Caio era um grande nadador. Todos os dias ele ia à piscina praticar sob a orientação de um treinador. Fazia isso desde os dez anos e raramente faltava a um treino.
Uma noite Caio acordou com dor de ouvido. A dor persistiu por diversos dias e noites. Ele faltou à escola. Nem mesmo queria pensar em nadar.
Mas o seu tempo não foi desperdiçado. Caio estava aprendendo a escutar a voz de Deus, a volver-se do falso conceito de um ouvido físico para o verdadeiro conceito de ouvidos que a Sr.a Eddy dá em Ciência e Saúde: “Não os órgãos dos pretensos sentidos corpóreos, mas a compreensão espiritual.” Ciência e Saúde, p. 585;
Sua mãe sugeriu que ele também pensasse profundamente a respeito do significado do primeiro mandamento: “Não terás outros deuses diante de mim.” Êxodo 20:3; Ela explicou que como Deus é Espírito, não podemos pensar na matéria como um deus, ou na dor como um deus, sem transgredir o primeiro mandamento. Deixar o nosso pensamento ou a nossa ação serem dominados pela matéria ou pela dor seria permitir o controle destes sobre nós.
Caio tentou obedecer em pensamento ao primeiro mandamento. Ele realmente se esforçou. Quanto mais tentava, mais fácil era. Ele tornou-se mais obediente à lei — ao compreender a totalidade de Deus, o Espírito, e o nada da matéria. A dor cessou e sua audição normalizou-se.
O treinador já o havia inscrito previamente numa competição amistosa marcada para o dia seguinte e Caio acordou-se na manhã da competição sem saber o que fazer. Ele tinha vontade de ir, mas pensava que talvez entrar na água provocasse a volta do problema. E isso ele não queria!
Sua Bíblia estava ao alcance da mão e ele havia marcado os Mandamentos. Abriu-os e começou a ler o segundo: “Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.” v. 4.
Então ele pôs-se a raciocinar: “Essas leis são leis espirituais. São imutáveis e posso confiar nelas. Uma piscina não é exatamente «águas debaixo da terra», mas posso ficar certo de que como Deus é Tudo, não há nada na água que me possa prejudicar. Não terei nenhum outro deus diante de Deus.”
Pegou o calção e a toalha e foi à competição. Como era bom estar de volta e ver os amigos novamente! Como era bom mergulhar na piscina! Ele nadou o mais rápido possível até o outro lado, fez a volta e correu até o ponto de partida. Até mesmo o cloro tinha um cheiro gostoso! Ele nunca se sentira melhor.
Esse foi o fim do problema no ouvido. E o começo de um novo sentimento de apreço pelos Mandamentos.