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Como lidar com a ameaça nuclear

Da edição de abril de 1978 dO Arauto da Ciência Cristã


Em 1898 a grande cientista francesa Marie Curie cunhou a palavra “radioatividade”. É interessante notar que, no mesmo ano, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, Mary Baker Eddy, tenha compilado os vinte e seis temas que perfazem as lições bíblicas No Livrete Trimestral da Ciência Cristã; estudadas diariamente pelos Cientistas Cristãos e lidas semanalmente nas igrejas da Ciência Cristã por todo o mundo. Um desses tópicos pergunta: “É o universo, inclusive o homem, evoluído pela força atômica?”

Como isso deve ter parecido estranho e incomum oitenta anos atrás! Treze anos iriam passar-se antes que Lord Rutherford, o físico neozelandês que atuava principalmente em Manchester, na Inglaterra, estabelecesse a natureza nuclear do átomo. E passariam quarenta e sete anos antes que a bomba atômica fosse lançada sobre Hiroshima, no Japão. Houve, não obstante, presciência e inspiração, no fato de a Sra. Eddy escolher a força atômica como tema de uma das lições bíblicas semanais, pois nos anos subseqüentes a humanidade passou a viver sob a ameaça da proliferação atômica ou nuclear.

A resposta à pergunta feita no título da lição bíblica mencionada é um retumbante não. Ela se apóia na seleção sempre renovada de trechos da Bíblia e do livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria da Sra. Eddy, que constituem o sermão daquela semana. A base para esse não é o inequívoco ensinamento da Ciência Cristã de que Deus, o Espírito, é infinito, onipotente e onipresente, e que por isso não há realidade no oposto do Espírito, a matéria. E o átomo é nada mais do que uma fase da matéria.

A Sra. Eddy escreve num de seus livros mais curtos, Unity of Good: “Uma molécula, como matéria, não é formada pelo Espírito; pois o Espírito é apenas consciência espiritual. Logo, essa consciência espiritual não pode formar nada dessemelhante de si mesma, o Espírito, e o Espírito é o único criador. O átomo material é uma falsidade delineada pela consciência, a qual só pode acumular provas adicionais de consciência e de vida agregando uma mentira a outra mentira. Chama ela a esse processo atração material e o dota da dupla capacidade de criador e de criação.” Un., pp. 35–36;

Tal como acontece amiúde com as invenções humanas ou os passos materiais de progresso, a descoberta e o desenvolvimento do poder nuclear parecem trazer consigo tanto uma bênção como uma maldição. A bênção, neste caso, é uma fonte alternativa de energia num mundo faminto por ela. A maldição é a ameaça à vida humana — até mesmo à continuação da existência da civilização tal como a conhecemos. Há preocupação legítima a respeito da crescente facilidade com que um indivíduo ou grupo irresponsável pode dispor das matérias primas nucleares, tais como o plutônio, em quantidade suficiente para fabricar uma bomba atômica.

Como controlar eficazmente esse assunto? Basicamente, a eficácia de um controle reside apenas na proporção de nossa compreensão de Deus, a Mente divina. A Mente controla e governa em perfeita ordem a sua criação.

Assim que compreendermos e apreciarmos esse fato, encontraremos melhores meios de dar ânimo e apoio aos esforços governamentais de negociar tratados internacionais que controlem os perigos e os reduzam. Dentro das respectivas nações haverão de surgir normas sobre como operar com a maior segurança possível as usinas nucleares e indústrias correlatas. Esse controle é tão natural e adequado para garantir o máximo de segurança como o são as leis de tráfego nas estradas.

Os Cientistas Cristãos podem e devem procurar resolver metafisicamente tal desafio, a ameaça e o perigo aparentes. Não devem ter medo. Podem lembrar-se de que a Sra. Eddy diz em Ciência e Saúde: “É preciso coragem para declarar a verdade; porque quanto mais alto a Verdade levantar a voz, tanto mais alto o erro gritará, até que seus sons inarticulados sejam silenciados para sempre no esquecimento.” Ciência e Saúde, p. 97; A ameaça nuclear nada mais é que o último esforço do erro, a matéria, para contrariar e silenciar o renovado toque de clarim que proclama a supremacia do Espírito, a onipotência e a onipresença do Deus infinito, e que veio a esta época mediante a Ciência Cristã.

Deus é onipotente, e por isso o átomo não tem poder genuíno — a despeito da evidência material de que ele liberou um poder mais formidável do que qualquer outro jamais visto pela humanidade. Deus é onipresente, e por isso em Seu reino não há espaço nem abertura para a proliferação de armas atômicas. Não estamos despojados de poder nem desamparados em face das ameaças nucleares. Como nos é assegurado tanto na Bíblia como no livro-texto da Ciência Cristã, é a identidade espiritual do homem a sua verdadeira e única identidade. O homem é feito à semelhança de Deus. Refletindo Deus, o homem tem tido domínio desde o começo — e não pode perdê-lo.

De fato, em vez de ficarmos temerosos, podemos sentir-nos à vontade mesmo no meio do torvelinho e da comoção, durante o desenrolar da luta hipotética entre o Espírito e a matéria. O Espírito já é o vencedor. Em verdade, no seu reino não há oposição.

Foi o conhecimento disso que capacitou Cristo Jesus a acalmar fenômenos físicos destruidores, como a violenta tempestade no Mar da Galiléia que tanto alarmou os seus discípulos. Foi este mesmo conhecimento que o capacitou a projetar desde séculos atrás as assombrosas palavras que bem faríamos em relembrar, se tentados a tremer diante das ameaças nucleares: “Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das cousas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados. Então se verá o Filho do homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória. Ora, ao começarem estas cousas a suceder, exultai e erguei as vossas cabeças; porque a vossa redenção se aproxima.” Lucas 21:25–28.


Uma vez falou Deus,
duas vezes ouvi isto:
Que o poder pertence a Deus.

Salmos 62:11

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