir real é o reflexo da Mente divina. Ao aferrar-nos a essa percepção verdadeira, conseguimos ver que é falsa a alegação da mente mortal que presume ser a causa de algo, ou que possa ter algum efeito. Então, a realidade divina é revelada na cura individual.

Há também um impacto mais amplo à medida que cedemos conscientemente à Mente única, conforme destacou Mary Baker Eddy, quando estava ensinando a Ciência Cristã, a Ciência que ela havia descoberto, a uma classe de 65 alunos. Referindo-se à perfeição da criação revelada na Bíblia, no livro do Gênesis, ela disse: “Nós, hoje, nesta sala de aula, somos suficientes para converter o mundo, se estivermos todos unidos na Mente única; pois então, o mundo inteiro sentirá a influência dessa Mente; como quando a terra estava sem forma e a Mente falou e a forma apareceu” (Miscellaneous Writings [Escritos diversos] 1883–1896, pp. 279 –280).

Isso não significa o desejo de converter alguém, de afastar alguém de sua própria denominação religiosa, nem de converter alguém que não pertença a nenhuma denominação. Pelo contrário, significa um desejo de ajudar a superar toda crença humana no falso paradigma de vida na matéria, graças ao reconhecimento e demonstração da influência dominante do Amor divino.

Por refletir e demonstrar o Amor divino, algumas pessoas se sentem guiadas por Deus para se tornarem influenciadores nos negócios, na arte etc. ― ou para se tornarem sanadores cristãos. Mas, quer tenhamos, quer não, a vocação para lidar com o público, podemos contribuir para um mundo mais feliz, mais saudável e mais justo. A dedicação diária a eliminar a falsa influência da mente mortal, e a manter em mente o “influenciador” que a humanidade mais necessita, ou seja, a ideia-Cristo — essa é uma ótima maneira de realizar esse objetivo.

Tony Lobl
Redator-Adjunto

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