“Certo dia ao voltar da casa de Vovô e Vovó eu não me sentia bem e assim fui para a cama mas antes de ir me deitar li o trecho de Ciência e Saúde onde está a oração e quando terminei eu estava totalmente curada.”
Esta bela declaração do poder de curar mediante a leitura do Ciência e Saúde de autoria da Sr.a Eddy, foi mandada ao Christian Science Sentinel por uma criança de sete anos. Acompanhando o testemunho veio uma ilustração desenhada pela própria testemunhante e que mostrava uma meninazinha sorridente sentada à beira da cama, tendo nas mãos um livro aberto. Junto, também, vinha uma nota escrita pela mãe, que não é Cientista Cristã, atestando da cura e acrescentando este comentário: “Ela vem freqüentando a Escola Dominical da Ciência Cristã desde os dois anos e somos muito gratos por sua confiança cada vez maior em Deus.”
A confiança que uma criança deposita, com simplicidade, em Deus é uma qualidade espiritual preciosa que muitos adultos anseiam por cultivar. Até mesmo os mais pequeninos, jovens demais para ler, tiveram curas similares a que foi relatada acima, curas obtidas por se voltarem para o Ciência e Saúde. Localizaram no livro um trecho predileto e o repetiram — talvez, como no presente caso, a Oração do Senhor e sua interpretação espiritual, que consta às páginas 16 e 17 — e foram logo curados. É claro que esta parte do livro é fácil de ser encontrada até pelos mais pequeninos devido à maneira como as linhas estão dispostas nessa página, e, porque as crianças aprendem primeiro essa oração na Escola Dominical, torna-se fácil para elas “ler” as palavras:
“Pai nosso que estás nos céus,
Nosso Pai-Mãe Deus, todo-harmonioso,
Santificado seja o Teu nome;
Único adorável.”
Quanto essas criancinhas realmente entendem dessa oração? Quem pode dizer? Qual o significado que para elas tem, é talvez impossível de ser dito em palavras. Mas a receptividade espiritual à Verdade, que nelas desperta, não precisa ser explicada. Os pequeninos confiam no poder de seu querido Pai e encontram conforto e vigor ao se voltarem a Deus em oração. Essa iluminação espiritual resulta em cura física e ilustra a simplicidade da ação curativa das qualidades do Espírito divino ao afastarem do pensamento humano o temor e a discórdia.
A discórdia corporal e a dor corpórea, bem como as falhas de caráter e de gênio, a enfermidade moral e mental, são sintomas de um estado do pensamento mortal que nega a onipotência e a onipresença de Deus, o bem. Mostram que, de certa forma, esse pensamento precisa ser iluminado pela Verdade.
Cristo Jesus ensinava que Deus é o único Pai-Mãe de todos. E Deus é o bem infinito, a Vida e o Amor divinos. Ele fez o homem à Sua imagem, espiritualmente perfeito em todos os aspectos do ser e da substância. E, tendo em vista que a Bíblia diz, “tudo quanto Deus faz durará eternamente” Ecles. 3:14;, o homem real nunca pode estar doente. Nunca está doente. E a crença de que está doente desfaz-se no nada quando o fato verdadeiro do ser eternamente harmonioso penetra no pensamento e ali é mantido. A Sr.a Eddy explica: “Esteja presente em teus pensamentos o modelo perfeito, e não seu oposto desmoralizado. Essa espiritualização do pensamento deixa entrar a luz e introduz na tua consciência a Mente divina, a Vida, não a morte.” Ciência e Saúde, p. 407;
Quantas vezes parece mais fácil para as criancinhas do que para os adultos terem confiança pura no fato divino de que Deus, o bem, é Tudo e na conseqüente irrealidade do mal, da discórdia, da doença e da dor. As criancinhas ainda não foram tão instruídas na crença mortal como as pessoas mais velhas para que aceitem a evidência dos sentidos físicos e as teorias promovidas pela ciência natural, a filosofia, a psicologia e a medicina.
Ora, há ocasiões, especialmente quando não existe obviamente outra saída numa situação perigosa e aguda, em que o adulto está tão disposto quanto qualquer criança a pôr de lado as teorias mortais e voltar-se de todo o coração para as verdades do ser espiritual reveladas na Bíblia. Consente então que em sua consciência flua o fato de que Deus é Tudo e a conseqüente nulidade do mal. Com surpresa e alegria talvez capte um vislumbre do fato divino de que o reino dos céus, vasto e glorioso, está realmente à mão. Tão clara é essa visão que ele não pode negá-la. Então a sugestão do mal, suprimida do pensamento, não pode mais ser encarada como tendo assumido forma humana. A cura, que sempre começa com a iluminação e a purificação espirituais, se completa com o desaparecimento instantâneo da manifestação exteriorizada de discórdia ou doença.
Se parece haver falta de confiança, curas tais como a que essa menininha teve tão rapidamente quando se voltou para Deus, ainda são possíveis. Podem vir por meio de esforço em espírito de oração para adquirir compreensão da Verdade. Se não vêm com tanta espontaneidade, não é preciso desesperar-se, considerar-se fracassado ou pensar que Deus tenha falhado. A Sr.a Eddy escreve: “A Verdade é tão onipotente que um grão de Ciência Cristã faz maravilhas para os mortais, mas é preciso apropriar-se mais da Ciência Cristã a fim de perseverar em fazer o bem.” ibid., p. 449. Ela advoga para todos não o mero estudo esporádico da Bíblia e de Ciência e Saúde e a oração intermitente, mas o esforço diário no sentido de captar os fatos científicos sobre o universo e o homem criados por Deus e para compreender os modos da crença mortal e falsa que pretendem produzir o mal, a doença e a morte.
A compreensão bem firmada na Ciência da cura-pela-Mente, obtida mediante esforço tão dedicado, aumenta nossa confiança na verdade e assegura os resultados.