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Uma só pessoa

[Original em alemão]

Da edição de dezembro de 1976 dO Arauto da Ciência Cristã


— Não tome isso num sentido pessoal!

— Não é nada pessoal!

— Por favor, não personalize!

Esses são comentários bem comuns na vida diária. A “personalidade” parece ocupar um considerável espaço no pensamento geral. Por quê?

O fato de que a personalidade mortal é vulnerável, de que alguém pode ater-se demais a ela, ou desagradar por não honrá-la, revela uma de suas características básicas: é óbvio que ela depende muito do que os outros pensam. De fato, vive da crença que nela depositamos. Um sentido de personalidade não é algo que realmente existe, mas sim, a imagem que concebemos de alguém, conforme imaginamos que ele seja. A Sr.a Eddy escreve no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde: “O mundo crê em muitas pessoas; mas se Deus é pessoal, só há uma pessoa, porque só há um Deus. Sua personalidade só pode ser refletida, não transmitida.” Ciência e Saúde, p. 517;

É óbvio o resultado da crença mundial em muitas pessoas. As pessoas parecem sujeitas a toda sorte de influências que promovem sua ascensão ou declínio, sua boa ou má reputação. O mundo considera as pessoas pobres e ricas, pequenas e grandes, importantes e não importantes, boas e más. Alguém que acredita ter alcançado uma boa posição pessoal está inclinado a mantê-la e defendê-la, enquanto que seu oponente talvez esteja procurando solapá-la.

A Bíblia corrige a tendência de lutar por honra e importância pessoal. Nela lemos: “Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas.” Tiago 2:1; E: “Porque dele [de Deus] e por meio dele e para ele são todas as cousas. A ele, pois, a glória eternamente.” Romanos 11:36; Deus, e não a personalidade humana, é o criador. Ele é o criador de todas as coisas. Toda honra é devida a Deus, não à personalidade. E todos os homens, mulheres e crianças, em seu verdadeiro ser, refletem a única pessoa, Deus — cada um de uma maneira individual.

Naturalmente, a Ciência Cristã requer de nós uma maneira diferente de encarar as coisas, do que a que não compreende nada além de pessoas limitadas e mortais. Como podemos ver o homem, à imagem de Deus, como ele realmente é? A expressão “mal impessoal” dá-nos um indício. Diz-nos que maus traços de caráter não pertencem ao homem que é criado por Deus e reflete as qualidades divinas. Portanto, o mal não faz parte da verdadeira natureza do individuo. Assim, separamos o mal de nós mesmos e de outros e reconhecemos que não tem sua origem na pessoa, nem está indissoluvelmente ligado a ela, mas que é erro e engano, uma mentira a respeito do homem de Deus.

Essa maneira de encarar as coisas também nos permite ver que o bem não se origina no homem, mas em Deus, que é a fonte de todas as variedades de bem que o homem reflete. Jesus deixou esse fato bem claro. Ele censurou seus críticos: “Como podeis crer, vós os que aceitais glória uns dos outros, e contudo não procurais a glória que vem do Deus único?” João 5:44; E, em outro ponto, ele disse: “Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão um só, que é Deus.” Marcos 10:18;

A negação da personalidade humana como a origem do bem, não significa eclipsar-se. Claro que não podemos contestar a estima e o reconhecimento de outros, nem devemos deixar de apreciar e reconhecer o bem onde quer que se manifeste. A negação das exigências da personalidade mortal não é a negação de boas qualidades ou boas ações, mas simplesmente atesta sua origem real, Deus. “Sua personalidade” — e Suas qualidades — “só pode ser refletida, não transmitida.”

Quão diferentemente podemos encarar nossos semelhantes quando nos recusamos a aceitar qualquer má qualidade inerente, preestabelecida, quando podemos esperar de outros aquilo que esperamos de nós — que eles farão o que é de seu dever fazer, ou seja, refletir as qualidades de Deus. Não precisamos temer encontrar pessoas antipáticas, más, desonestas. Essas aparências enganam. Não são a verdade acerca do homem. “O homem reflete a Verdade, a Vida e o Amor infinitos. A natureza do homem assim compreendida inclui tudo o que significam os termos «imagem» e «semelhança», tais como são empregados nas Escrituras” Ciência e Saúde, p. 94;, afirma a Sr.a Eddy.

Uma maneira impessoal de ver as coisas nos revela novas possibilidades. O reconhecimento de que boas características não são possessões pessoais, torna-as atingíveis por todos. Permite aos homens descobrir as grandes coisas que eles possuem por reflexo. A Sr.a Eddy revela o magnífico empreendimento que se encontra à nossa frente em seu artigo intitulado “Deificação da Personalidade”, que termina com esta afirmação: “Impessoalizar cientificamente o sentido material de existência — em vez aferrar-se à personalidade — é a lição de hoje.” Miscellaneous Writings, p. 310.

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