Há mais de meio século que a Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss) é meu único médico. Durante esse tempo, com a ajuda de Deus, criamos duas famílias sem recorrer à medicina material — nossos filhos e depois dois netos. Quando as crianças adoeciam, eram curadas rapidamente. À medida que nossa compreensão crescia, e as crianças eram expostas às assim chamadas doenças contagiosas, aprendíamos que é impossível ao contágio até parecer manifestar-se no reino de Deus em que habitamos. Vali-me do conselho de Mary Baker Eddy em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras (p. 392): “Quando se apresenta a condição que, segundo dizes, causa a moléstia, quer seja ar, exercício, hereditariedade, contágio ou acidente, então desempenha tua função como porteiro e veda a entrada a esses pensamentos e temores doentios.”
Certa vez ao tomar banho notei dois grandes caroços no meu peito. Assustei-me tanto que por uns instantes fiquei sem saber o que fazer. Então, qual uma voz, veio a pergunta: “Você acredita em Deus?” Meditei nela em profundidade e disse: “Sim! Creio que Deus é Tudo-em-tudo.” Outra pergunta: “Então, como é que você pode acreditar em algo tão dessemelhante dEle?” Alguns pensamentos começaram a afluir à minha consciência, tais como: “Você acredita que Deus tem todo o poder? Você acredita que Deus está sempre presente?” Enquanto eu ia respondendo afirmativamente a cada uma dessas perguntas comecei a tornar-me consciente da presença de Deus e senti-me muito elevada. Pensei em Jacó; eu, também, apeguei-me à minha revelação até que minha manhã de salvação chegou. Esqueci-me dos caroços, e passaram-se várias semanas até que me lembrasse deles novamente. Haviam desaparecido, tal como eu sabia que aconteceria.
Há alguns anos ocorreu uma bela demonstração da proteção de Deus, com relação ao jardim de nossa casa localizada no norte do estado de Minessota. As plantas estavam começando a brotar, justamente no ponto em que precisariam de atenção, quando tive que ausentar-me por um mês. Tratei de cultivar o que pude e coloquei montículos de palha ao redor das plantas. Ocorreu-me, então, que se o jardim não recebesse água o bastante, até a palha de nada iria servir. E que fazer com os cascudos e lagartas que às vezes infestam um jardim? E havia ainda os animais daquela área selvagem, que gostam de comer os brotos tenros. Então veio- me ao pensamento: Todas as criaturas são idéias de Deus, e têm sua função na economia divina. Até mesmo o que chamamos de cascudos e lagartas têm o seu lugar. O mesmo, percebi, aplicava-se aos animais selvagens.
Ao aumentar minha compreensão espiritual, percebi que se Deus está sempre presente, Suas qualidades estão sempre presentes. Sob a lei do Princípio, o progresso se manifesta e podemos vê-lo expresso humanamente. O Amor se manifesta em calor. A Verdade se expressa em luz. O Espírito se expressa em abundância e perfeição. A beleza da Alma se manifesta em vigor e robustez. Pensei então na Vida, e na água como símbolo da Vida; as plantas no jardim eram expressão da própria Vida. Também, a nova grama que havíamos plantado incluía e manifestava as mesmas qualidades que derivam da Mente criadora. Senti-me certa de que a presença de Deus estava bem ali.
Na volta, ao chegarmos ao sul de Minessota, as plantações de milho estavam ressequidas e queimadas. Quanto mais nos aproximávamos de casa, tanto pior era o aspecto das coisas. Mas quando subimos a colina, descortinamos um verde brilhante; a grama estava linda. Corri ao jardim antes mesmo de ajudar a descarregar o carro. Tudo estava maravilhoso. Nenhum sinal de cascudos ou lagartas, nem uma folha havia sido tocada. Ervilhas e vagens maravilhosas estavam maduras para colheita, beterrabas no ponto de envasilhar, e todo o jardim estava mais lindo do que eu jamais o havia visto.
Um vizinho pescava num lago próximo e, quando nos viu, chegou-se para falar conosco. Ao admirar o jardim, disse: “Eu vinha pescar aqui quase todos os dias, enquanto vocês estavam fora. Foi a coisa mais curiosa que já vi. Vocês tinham chuvas do lado de cá.”
Essa foi mais uma prova de que a verdade, como ensina a Ciência Cristã, quando corretamente aplicada a qualquer situação, culminará num resultado harmonioso. A Sr.a Eddy diz assim (Ciência e Saúde, p. 261): “Mantém o pensamento firme nas coisas duradouras, boas e verdadeiras e farás com que elas se concretizem na tua vida, na proporção em que ocuparem teus pensamentos.”
É impossível expressar toda a gratidão que sinto para com Deus por guiar-me à Ciência do Cristo, tal como esta foi revelada à Sr.a Eddy. O pensamento dela era tão puro que a capacitou a trazer a mensagem do Cristo a esta época. Em seus escritos ela apresentou as normas para a aplicação do cristianismo científico, a Verdade divina, de modo que todos possam ler e compreender. O compreender esta Ciência faz com que os que procuram, encontrem — não só cura e orientação, mas também proteção, abundância e alegria indizível. É de admirar nutrirmos amor e respeito pela Sr.a Eddy?
Park Rapids, Minessota, E.U.A.