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Liberdade e igreja

Da edição de dezembro de 1976 dO Arauto da Ciência Cristã


Viver nas montanhas — divino! Bela região agreste para ser explorada, paz e quietude, liberdade — mas nenhuma igreja onde assistir aos cultos. Tendo descoberto recentemente o valor de freqüentar uma Igreja de Cristo, Cientista, meu marido e eu nos encontramos em nossa nova casa, sem igreja por perto. Começamos então a realizar serviços para nós mesmos aos domingos e quartas-feiras.

Aos poucos, nas redondezas, o pessoal ficou sabendo que haviam serviços da Ciência Cristã “lá no morro” e os visitantes começaram a aparecer. Logo descobrimos que era preciso estar a postos como Leitores todas as semanas, sem interrupção. Bem, nós gostávamos dos serviços, mas estar num lugar certo a uma hora certa, duas vezes por semana, era algo a que não estávamos acostumados. Tínhamos vivido uma vida livre e fácil, ao ar livre, mochila às costas, indo de um lado para outro sem nos determos, por muito tempo, num mesmo lugar.

Mas, à medida que nos empenhávamos mais e mais em manter os serviços, começávamos a ver que nossa vida mudava-se. Encontramos emprego onde parecia não haver trabalho, alguns maus hábitos foram postos de lado e a ordem e a harmonia tomaram o lugar da discórdia e da confusão. “A estrutura da Verdade e do Amor; tudo o que assenta no Princípio divino e dele procede” Ciência e Saúde, p. 583; (parte da definição de “Igreja” contida em Ciência e Saúde por Mary Baker Eddy), estava se tornando a estrutura de nossas vidas e a obediência a Deus estava dando resultado.

Assim como nós, atualmente há muitas pessoas em constante mobilidade. Hoje dá-se maior ênfase às viagens e ao lazer do que em qualquer época anterior. Mas será que este estilo de vida baseado no lazer e na facilidade de ir de cá para lá e vice-versa, atende à necessidade humana de bem-estar e satisfação, saúde e paz? Maior mobilidade e mais tempo para nos divertirmos parecem significar mais liberdade para fazermos aquilo de que gostamos. Mas, se os nossos passatempos e os passeios de fim de semana ocupam o primeiro lugar, se casualmente ou regularmente fazem com que deixemos de ir à igreja, o misericordioso dispositivo de Deus para a educação espiritual da humanidade, estaremos realmente desfrutando de verdadeira liberdade? Antes, mais do que pensamos, podemos estar sendo iludidos pela crença de que a vida é um produto da matéria e de que a felicidade e o prazer provêm da matéria em vez de provir do Espírito.

A mente mortal, a mentira chamada erro ou mal, não reconhece o que de fato nos traz felicidade — a liberdade de servir a Deus. O que nos traz a verdadeira liberdade é a obediência à fonte de todo bem, Deus, o Princípio divino, o Amor. Significa isto que temos de abandonar tudo o que nos dá prazer? Não, mas temos de mantê-lo no seu devido lugar, subordinado à igreja, não permitindo que nos tire qualquer coisa que traga verdadeira felicidade e bênção.

Continuando a definição de “Igreja”, a Sr.a Eddy escreve: “A Igreja é aquela instituição que dá provas de sua utilidade e que vem elevando a raça, despertando de suas crenças materiais a compreensão adormecida, para que perceba as idéias espirituais e demonstre a Ciência divina, expulsando assim os demônios, ou o erro, e curando os doentes.” 1

Como pode a Igreja dar “provas de sua utilidade” na vida humana? Em minha própria experiência descobri que a oração fiel e o trabalho abnegado em prol da igreja rompem as cadeias da crença nas limitações materiais ao manterem meu pensamento em maior harmonia com a lei divina do infinito bem para com Seus filhos.

Sempre tinha gostado da idéia de viver numa cidade pequena em que um conhecesse o outro e o ambiente fosse amistoso. Como novatos, no entanto, meu marido e eu éramos olhados com desconfiança, em parte por causa de nossa religião. Mas quando o nosso grupo de Cientistas Cristãos cresceu a ponto de precisarmos alugar um prédio para os nossos serviços, as coisas começaram a melhorar. Ao negociarmos o aluguel de um salão fomos convidados a ingressar no clube da comunidade, organização a que pertencia o prédio, e logo fizemos alguns bons amigos. Além de sermos convidados para nos tornarmos membros ativos da comunidade, também outros ficaram livres da desconfiança e do medo à Ciência Cristã, e tivemos oportunidade de compartilhar nossa religião com algumas pessoas que dela necessitavam. A Ciência Cristã passou a ser bem mais respeitada na região.

Será que estamos sempre atentos as sugestões que fazem com que evitemos nos tornar membros ativos de uma igreja filial? Estas podem vir sob a forma de pensamentos nossos, dizendo: “Tenho muitas outras obrigações agora. Quanto estiver tudo resolvido, então me tornarei membro de uma igreja filial.” Ou: “Trabalho arduamente durante a semana e a única oportunidade de me afastar e descansar é nos fins de semana.” Qualquer sugestão que queira nos atrair para longe da igreja é realmente o ódio ao Cristo, a Verdade, ódio esse inerente à mente mortal que luta contra o progresso do homem rumo ao Espírito.

Talvez estejamos presentes a igreja com bastante regularidade sem no entanto nos tornarmos membros, pois sentimos que não poderíamos estar sempre lá para cumprirmos com o nosso dever. Estamos realmente sendo honestos conosco ou estamos apenas fazendo aquilo que nos convém? Parte da definição de “conveniente” contida no dicionário Webster diz: “Adequado à nossa comodidade ou conforto pessoal.” A Bíblia diz: “Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura, com abundância também ceifará.” 2 Cor. 9:6; Se um homem fosse trabalhar apenas quando lhe conviesse, sua recompensa sob a forma de uma soma de dinheiro, não seria muito alta. Se formos à igreja apenas quando o tempo estiver bom ou quando nossos parentes não nos vêm visitar, quão grande será nossa recompensa em termos de cura e compreensão espiritual?

A Igreja como uma idéia de Deus nunca pode ser restritiva, ao contrário, a compreensão de “Igreja” expressada no apoio às atividades da mesma, rompe as restrições com que a matéria procura atar a humanidade e nos mostra quão ilimitado e sempre presente realmente é o bem. Aprendemos então que estamos ligados a Deus por meio dos laços do Amor divino.

É sábio estarmos atentos a qualquer coisa que nos queira separar de Deus e da instituição que O expressa. A Sr.a Eddy diz: “A não ser que os nossos olhos estejam abertos para conhecer os métodos da má prática mental, que age tão sutilmente que confundimos suas sugestões com os impulsos de nossos próprios pensamentos, a vítima se presta a si mesma a ir na direção errada sem sabê-lo. Estai sempre em guarda contra este inimigo. Vigiai vossos pensamentos e vede se eles vos guiam a Deus e à harmonia com Seus verdadeiros seguidores.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 213;

O homem é o reflexo sem jaça de Deus. À medida que compreendemos isto, não podemos ser levados a dar ouvidos ou reagir a algo que não seja oriundo de nosso amoroso Pai-Mãe. Ao nos apegarmos a este fato ficaremos livres das falsas atrações da matéria e estaremos aptos a usufruir nossa herança divina.

Cristo Jesus não reconheceu os argumentos da mente mortal como legítimos, mas expulsou a crença de uma mente ou vontade oposta a Deus. Se desejamos fazer as obras que Jesus fazia, como ele prometeu que as faríamos, então estejamos prontos a andar na direção em que ele andou e a ser guiados pelo Pai a cada passo do caminho, assim como ele o foi.

Cada um de nós tem inspiração e gratidão para compartilhar e a igreja constitui um local para isto. Somos inseparáveis da Igreja e nada pode tentar-nos a acreditar que haja algo neste mundo mais importante, atraente e benéfico do que o apoio amável e abnegado a uma filial da Igreja de Cristo, Cientista, bem como o comparecimento regular a ela. Nunca é tarde ou cedo demais para realizar a obra de Deus. Paulo disse: “Eis agora o tempo sobremodo oportuno, eis agora o dia da salvação.” 2 Cor. 6:2. Agora é o tempo de sentirmos a liberdade maravilhosa e recebermos as bênçãos que a filiação à igreja pode trazer!

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