Eu estava tentando, de todas as maneiras, libertar uma borboleta que se agarrava firmemente ao painel superior da porta de tela. Talvez ela instintivamente achasse que ali seria o lugar mais próximo para chegar à liberdade, contudo, sua fuga só seria possível através da porta aberta — isso se eu conseguisse um jeito de fazê-la descer.
Finalmente, polvilhei açúcar nas cerdas de uma vassoura e ergui-a até aquela linda criatura. Com o açúcar, eu atingi meu objetivo, pois a borboleta subiu nos fios adocicados. Lentamente, baixei a vassoura até a porta aberta e observei as asas laranja e pretas tremularem e subirem no cintilante céu azul de verão. Meu coração se encheu de alegria ao ver o delicado inseto voar livremente até desaparecer.
Quantas vezes já me perguntei se eu estava sendo teimosa, presa a alguma ideia que eu decidira ser a certa? Quantas vezes recusei-me a ouvir qualquer pessoa que tentasse me ajudar a ver as coisas de forma diferente, e continuei com a atitude obstinada que me mantinha confinada a uma prisão mental?
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