Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

O buraco da agulha

Da edição de dezembro de 1976 dO Arauto da Ciência Cristã


Que valiosa é a nossa capacidade de ver! É maravilhoso descobrir, graças ao estudo da Ciência Cristã, que a vista não é limitada ou transitória e que a matéria não é verdadeiramente o meio pelo qual enxergamos. Deus, a Mente que tudo vê, é a fonte de todas as faculdades do homem, inclusive a da visão.

E, porque Deus é o criador e a substância de toda existência verdadeira, tudo quanto pode ser visto é, na realidade, espiritualmente mental. O Espírito divino é a Mente progenitora, e nessa Mente está a idéia infinita, o homem e o universo. Essa idéia é o reflexo de Deus. Pertence a Ele, e Ele a sustenta em toda a sua beleza, contorno, forma e cor originais. Todo objeto na Mente está claramente definido e identificado por quem o originou. No livro-texto, Ciência e Saúde de autoria da Sr.a Eddy, lemos: “Dos elementos infinitos da Mente única emanam toda forma, cor, qualidade e quantidade, e essas são mentais, tanto primária como secundariamente.” Ciência e Saúde, p. 512;

Manter em vista os fatos espirituais do ser pode curar problemas de visão. Tal oração vence as sugestões de que a vista é uma atividade variável do corpo mortal que, quando enfraquecida, tem de ser enfrentada quer pelo uso de lentes, quer por recursos médicos.

Os primeiros passos são a rejeição das crenças de que o homem vê por intermédio da matéria, de que a visão possa ser menos que perfeita, e a destruição de qualquer temor de que a visão não possa ser completamente restaurada através da oração. É bom ter em mente que, desde que Deus nada sabe de limitação ou imperfeição, toda a pretensão de enfraquecimento não tem base alguma na verdade. Portanto, não é preciso ter-lhe medo, pois um erro sempre permanece erro, sem jamais cruzar certa linha imaginária e tornar-se verdade. Porque Deus, O-que-tudo-vê, permanece perfeito, Sua manifestação espiritual, o homem, permanece perfeito.

O problema de visão deficiente nunca é físico; nunca é pessoal. É uma sugestão mental agressiva impessoal do mal, do materialismo, similar à sugestão apresentada na alegoria do segundo capítulo do Gênesis onde consta que, de alguma forma, uma neblina obscureceu o bem que já tinha sido criado por Deus. A respeito desse conversador falso, o diabo, ou o mal, Cristo Jesus disse: “Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere a mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.” João 8:44;

Certa estudante de Ciência Cristã percebeu, de repente, que tinha dificuldade em ler. No Guia Telefônico, os números 3 e os 8 pareciam iguais. E o buraco da agulha sumira-se. O “mentiroso”, a consciência material, apareceu à porta de seu pensamento com a sugestão de que necessitava usar óculos.

Com energia, ela afirmou que essa pretensão não era verdadeira, não descrevia o seu estado harmonioso real. Rejeitou com firmeza toda a mentira, simbolizada na alegoria do Gênesis pela serpente a enganar Eva para que conhecesse tanto o bem como o mal e Adão a decair da graça. Afirmou a posição que tinha como herdeira de todo o bem, como a perfeita evidência de Deus, em quem toda individualidade está completa para sempre.

A estudante de Ciência Cristã foi levada a aprofundar sua compreensão das faculdades infinitas de Deus, e de si mesma, como reflexo, ou emanação, do ser da Mente. Por meio de seu estudo, pôde ver que é a consciência que enxerga e que, por ser a evidência ou a expressão individualizada da única Alma — a consciência divina — ela era, em qualquer época, a corporificação direta e exata da visão da Mente.

Com o passar dos meses, a situação piorou. Não aparecia evidência exterior de qualquer resultado de seu estudo sincero. Mas, não hesitou. Ao contrário, regozijou-se pelo fato de que, a todo momento, Deus lhe estava revelando tudo o que precisava ver, e apoiou-se ainda com mais firmeza na Mente como a origem de sua visão. Confiava na Mente quando punha a linha na agulha ou procurava um número de telefone e nunca foi decepcionada. Sua convicção de que a visão é espiritualmente mental cresceu.

Então, certa manhã, os olhos estavam bem doloridos e a visão muito indistinta. Mas a mulher voltou-se para os escritos da Sr.a Eddy, e estes trechos se lhe ressaltaram: “O mal nunca foi real, nem por um momento” Não e Sim, p. 24; e “O domínio do bem destrói o senso do mal.” ibid., p. 32.

Com essas verdades a sustentá-la, saiu para trabalhar; mas, no meio da manhã, teve de interromper o trabalho. Procurou o Amor divino para poder superar a mesma sugestão de incapacidade e incômodo.

Então fez o inesperado. Riu-se alto! Exclamou: “Não acreditaria nisso nem por um milhão de dólares! Mal, você pretende ter criado um homem, mas Jesus afirmou que você só deu paternidade à mentira, e não há verdade em você. Estou tão a salvo quanto Deus.”

Sentiu-se inundada de alegria e domínio. As sugestões continuaram por mais dois dias, mas sua alegria não esmoreceu. E no terceiro dia pôde ver as letras mais miúdas, e o buraco da agulha havia retornado.

Quão gratos podemos ser de que a diligência e a perseverança na verdade nos trazem a segurança de que necessitamos em qualquer situação. Durante muitos meses a mulher esteve adquirindo um conceito mais claro da visão como faculdade espiritual da Mente e pondo de lado a crença fixa em visão física, que depende de músculos, nervos, íris etc. A iluminação espiritual, mostrando que nada, na verdade, estava ocorrendo senão o bem que Deus concedia à Sua idéia, o homem, desfez a mistificação, que havia no pensamento mortal, ligada a esta valiosa atividade, a visão.

É prudente estar alerta à pretensão da medicina material de que a vista está sujeita a deterioração ou falha desde o instante do nascimento humano. A deterioração da vista não é inevitável. A crença de que é inevitável não tem poder, se estivermos conscientes da falsidade do pensamento de deterioração e o anularmos meticulosamente, com base no estado inteiramente espiritual do homem. A deterioração é mera pretensão da mente carnal, ou mortal. Descoberta, e persistentemente negada, perde sua aparente influência mesmérica no pensamento humano.

Os fatos espirituais jamais mudam. A visão é uma faculdade indestrutível da Mente, não da matéria. Portanto, nunca temos de recorrer a meios materiais para a cura. A Ciência Cristã é capaz de satisfazer, sob qualquer circunstância, à nossa necessidade de visão.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / dezembro de 1976

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.