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Aceite a cura

Da edição de fevereiro de 1978 dO Arauto da Ciência Cristã


“Aceite a cura.” Foi o que ela disse. E a seguir acrescentou: “Não se limite a esperá-la. Aceite-a.” Ela devia saber o que estava dizendo. Era uma experiente praticista da Ciência Cristã.

Para aceitar algo temos que recebê-lo de boa vontade, dar nosso consentimento, não lutar nem argumentar em contrário. Você sem dúvida presumiria que a maioria das pessoas aceita de boa vontade a cura, não é mesmo? Pare, porém, e medite por alguns minutos. Será que aceitam? E você? E eu?

Recordo-me de ocasiões quando argumentei contra a cura — isto é, até que percebi o que estava fazendo. Por exemplo, certa vez eu estava doente, deitado na cama, repetindo lealmente afirmações da verdade espiritual. Isso, porém, era tudo o que eu estava fazendo — repetindo-as. Não tentava compreendê-las. Estava simplesmente murmurando palavras.

Foi então que meus filhos ainda pequenos invadiram o quarto. “Ei, pai, por que você não afirma a verdade e fica bom?” Tendo testemunhado muitas curas rápidas na Ciência Cristã, não podiam compreender a demora.

Suspirei e pacientemente comecei a explicar que eles não podiam entender, que eu estava muito doente. De repente compreendi que por aceitarem irrestritamente o poder sanador instantâneo de Deus, eles compreendiam muito melhor do que eu. Não se limitavam a esperar que Deus, a Verdade eterna, me curasse, mas aceitavam a cura para mim ali mesmo, naquele momento. Assim, perguntei-me por que eu não o fazia também.

E foi o que fiz. Saltei da cama, juntei-me a eles nas brincadeiras, e fiquei curado. O que acontecera? Na simplicidade que é inerente às crianças, aceitei a verdade de que eu era um homem criado por Deus, Sua semelhança espiritual perfeita, sadia e livre. Deixei que os fatos divinos a respeito de meu bem-estar divinamente outorgado corrigissem a crença de que eu era um ser humano doente. Em Ciência e Saúde a Sr.a Eddy diz: “O divino tem de sobrepujar o humano em todos os pontos.” Ciência e Saúde, p. 43;

Quando, em nossa consciência, deixamos que “o divino” sobrepuje “o humano em todos os pontos” estamos na realidade dizendo: “Os fatos divinos acerca do ser do homem são verdadeiros a meu respeito. E creio neles. Não mais argumento contra eles. Aceito a cura agora mesmo.” Foi o que fiz naquele dia e fui curado.

Lemos na Bíblia: “Eu vos aceitarei, diz o Senhor Deus.” Ezequiel 43:27 (Conforme a Bíblia inglesa); Se Deus nos aceita, não aceitaremos nós a Ele e à Sua semelhança, o homem imortal? Apegarmo-nos com teimosia a um conceito mortal acerca de nós mesmos não é apenas argumentar contra a cura, é não aceitar inteiramente a verdade acerca de Deus e Sua semelhança. Deus não é um mortal, nem fez Ele mortal o homem. “Será necessário dizer”, pergunta-nos a Sr.a Eddy, “que a semelhança de Deus, o Espírito, é espiritual, e que a semelhança do Amor é terna?” Message to The Mother Church for 1902, p. 8;

O simples fato de se aceitar que o homem reflete a natureza de Deus — que ele é espiritual, terno, harmonioso, livre — traz cura. Começamos a ver que o homem não pode ser atingido por um germe, vírus ou sintoma material, assim como Deus não o pode ser. Começamos a compreender que o homem não pode perder sua perfeita e completa identidade espiritual, como um raio de sol não pode perder sua capacidade de projetar luz. É exatamente assim que são as coisas.

Deixamos então de ficar tão impressionados e surpresos com o que os sentidos materiais argumentam. Muito tumulto e agitação não transformam a falsidade em verdade. O que Deus não criou não existe. Deus, o Espírito, não criou a matéria ou o testemunho do sentido material. Então, por que crer em tal testemunho?

Cristo Jesus salientou a importância de se crer no que é verdadeiro quer os sentidos materiais o confirmem ou não. Seus próprios discípulos tiveram que aprender essa verdade repetidas vezes. Estavam inclinados a crer, como o estamos hoje, na validade da evidência material. Dia após dia, durante a carreira sanadora de Jesus, testemunharam provas da supremacia do Espírito sobre os males materiais. E, mesmo assim, Tomé não podia aceitar a ressurreição de Jesus até obter provas tangíveis. Jesus disse-lhe: “Bem-aventurados os que não viram, e creram.” João 20:29; Onde estava a confiança irrestrita de Tomé em tudo o que o Mestre lhe havia ensinado e mostrado? O que estava ele aceitando?

Referindo-se a esse discípulo, escreve a Sr.a Eddy: “Nada, a não ser uma exibição de matéria, poderia tornar real a existência para Tomé.” Ciência e Saúde, pp. 317–318; Assim Jesus mostrou-lhe a prova, e Tomé aprendeu uma valiosa lição em quão abençoado é ser um daqueles que “não viram, e creram”. A partir de então ele deve ter realmente aceito os ensinamentos de Jesus, pois está registrado em Marcos que ele e os outros dez discípulos “tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam” Marcos 16:20..

Ao nos prontificarmos mais a receber o que sabemos ser verdade — quer os sentidos materiais o confirmem quer não — a influência mesmérica do testemunho do sentido material desaparece e leva consigo os indícios discordantes. Então somos curados. Ao passo que, se esperamos por “uma exibição da matéria” para nos informar se estamos melhores ou não, estaremos ainda pensando no homem como um mortal, um ser material, e acreditando que a matéria tenha que mudar e melhorar. O homem, porém, é a semelhança imutável e pura do Espírito infinito, sadia e intata. Não é nem por um momento vulnerável a qualquer crença material, opinião, lei ou veredicto nem está contaminado por eles. O homem é a expressão espiritual e perfeita de saúde, agora e sempre, porque é assim que Deus o fez e o mantém.

O que é que você acha? Aceitamos esse conceito acerca do homem, e o aceitamos agora mesmo?

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