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O Natal e o sábio de hoje

Da edição de dezembro de 1976 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando os magos outrora seguiram para Belém, guiados por uma nova estrela, estavam eles preparados para depositar perante o menino Jesus dádivas condizentes com a celebração de sua chegada. Muitas pessoas hoje em dia celebram a época do Natal dando presentes, mas a natureza espiritual do Natal não é bem compreendida. A comemoração do nascimento de Cristo Jesus acha-se eivada de materialismo, e talvez hajam pessoas que acreditam não haver restado nada de espiritual nessa comemoração. Podemos calar o falso conceito acerca do Natal com tudo o que de material está a ele ligado, e voltar o pensamento, nessa época, às formas adequadas de celebrar a revelação diária da idéia-Cristo em nossa própria consciência.

O recém-nascido de Belém representou na terra o Cristo, a Verdade, numa forma que os homens podiam compreender. O Natal comemora esse aparecimento ocorrido há dois mil anos. E o mesmo Cristo, a Verdade, aparecenos hoje em dia numa forma que todos nós podemos entender. Um pensador espiritualizado ocupa-se na época do Natal de aprofundar o que já sabe desse aparecimento.

Como procedem nesta época os sábios de hoje? Mantêm a paz interior. O materialismo quer nos fazer correr a toda, levar-nos a dar festas, fazer compras, ficar pressionados pelo comercialismo de um falso conceito de Natal. O brilho e a ostentação de tal mentalidade natalina solicitam o conceito errado que muitas pessoas esposam acerca dessa ocasião.

Calar os sentidos materiais é trazer paz interior à época do Natal, uma paz que propicia à idéia-Cristo em desenvolvimento em nossa consciência uma oportunidade melhor de crescer e se fortalecer. O pensamento de paz interior é aquele que ouve o cântico dos anjos anunciar a nova vinda de “... paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem.” Lucas 2:14;

O advento de Jesus demonstrou o amor de Deus aos homens. À medida que alguém adquire paz interior, afasta-se da visão mundana do Natal e passa a entender plenamente esse amor celestial. A Sr.a Eddy escreve: “A Mente demonstra onipresença e onipotência, mas a Mente gira sobre um eixo espiritual, e seu poder se revela e sua presença se faz sentir em quietude eterna e Amor inabalável. A potência divina desse método espiritual da Mente, como também o empecilho que lhe causa a locomoção material, fica provada, acima de qualquer dúvida, na prática da curapela-Mente.” Retrospecção e Introspecção, pp. 88–89;

O mundo pode agitar e perturbar o pensamento mundano, mas aquelas pessoas que pelo Cristo de Deus compreendem Sua onipotência, mantêm a quietude que não se deixa influenciar pelas pressões do materialismo, nem se deixa agitar pela má prática e a fricção da mente mortal. O pensamento que está imbuído do Cristo, sente apenas o amor inabalável de Deus.

Dizem as palavras de um belo hino de Natal:

Quão silencioso vem-nos já
O inaudito dom !
Assim ao coração Deus dá
A graça celestial.Hinário da Ciência Cristã, n° 222;

Silenciados os sentidos materiais e equilibrado o pensamento, é possível a cada um de nós devotar-se a expressar grande apreço e amor pelo Cristo e a mensagem purificadora e de cura que ele nos traz.

Desde seu nascimento casto incomparável até a sua crucificação e ascensão, a grande mensagem de nosso Salvador era a da eternidade da Vida. Há muito que a humanidade vem sendo iludida pela crença de vida na matéria, a vida que começa com o conceito material de concepção e nascimento e termina inexoravelmente com a morte e o túmulo. Cristo Jesus rompeu todas as facetas desse sonho de vida na matéria.

Quão gratos somos pelo dom da nossa vida ! Mas só quando percebemos a natureza espiritual da vida é que podemos verdadeiramente sentir apreço pela mensagem do Cristo de que Jesus veio dar provas. Para o materialista, o verdadeiro significado da vida de nosso Salvador é incompreensível. Portanto, a corrupção materialista que a época do Natal vem sofrendo, é algo que pode facilmente ser atribuído à compreensão errônea da mensagem de Vida eterna que essa estação traz consigo.

Compreender o amor de Deus por Sua criação, esse amor manifesto nesse mensageiro humano, habilita o sábio a permanecer firme no “Amor inabalável” e ter fé na sua mensagem sobre a Vida infinita. Que magnífico presente de Natal é este de fato! E como faz calar os sentidos materiais e afasta os clamores da mente mortal!

E, acima de tudo, como essa profunda compreensão acerca da Vida isenta de morte faz calar de todo as mentiras acerca de morte e de separação com relação a nossos entes queridos, essas mentiras que viriam toldar de tristeza, para muitos, essa época do ano.

Pouco antes do Natal uma estudante de Ciência Cristã perdeu dois de seus entes queridos, dentro de curto período. Depois da primeira experiência, essa pessoa pôs-se a orar acerca da época que se aproximava e lutou para obter a “quietude eterna” de que a Sr.a Eddy fala, a qual silencia a agitação causada pela mente mortal. Quando a segunda ocorrência teve lugar, a estudante afastou-se da comoção causada por muitas pessoas a fim de conservar a paz que vinha ganhando. Na quietude de seu pensamento as palavras da Sr.a Eddy “Amor inabalável” continuavam a ocorrer-lhe. À medida que as repetia mais e mais, sua consciência foi sendo permeada pela profunda percepção da natureza inabalável do Amor.

O Amor jamais havia sido abalado, jamais fora posto de lado. O Amor nunca perdera de vista nenhuma de suas idéias. A impossibilidade de que a solicitude protetora do Amor fosse desligada tornou-se-lhe tão clara que a estudante foi totalmente curada do pesar, bem como todos os demais membros de sua família. O Natal foi uma ocasião de paz. A mensagem da Vida eterna havia ultrapassado as barreiras, apesar da crença mundial em tristeza, materialismo e separação.

Depois da entrega de presentes ao recémnascido de Belém, os magos foram “por divina advertência prevenidos em sonho” a que não voltassem ao rei Herodes. Este lhes havia dito: “Ide informar-vos, cuidadosamente a respeito do menino; e, quando o tiverdes encontrado, avisai-me, para eu também ir adorá-lo.” Mateus 2:12, 8. Ora, o magnetismo animal que pretendia usar Herodes para destruir a criança que viria a ser o Salvador do mundo foi derrotado, pois os magos seguiram a orientação divina e voltaram por outro caminho à sua terra.

Atividades sociais exaustivas, comercialismo gritante, solidão e tristeza são alguns dos pensamentos herodianos que pretenderiam se apossar da celebração do nascimento de Jesus. Mas que, na verdade, procurariam destruir a compreensão da verdadeira idéia de Vida, a qual deve ser renovada todos os anos no Natal e todos os dias nos corações humanos.

Podemos ser espiritualmente sábios como os magos o foram e evitar as armadilhas, por escutar calmamente o cântico dos anjos. Podemos preparar nossos pacotes de presentes enchendo-os de amor e apreço pela idéia divina de Vida e Amor e fazer mais uma vez o voto de dedicar-nos à mensagem do Natal: “Paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem.”

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