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Estará crescendo o movimento da Ciência Cristã?

Da edição de fevereiro de 1978 dO Arauto da Ciência Cristã


A tentação que alguns dentre nós podemos ter ao lidar com esta questão é a de especular sobre o número de membros da igreja. Mas o propósito deste editorial não é o de analisar algarismos. É perguntar se nosso movimento está crescendo; e uma resposta significativa não é simplesmente numérica.

É preciso que cada um de nós dedique ao assunto uma consideração meticulosa, porque a resposta definitiva é antes basicamente subjetiva do que objetiva. A resposta que você der talvez não seja a mesma que o Cientista Cristão a seu lado dará, e não obstante ambas podem ser válidas. Lógico, seria muito mais simples se apenas pudéssemos olhar “lá fora” pelo mundo, contar o número das igrejas da Ciência Cristã, dos praticistas e dos membros, e utilizar tais números para medir nosso crescimento. Mas isso seria uma verificação discutível. Em última análise, o único crescimento proveitoso tem incentivo espiritual. O esforço de pesquisar materialmente tal crescimento abre as portas para falsas esperanças ou desânimos desnecessários. Mas medir o crescimento de maneira acertada proporciona-nos firme e constante visão de progresso. O crescimento espiritual não é a acumulação do bem; é, antes, o crescente reconhecimento da abundância sempre presente desse bem. Descortinamos vistas mais amplas e mais profundas quando admitimos a supremacia da Mente divina e abandonamos as limitações do sentido pessoal. Para abordar adequadamente a questão do crescimento, talvez seja proveitoso reformular a pergunta com palavras mais apropriadas, tais como: Estarei tendo genuíno crescimento na minha própria demonstração da Ciência Cristã? Podemos pensar nalgumas das seguintes questões e comentários:

O que significa crescer?

O crescimento é uma convicção cada vez mais profunda de que nossa alegria, nossa inspiração e nosso amor — todo atributo correto e bem — vêm diariamente de Deus num fluxo que não diminui. O verdadeiro crescimento se evidencia, portanto, em se depender mais de Deus e menos da personalidade, das circunstâncias e dos acontecimentos humanos para conseguir plena realização. Um mensurável aumento em nosso amor por Deus aponta para verdadeiro crescimento. Podemos dizer que decididamente fortalecemos nosso amor à Vida, à Mente, ao Princípio, ao Amor? Se assim for, estamos agindo hoje com maior vitalidade, inteligência, honestidade e perdão do que ontem.

Avançar espiritualmente quer dizer que nosso amor pelo nosso próximo está aumentando. Quer dizer que estamos mostrando compreensão e compaixão mais significativas por suas necessidades. Que estamos começando a apreciar a verdadeira natureza daqueles que dantes supúnhamos serem nossos inimigos. Será que estamos, de fato, crescendo da maneira que Cristo Jesus nos mostrou?

Progredir espiritualmente significa curar mais rápida e decisivamente, significa expulsar o mal de modo mais terminante. A melhora constante na nossa habilidade de dar ouvidos à orientação de Deus e de seguir com sabedoria e percepção na direção indicada é evidência de crescimento espiritual. A Sr.a Eddy escreve: “Os mortais têm de gravitar rumo a Deus e espiritualizar suas afeições e seus objetivos — têm de se aproximar das interpretações mais amplas do ser e conseguir algum conceito apropriado acerca do infinito — a fim de poderem despojar-se do pecado e da mortalidade.” Ciência e Saúde, p. 265;

Faço questão de crescer?

Um bem-estar confortável no materialismo levanta resistência ao crescimento espiritual. Os elementos humanos de preguiça, apatia, indiferença, desilusão pesariam contra o desejo justo de progredir espiritualmente. Se desejarmos sinceramente progredir, trabalharemos ativamente para eliminar os pensamentos mortais obstrutores. A Mente divina está sempre ativa em refletir sua perfeição. Como expressão da Mente, o homem nunca cansa da espiritualidade, está sempre apercebido do desenvolvimento do bem, e nunca fica frustrado pelas barreiras do materialismo. Quanto mais nos alinharmos com a nossa verdadeira identidade, tanto mais forte e claro se tornará nosso desejo inato de crescer. O crescimento requer que abandonemos o velho pelo novo — que nos descartemos das limitações materiais e aceitemos vistas espirituais mais amplas. Paulo fala em nos despojarmos “do velho homem” e nos revestirmos “do novo homem” Efésios 4:22, 24;.

Todos estabelecemos certas metas para nós mesmos. Algumas delas podem ser modestas metas humanas, outras podem ser grandiosas e nobres. Mas uma boa maneira de avaliar se desejamos realmente crescer de modo espiritual é saber se nos estabelecemos metas espirituais firmes e atingíveis. E se estamos trabalhando diária e ativamente para alcançar essas metas.

Estarei disposto a aceitar obrigações que me forçarão a crescer?

Um dos verdadeiros testes do que sentimos ser um desejo de crescer vem em forma de nossa disposição de servir à Igreja estabelecida pela Sr.a Eddy. Se aceitamos um cargo com o desejo honesto de glorificar a Deus, crescemos inevitavelmente. O compromisso de servir pode significar a renúncia a alguns dos prazeres humanos. O passeio à montanha, o programa de televisão, a praia, tudo isso pode ter lugar em nosso viver; mas eles se entrosam melhor quando os subordinamos às exigências compensadoras do crescimento espiritual.

De igual importância é servir sem excesso. A tentação de fazer todo o trabalho porque não se pode confiar nos outros destrói o desenvolvimento da noção de responsabilidade que os indivíduos têm, e de fato tolhe o crescimento de todos os envolvidos no caso. As obrigações e oportunidades proporcionadas pela ação na igreja, distribuídas equitativamente, estimulam um forte crescimento individual.

Em 1888 a Sr.a Eddy deu uma palestra à Associação Nacional de Cientistas Cristãos. Aconselhou: “Viemos para fortalecer e perpetuar nossas organizações e instituições; e para encontrar força na união — força para construir, com a destra de Deus, aquela religião pura e imaculada, cuja Ciência demonstra Deus e a perfectibilidade do homem. Esse objetivo é imenso, e precisa começar com o crescimento individual, «uma consumação sumamente desejável».” Miscellaneous Writings, p. 98.

Nosso mundo necessita urgentemente de um movimento da Ciência Cristã substancial e em desenvolvimento. Isto virá à medida que crescermos individualmente. Afinal de contas, não vale muita coisa perguntarmos o que está fazendo outra pessoa. Mas, não é isso o que fazemos quando consideramos o número de membros a fim de aquilatar o crescimento? Cada dia podemos perguntar-nos: Dei passos específicos rumo ao Espírito? A resposta honesta a essa pergunta dirá se o movimento da Ciência Cristã está crescendo.

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